segunda-feira, 11 de maio de 2020

5G - A Saúde Pública em risco


Não é só no Algarve que a saúde pública está em risco devido às redes 5G. Pouco se sabe ainda sobre os efeitos do 5G, os estudos sérios que têm aparecido indicam que há efeitos nocivos em insetos e plantas, pelo menos. E recomenda o princípio da precaução.  Mas há que ache que sabe tudo, o que aliado à ambição de certos negócios negócios, é poderoso... e muito perigoso!


As primeiras cobaias portuguesas estão em Matosinhos, a primeira cidade em Portugal com cobertura 5G.  Com muito orgulho da NOS e dos governantes.

aqui falamos várias vezes desta ameaça à saúde e ao ambiente, e já apelamos à assinatura da petição, e voltamos a insistir:

PETIÇÃO - PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO (MORATÓRIA) EM RELAÇÃO AO 5G

Felizmente, no Algarve, está a aparecer um movimento de cidadãos atentos ao problema! 

« COMUNICADO 11-05-2020
5G - A Saúde Pública em risco no Algarve

Movimento de cidadãos algarvios demanda a suspensão imediata do processo de instalação da denominada tecnologia de telecomunicações de quinta geração na região

O movimento de cidadãos de âmbito regional “Stop 5G Algarve” exige uma discussão pública séria e informativa, baseada em ciência isenta. Promete ação jurídica em tribunal, assim como ação cívica no sentido de promover esclarecimento junto da população. Apelam pela participação da população e pela mobilização da sociedade civil em torno da questão a qual consideram de elevado risco para a saúde pública.

Conhece as vantagens e desvantagens do 5G? Concede a si mesmo o direito democrático e Humano de decidir?

O estado de pandemia actual que estamos a viver empurrou de forma acentuada a sociedade para a transição digital. A nova “normalidade” exige distanciamento social e pressupõe uma necessária optimização de todo o tipo de actividade Humana. Gradualmente assistimos no “novo quotidiano” à introdução de objetos e equipamentos munidos de inteligência artificial, a chamada “internet das coisas”, pela via da qual se impõe uma autêntica monitorização social global. A quinta geração de telecomunicações, mais conhecida por 5G do acrónimo inglês “fifth generation”, apresenta-se como a peça fundamental para o funcionamento da nova ordem digital Mundial.

Neste sentido, os cidadãos vêm-se obrigatoriamente empurrados a obedecer e a se adaptar às circunstâncias de um novo modelo civilizacional que não foi publicamente discutido e democraticamente decidido.

Levantam-se claramente questões de saúde pública, de moral e liberdade humana, assim como da actual e estructural mudança do funcionamento das democracias e sociedades do Mundo.

Em Portugal, as Empresas de telecomunicações, diversos órgãos de comunicação social e o próprio governo português têm vindo a promover junto do grande público a implementação da tecnologia de 5G publicitando apenas os seus possíveis benefícios. No entanto, não está a ser considerado o gigantesco leque de evidências científicas que aponta efeitos biológicos negativos para a saúde Humana quando exposta à radiação eletromagnética artificial polarizada, que é utilizada nas telecomunicações.

São várias as questões levantadas por cientistas e cidadãos um pouco por todo o Mundo. É sobretudo o aumento da intensidade do sinal e os efeitos não-térmicos associados que justifica a preocupação que os cientistas têm em relação ao 5G e à chamada “internet das coisas”.
Neste sentido, os valores seguros operacionais recomendados pela Building Biology Evaluation Guide-Lines são de 0,1 micro watt por metro quadrado. No entanto, o 5G operará, com intensidades de 1,0 watt por metro quadrado, ou seja, 10 milhões de vezes acima do valor considerado seguro recomendado.

Os efeitos não-térmicos da radiação eletromagnética artificial polarizada estão amplamente demonstrados na literatura científica. Sendo do conhecimento científico que a emissão altamente pulsada das ondas electromagnéticas das telecomunicações, que vai caracterizar o 5G, potenciam ainda mais os prejuízos para a saúde humana. Todavia, por causa do conflito de interesses que as entidades reguladoras mantêm com a indústria tecnológica - uma vez que tal consideração factual iria inviabilizar a esmagadora maioria dos equipamentos que hoje temos e das várias infraestrutura instaladas - as grandes entidades reguladoras mundiais como a ICNIRP ou a FCC acabam por manter os standards que usam desde a década de 90 e optam por ignorar todos os efeitos não-térmicos da radiação artificial polarizada, altamente disruptiva para a saúde Humana, animal e ambiental.

Há mais de cinco décadas que estudos médicos e científicos comprovam os efeitos negativos imediatos mas também cumulativos da exposição humana à radiação eletromagnética artificial, mesmo a níveis baixos. São apontados efeitos biológicos ao nível da saúde humana como: dor de cabeça, disrupções do sistema digestivo e cardiovascular, patologias neurológicas ou descontrole funcional do sistema nervoso central, esclerose, infertilidade, depressão ou suicídio, etc,. A OMS considerou timidamente em 2011 a radiação eletromagnética artificial como potencialmente cancerígeno.

É de notar que esta tecnologia está neste momento a ser implementada em Portugal, como por todo o Mundo, sem que seja levada a cabo uma séria discussão pública sobre o assunto e sem que sejam consideradas evidências científicas fulcrais para a saúde pública.

Um dos mais significativos destes estudos é o que foi elaborado pelo “National Toxicology Program” do Departamento de Saúde dos Estados Unidos da América. Este levou a cabo um projecto de 30 milhões de dólares designado por “Cell Phone Radio Frequency Radiation”, onde ratos foram expostos a radiação electromagnética das telecomunicações, similares às usadas nas segunda e terceira gerações, 2G e 3G. Os resultados do estudo foram anunciados em 2018 e dizem, entre outras coisas, o seguinte: “existem evidências claras de que ratazanas expostas a altos níveis de radiação de radiofrequência, como os usados nos telemóveis 2G e 3G, desenvolveram tumores cardíacos. Há também alguma evidência de tumores no cérebro e na glândula adrenal de ratazanas macho expostos. Para ratazanas fêmea e ratos macho e fêmea, a evidência foi equívoca quanto aos cancros observados estarem associados à exposição à radiação de radiofrequência.”

Durante o recente "estado de emergência" e enquanto a consulta pública referente ao leilão de operadoras 5G se encontrava adiada, foram instaladas por todo o país candeeiros de novas lâmpadas LED que incorporam pequenas cúpulas, que são na realidade antenas, preparadas para receber e retransmitir sinal de ondas milimétricas 5G (usando a banda de frequências de 1800 MHz). Estima-se que venham a ser instaladas 800 micro antenas por quilómetro quadrado, o equivalente a 8 antenas por pessoa em Portugal (considerando uma densidade populacional de 120 pessoas por quilómetro quadrado segundo os sensos de 2011). A densidade de antenas emissoras de radiação em alta frequência e a proximidade das mesmas junto de todos nós é muito preocupante uma vez que nos expõe continuamente, e sem escapatória, a este tipo de radiação altamente prejudicial.

Frisamos que nenhuma cidade pode na verdade considerar-se Cidade "Inteligente" ou Smart City se tal inclui tamanha poluição de radiação danosa e perigosa como é comprovadamente o 5G.

São várias as cidades do Mundo que já baniram o 5G. Como o Município de Bad Wiessee na Alemanha (Baviera, Novembro) – onde por unanimidade a implantação do 5G foi rejeitada, invocando o Princípio de Precaução. No Bangladesh o Supremo Tribunal emitiu 12 directrizes, incluindo a imposição de uma proibição da instalação de torres de telecomunicações nos telhados de áreas residenciais, instituições de ensino, hospitais, prisões, locais históricos, parques infantis e locais de culto.

Residentes e visitantes oriundos de várias nacionalidades têm procurado desde sempre o Algarve devido aos seus elevados padrões de saúde ambiental, livre de poluição industrial e de radiações nefastas.

Pedimos o bom senso dos autarcas algarvios, no sentido de integrar as evidências e proteger os algarvios e a região da danosa tecnologia 5G.
Solicitamos esclarecimentos junto dos dezesseis Municípios do Algarve, junto da Comunidade Intermunicipal do Algarve - Amal, e junto das entidades CCDR e DRS.

Pedimos que as entidades públicas de responsabilidade sobre este assunto respondam devidamente a todas as cartas, dúvidas e avisos que todos os cidadãos e cientistas estão a enviar.
Exigimos honestidade moral, intelectual e científica por parte da ANACOM, a entidade reguladora em Portugal.
Não podemos aceitar a recente Resolução de Ministros de 21 de Abril de 2020 na qual o 5G nos é apresentado como uma "espécie" de desígnio nacional da nova transição digital.
Exigimos que o governo suspenda de imediato a implementação e teste da tecnologia 5G em Portugal. Demandamos a aplicação imediata do Princípio da Precaução e o fim deste atentado à saúde humana e da democracia Portuguesa..

PARTICIPA: 
A petição pública com 6.600 assinantes, MOPPE - PETIÇÃO DA PRECAUÇÃO (MORATÓRIA) EM RELAÇÃO AO 5G, para deputados, membros das autarquias, autoridades, forças vivas da sociedade: 

Referências médicas e científicas:
1. O maior, mais extenso e longo estudo jamais realizado sobre frequências eletromagnéticas (https://bioinitiative.org/) concluiu que os "Bioefeitos são claramente estabelecidos de ocorrer com níveis de exposição muito baixos (efeitos não-térmicos) a campos eletromagnéticos e a radiações de radiofrequência.".
2. https://www.emf-portal.org/en   (portal da Universidade de Aachen, com milhares de estudos médicos revistos por pares)
3. O Freiburger Appeal, assinado por mais de 1.000 médicos é muito claro: http://freiburger-appell-2012.info/en/observations-findings.php    e as suas recomendações ainda mais claras, no entanto a evolução da situação tem sido o absoluto contrário http://freiburger-appell-2012.info/en/recommendations.php
4. https://emfscientist.org/
5. “Recent Research on Wireless Radiation and Electromagnetic Fields” Compilação com mais de 750 estudos cientificos. https://www.saferemr.com/2019/07/recent-research.html?fbclid=IwAR2I8XFXbYqChUUYnSsJtDW6PSTJd4e8ssM_8x0uLGTaGT4hFsEt9ThcsA

Documentação Parlamento Europeu:
1. The potential dangers of electromagnetic fields and their effect on the environment
http://assembly.coe.int/nw/xml/XRef/Xref-XML2HTML-en.asp?fileid=17994

2. Effects of 5G wireless communication on human health   https://www.europarl.europa.eu/thinktank/en/document.html?reference=EPRS_BRI%282020%29646172

11 de Maio de 2020,
O Movimento de Cidadãos STOP 5G Algarve. »

Fonte:    STOP 5G Algarve

Sem comentários:

Enviar um comentário

Obrigada por visitar o blogue "Sustentabilidade é Acção"!

Agradeço o seu comentário, mesmo que não venha a ter disponibilidade para responder. Comentários que considere de teor insultuoso ou que nada tenham a ver com o tema do post ou com os temas do blogue, não serão publicados ou serão apagados.