domingo, 20 de novembro de 2022

E o futuro?

Sabemos que toda a vida tem um fim, e que a vida na Terra está  também condenada. O fim da vida da nossa estrela, o Sol, determina o fim na vida na Terra. O sol tem cerca de 4.6 mil milhões de anos e está a meio do seu tempo de vida. Daqui a cerca de 5 mil milhões de anos transformar-se-á numa gigante vermelha, e o planeta Terra será "engolido" pela estrela moribunda (ver aqui).

Ilustração do fim do Sol e da Terra obtida (aqui)

Mas milhares de milhões de anos é uma  escala que dificilmente entendemos.  A Humanidade só existiu num muito breve trecho dessa escala. Mas mesmo assim, e apesar da inteligência com que foi dotada, a nossa espécie está determinada a acelerar em milhares de milhões de anos  a destruição da vida na Terra e a sua própria destruição, muito, muito tempo antes dessa morte anunciada.

Nunca como nos tempos atuais se teve tanto conhecimento e tanta certeza de que somos nós, Homo Sapiens, que estamos a acelerar a destruição da vida na Terra e a nossa própria extinção. E nunca como nos tempos atuais se ignorou tanto o conhecimento.

O poder das grandes corporações que só visam o lucro e o enriquecimento de alguns, os políticos comprometidos com os interesses instalados e as tais grandes corporações, a ditadura da moda, a ânsia do consumismo, a primazia do hedonismo, a renúncia à espiritualidade e o alheamento em relação aos outros - são ingredientes poderosos que, com o pacto dos media, criaram este caos explosivo em cujo limiar nos encontramos.

Desde a Conferência das Nações sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, realizada em 1992, no Rio de Janeiro (Rio-92), e ao longo de 27 COP (Conference of the Parties), que se assiste dolorosamente ao brutal esforço de uma pequena parte da humanidade, consciente e com vontade de proteger a vida no planeta, a ser enganada por políticos frouxos, grandes empresários e magnatas gananciosos, e ignorada pela maioria da população que escolhe não querer saber do futuro.

Tenho muita pena das gerações jovens e das gerações futuras, tenho vergonha pela Humanidade, que não se importa de lhes destruir a base da sua vida, deixando-lhes um planeta sem condições.

Mas tenho também de aqui deixar palavras de agradecimento a todos aqueles que lutam por um futuro melhor para as gerações vindouras; aos ativistas e voluntários pelo clima, pela natureza e pela justiça social; aos cientistas e outros profissionais que defendem a biodiversidade e a conservação da natureza; aos políticos sérios e fortes que enfrentam os poderes instalados, e que muitas vezes, por isso mesmo, acabam por ser ostracizados; aos empresários justos com os trabalhadores e com o ambiente (sem greenwashing); aos educadores que pelo exemplo ensinam a proteger o planeta; às comunidades indígenas que protegem a natureza, muitas vezes a custo da própria vida; a todos aqueles que, no seu dia a dia, fazem os possíveis para não destruir o resto da natureza, sobretudo pela diminuição do consumo e através de uma vida mais simples. Em nome das gerações futuras, eu digo: OBRIGADA.

E para os que se preocupam com esta coisa de futuro da Humanidade e querem saber mais, aconselho o seguinte artigo do Público de 18 de novembro 2022 (último dia da COP27) - de Vera Moutinho, Claudia Carvalho Silva e José Alves (ilustração e infografia), do qual foram extraídas as imagens a seguir e que ilustram este texto:

 Alterações climáticas: os números que falam






Fonte das imagens: https://www.publico.pt/2022/11/18/azul/noticia/alteracoes-climaticas-numeros-falam-2027711


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