domingo, 2 de fevereiro de 2020

Dia Mundial (e a importância) das Zonas Húmidas

Dia 2 de fevereiro é o Dia Mundial das Zonas Húmidas. Para relembrar quão elas são importantes para o equilíbrio natural do nosso planeta,  nesta data capicua (02022020) republico a mensagem de há 7 anos atrás (2/2/2013).


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O texto que se segue (bem como os desenhos) foi extraido de uma brochura de 2009 do ICNB (agora ICNF) sobre as Zonas Húmidas e a Convenção de Ramsar:

«O que é o Dia Mundial das Zonas Húmidas?

Lagoas de Bertiandos e de S. Pedro dos Arcos, Ponte de Lima (foto minha)
Nos finais de Outubro de 1996, na 19ª Reunião do Comité Permanente da Convenção de Ramsar, o dia 2 de Fevereiro foi oficialmente instituído como o Dia Mundial das Zonas Húmidas. Esta data coincide com o aniversário da assinatura da Convenção sobre Zonas Húmidas (Convenção de Ramsar), a 2 de Fevereiro de 1971, na cidade iraniana de Ramsar, nas margens do Mar Cáspico.
O Dia Mundial das Zonas Húmidas é uma oportunidade dos governos, organizações e da população em geral, realizarem grandes ou pequenas, mas significativas, acções no sentido da sensibilização das populações para as funções e valores das zonas húmidas, particularmente das Zonas Húmidas de Importância Internacional (inscritas na lista da Convenção sobre Zonas Húmidas).

O que é uma Zona Húmida?

Uma Zona Húmida é uma área de sapal, paul, turfeira ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, com água parada ou corrente, doce, salobra ou salgada, incluindo águas marinhas até seis metros de profundidade na maré baixa e zonas costeiras e ribeirinhas.

Zonas Húmidas que é preciso proteger porque são muito importantes...
  • Controlam inundações e a erosão, porque retêm e absorvem a água de grandes chuvadas e a vegetação reduz a velocidade da corrente.
  • Purificam a água, ao reterem substâncias poluentes, que acabam por se transformar, tornando-se inofensivas.
  • Alimentam reservatórios naturais subterrâneos de água doce, que o homem utiliza para diversos fins.
  • Abrigam e alimentam aves migradoras e outras espécies, em particular durante a reprodução, sendo fundamentais para a sua conservação.
  • Contrariam o efeito de Estufa, uma vez que a vegetação retém o dióxido de carbono que, em excesso no ar, impede as radiações solares de se libertarem para o espaço.
  • Protegem a costa contra tempestades, porque a vegetação reduz a acção do vento, das ondas e das correntes.
e porque muitas estão ameaçadas

Apesar da sua importância ecológica, estética e cultural, as zonas húmidas foram consideradas, durante muito tempo, áreas marginais que deveriam ser transformadas em terra seca.
Algumas actividades recreativas, construção desordenada de casas, alteração profunda dos cursos dos rios (por extracção de água, construção de canais e barragens), remoção da vegetação das margens, poluição e certas actividades agrícolas ameaçam actualmente as zonas húmidas pelo mundo, que por estas razões foram reduzidas a metade da área durante o século XX.

para as proteger existe a Convenção de Ramsar

A Convenção sobre Zonas Húmidas constitui um tratado inter-governamental adoptado em 2 de Fevereiro de 1971 na cidade iraniana de Ramsar. Por esse motivo, esta Convenção é geralmente conhecida como “Convenção de Ramsar” e representa o primeiro dos tratados globais sobre conservação.»

Fonte: http://www.icnf.pt/cn/NR/rdonlyres/F4F1BA15-7B2F-4562-B1CB-6F2C81C82DCE/0/BROCHURAramsar2009.pdf

Portugal tem atualmente 31 Zonas Húmidas consideradas de importância Internacional (ver aqui)

2 comentários:

  1. Olá amiga,

    pois é, actualmente temos mais do que nunca saber sobre o mundo que habitamos e estarmos alerta, pois nas últimas décadas parece que a maioria esteve muito distraída a ajudar a saqueá-lo sem se dar conta, porque "quem não sabe, é como quem não vê" (esta frase anda-se a encaixar sobre-maneira a tudo).

    Actualmente, salvo raras excepções, na minha maneira de ver as coisas, não há desculpa...há sempre algum tempinho livre para nos informarmos sobre tudo e principalmente sobre o que é mesmo importante.

    E mais do que nos informarmos, é mudarmos hábitos e conceitos, porque apontar o dedo é mais fácil. Afinal a solução começa em nós, o resto é "des"conversa!

    E este tema tb, tem tudo a ver com o que se compra e se usa. Cada vez que compramos ou usamos "coisas", votamos em tudo o que está "agarrado" a elas.

    Eu não voto, ou faço o possível por não votar no que é errado factualmente (não sei como descrever o que acho, sem parecer "lições de moral", desculpem-me, não é o que pretendo).

    E acho que se a maioria das pessoas mais elucidadas, fizesse o mesmo (em vez de só apontar o dedo), muita coisa seria diferente...


    Muito boa informação, para não variar!

    beijinho



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