quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Por um ano melhor

Com os votos de um novo ano com muita saúde, alegria e amor, partilho um belo poema enviado pelo Jorge Moreira.

Que em 2021 sejamos melhores pessoas, melhores para nós próprios, para os outros e para a natureza.


« Neste último dia sonhei
Sonhei
Que a devastação da Natureza cessou
Que o penar animal terminou
Que a escravatura parou
Sonhei
Que o egoísmo morreu
Que a injustiça expirou
Que o poder cedeu
Sonhei
Que o império se autoconsumiu
Que a ignorância desapareceu
Que o fumo negro dissipou
Sonhei
Que o ciclo de destruição findou

Neste último dia sonhei
Sonhei
Que o ciclo da beleza iniciou
Sonhei
Que a Terra voltou a sorrir
Que a Vida tornou a florir
Que os Devas regressaram para celebrar
Sonhei
Que voltei a sonhar
Que as fragâncias também sonham
Que o sonho do rio se manifestou
Sonhei
Que a floresta se transformou em sonho

Que o coração da montanha se abriu
Que a Luz inundou


Neste último dia sonhei
Sonhei
Que me vi novamente a sorrir
Sonhei
Que as flores de mim desabrochavam
Que pássaros de mim cantavam
Que os peixes de mim brincavam
Sonhei
Que a Lei do Amor se ergueu
Que a fraternidade entre humanos se globalizou
Que a irmandade entre todos os seres se realizou

Neste último dia sonhei
Sonhei
Que era livre para sonhar
Que podia seguir o sonho sonhado
Que o sonho se concretizou

Paz a todos os seres

Votos de um Feliz 2021!»

Jorge Moreira

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Biomassa: "Ilusão insustentável"

São inúmeras e constantes as notícias e comunicados de empresas e instituições a alegar negócios e projetos como sustentáveis, quando na verdade são mais insustentáveis que os comuns!

Isto é alarmante, é "greenwashing" a todo o vapor em todo o lado!  Devia haver multa pesada para quem usa a palavra sustentabilidade para deitar terra para os olhos do povo, para esconder a verdadeira insustentabilidade!

O caso da biomassa é um destes (muitos) negócios! Com a capa de contribuir para a sustentabilidade, fazem exatamente o oposto, como queimar árvores e libertar toneladas de CO2 para produzir energia. Nem ao diabo lembrava tal coisa quando precisamos urgentemente de combater as alterações climáticas. Mas quem tem a ambição de ganhar dinheiro fácil não se preocupa com as gerações futuras!!!

A associação ZERO tem vindo a trabalhar este assunto da biomassa, vejam o vídeo "Ilusão Insustentável" que realizaram.

«O filme aborda a temática da proliferação de centrais de biomassa pelo território fomentada pelos poderes públicos e questiona os impactes ambientais, económicos e sociais de uma atividade altamente subsidiada pelos consumidores de eletricidade. Face à elevada probabilidade de não existirem resíduos florestais em quantidade suficiente para as necessidades, esta indústria já está a recorrer a madeira de boa qualidade colocando em causa a sustentabilidade das outras atividades económicas ligadas à exploração das manchas florestais que ainda estão a salvo dos fogos rurais.»
 
#forestsarenofuel #floresta #biomassa #insustentável

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Sinergias: Agenda Norte Sustentável com a autora de Sustentabilidade é Acção

A Agenda Norte Sustentável é uma iniciativa do Projeto Sinergias, da Nídia Nobre, que apresenta alternativas para um consumo mais sustentável e uma economia mais circular. Com base em Famalicão, esta agenda aposta na criação de estratégias e conteúdos digitais com base na #sustentabilidade e #economiacircular , a partir de #Famalicão. 

Desta vez tocou-me a mim, a Nídia desafiou-me a contar um pouco do meu percurso, como autora deste blogue Sustentabilidade é Acção, e também como co-fundadora da Associação Famalicão em Transição.  

Aqui fica o testemunho.  Obrigada Nídia pela oportunidade  (e desculpa ter falado demais, 33 minutos é uma eternidade nos tempos atuais).

domingo, 15 de novembro de 2020

David Attenborough: Uma Vida no Nosso Planeta (doc)

Vi recentemente o documentário de David Attenborough "A Life in Our Planet", disponível na Netflix. Aconselho toda a gente a ver e a espalhar a palavra, pois resume muito bem o ponto da situação da humanidade. 

Imagem obtida aqui
Dirijo esta mensagem especialmente aos jovens, vejam, partilhem, estejam atento ao que se passa à vossa volta. É sério de mais para ficarmos passivos, é o vosso futuro que está em risco. Não é o planeta que pode colapsar, é a humanidade, no seguimento da sexta extinção em massa que desencadeou. A natureza recuperará, como o fez em Chernobil  mas a humanidade poderá não ter hipótese, tal como os dinossauros não tiveram na última extinção em massa.

Nem todos os problemas globais foram abordados - faltou, por exemplo, a questão gravíssima do lixo plástico no oceano, nem todas as soluções foram elencadas - faltou, por exemplo, um apelo a uma vida menos consumista e mais simples. Mas em pouco mais de 80 minutos, David, aos 93 anos, conseguiu transmitir, com a sua mestria habitual, aliada a imagens fantásticas da natureza, a gravidade e a urgência da nossa situação.

Quanto mais pessoas tiverem consciência do que se passa, maiores as hipóteses de um desfecho não catastrófico.

 «Neste documentário único, “David Attenborough: Uma Vida no Nosso Planeta”, o célebre naturalista reflete sobre os momentos determinantes da sua vida e as mudanças devastadoras que testemunhou. ... O filme aborda os maiores desafios que a vida no nosso planeta enfrenta e faz um retrato da perda global da natureza em menos de um século. No documentário assistimos também a uma mensagem de esperança para as gerações futuras, enquanto Attenborough revela as soluções para ajudar a salvar o nosso planeta.»  (daqui)
 

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

"A Estrutura Ecológica da Cidade-Região" - Arq. Ribeiro Telles

No dia do desaparecimento do Arq. Gonçalo Ribeiro Telles (25/5/1922 - 11/11 2020), republica-se esta mensagem que aqui foi  publicada em 18 de março de 2013 com estreia de um vídeo.

Mais uma vez, OBRIGADA arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles!
Descanse em paz!

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É com muito gosto e com muita honra que o blogue Sustentabilidade é Acção apresenta a estreia on-line de um filme com o Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles. Trata-se sua intervenção sob o tema "A Estrutura Ecológica da Cidade-Região" destinada ao Seminário "Espaços Verdes - Património a Recuperar", que ocorreu em 2004, em Vila Nova de Famalicão.

O filme foi gravado e produzido em 2003 pela empresa famalicense "Mesquita Guimarães Agroflorestal Lda", organizadora do seminário, e a quem agradeço a permissão para divulgação bem como a honra de fazer a estreia on-line.  Uma bela prenda para o 4 aniversário deste blogue! Obrigada!

O vídeo passou também no espaço de tertúlias da feira “A Casa Ideal Reabilitar” que ocorreu de 8 a 17 de março de 2013 no Lago Discount, Ribeirão, Vila Nova de Famalicão. 





O Arq. Gonçalo Ribeiro Telles tem passado a sua vida a defender a natureza e a qualidade de vida dos cidadãos. A defender a cidade como uma estrutura sustentável que integra a natureza, a agricultura, a cultura e valores ancestrais, proporcionando uma vida mais sã e feliz aos cidadãos. A sua abordagem ao planeamento, em vez de fragmentar e separar ou segregar, integra a natureza e as atividades humanas como um todo – a cidade região. Propõe redes contínuas de espaços verdes que proporcionam a sustentabilidade e estruturam o território. Na cidade, a natureza na sua vertente humanizada (sebes, socalcos, percursos, lugares amenos, agricultura) encontra-se com a natureza silvestre e autóctone (a mata, as espécies espontâneas).


Imagem obtida do filme
Hoje em dia, tal como refere no filme, a estrutura ecológica é já reconhecida na legislação de ordenamento do território, como uma “infraestrutura” verde, rede contínua de corredores verdes, onde são acauteladas as funções ecológicas, a circulação de água, a paisagem e elementos culturais, a mobilidade sustentável, e mesmo a produção.  

Senão, vejamos algumas das suas funções:

Manutenção /recuperação da biodiversidade
- conservação e recuperação de habitats
- permitir o refúgio, circulação e nidificação de espécies autóctones e migratórias
- permitir o ciclo de nutrientes
Proteção contra riscos naturais ou artificiais
- proteção contra a erosão
- filtro natural para a poluição da água (melhoria da qualidade da água)
- purificação do ar e fixação de poeiras (melhoria da qualidade do ar)
- proteção dos ventos (maior conforto)
- regularização térmica e da luminosidade (maior conforto)
- circulação e infiltração de águas pluviais (menos riscos de cheias e inundações)
Melhor qualidade de vida dos cidadãos
- maior conforto climático
- melhor saúde através do desporto, qualidade do ar e da água
- preservação de património histórico e cultural
- valorização da qualidade e estética da paisagem
- espaços de recreio, lazer e desporto ao ar livre
- possibilidade de contemplação e ligação à natureza (bem estar e melhor saúde mental)
Contribuição para a resiliência económica
- contribuição para o abastecimento alimentar em produtos frescos (hortas urbanas)
- produção agrícola sustentável (de regadio, vinhas, olivais, pomares, …)
- produção florestal sustentável (lembro que eucaliptal não é floresta nem é sustentável)
- melhoria da fertilidade do solo, e assim, melhoria da eficiência na produção

Imagem obtida do filme
Mas mais do que "mais uma" infraestrutura, a estrutura ecológica deve ser a base do ordenamento do território, se de facto existe a busca pela sustentabilidade e o respeito pela natureza. Como diz o arq. Ribeiro Telles, a cidade deve estar no campo e o campo na cidade. Porque nós, seres humanos, naturais e sociais, precisamos destas duas facetas; aqui, ao nosso lado. 

Obrigada, arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles!

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Debate sobre o futuro da agricultura

Debate: As medidas agro-ambientais e as novas estratégias europeias “do prado ao prato” e “biodiversidade


«A agricultura é um sector estratégico quer para superar a crise actual quer para proteger as gerações futuras. As novas estratégias da Comissão Europeia (CE) apontam mudanças estruturais para o novo Quadro Comunitário de Apoio 2021/27 que vão alterar as medidas agro-ambientais.

 O que se deve alterar?
 O que apoiar?
 Como?

COM A PARTICIPAÇÃO DE:
Carlos Lourenço, Luís Coutinho, Rolando Martins – agricultores da Beira Baixa
Jorge Ferreira – agrónomo especialista e técnico de agricultura biológica
Lanka Horstink – investigadora em economia política da agricultura

 A participação no debate, presencial ou virtual, é gratuita mas sujeita a inscrição prévia nesta página ou pelo email: info@stopogm.net»

Fonte, inscrições e mais informação em:

domingo, 18 de outubro de 2020

Porque tornamos tudo tão difícil?

Um testemunho na primeira pessoa, de que perdemos o tempo, gastamos a nossa vida com o supérfluo. E nesta busca, não encontramos a felicidade, porque a sociedade e a economia dominantes tornam tudo tão difícil para a maioria de nós. Mais um vídeo inspirador de Sustainable Human.

«Baseado na história de Jon Jondai (mas espelhado em inúmeras outras), este vídeo leva-nos numa jornada pela qual tantos camponeses passaram ao migrar para a cidade em busca do "sucesso".
Jon foi capaz de ver a verdade de que a vida que tinha sido prometida era ilusória. 
 Abandonando aquele sonho, Jon voltou a viver a vida como se lembrava quando era criança, aprendendo como satisfazer as quatro necessidades básicas de sua família e ensinando a muitos outros a fazer o mesmo.»

Fonte: Email de Sustainable Human

(Nota: o vídeo ainda não tem legendas em português, mas a tradução automática está muito boa).

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

1ª Semana Nacional sobre Espécies Invasoras (SNEI)

De 10 a 18 de outubro de 2020 decorrerá 1ª Semana Nacional sobre Espécies Invasoras (SNEI). Esta semana, promovida pelo Projeto Invasoras, pretende ajudar a sensibilizar para o grave problema das espécies invasoras que tanto ameaçam a biodiversidade (e mesmo economia) do nosso país.  A luta contra as invasoras começa por conhecer estas espécies. Informe-se e divulgue. Obrigada.

Abaixo transcreve-se o email de divulgação recebido.


«Escrevemos para fazer um convite e um pedido.

As espécies invasoras são uma das principais ameaças à biodiversidade a nível global, mas grande parte dos cidadãos desconhece esta ameaça ambiental. Não temos conseguido fazer chegar o problema ao grande público! E, porém, os cidadãos facilmente contribuem para agravar as invasões biológicas, ou, pelo contrário, também podem ajudar a mitigá-las. É por isso crucial aumentar a sensibilização sobre este tema! Com esse objetivo, estamos a promover a 1ª Semana Nacional sobre Espécies Invasoras (SNEI), que decorrerá de 10 a 18 de outubro.

A iniciativa conta com a participação de mais de 50 entidades, entre entidades públicas e privadas, associações, grupos informais, etc., que no seu conjunto organizam durante esta semana mais de 90 actividades, a decorrer de norte a sul do continente e ilhas dos Açores e Madeira. Muitas actividades são online, permitindo a participação à distância. Entre as actividades incluem-se acções de controlo de espécies invasoras no terreno, palestras, cursos de formação, workshops, vídeos, percursos pedestres para mapeamento de espécies invasoras, etc.

Qual é então o convite? E o pedido?

Convite - explore as atividades e inscreva-se na(s) que preferir.

Pedido - reencaminhe esta mensagem para os seus contactos ou partilhe nas redes sociais.

Junte-se à SNEI e contribua para divulgar este problema ambiental a mais cidadãos. Vamos pôr Portugal a falar de Invasoras!

Qualquer dúvida ou questão, por favor, contactem-nos.

Mais informação SNEI:  https://www.invasoras.pt/pt/semana_nacional_especies_invasoras_2020

Lista de actividades SNEI (em actualização): https://www.invasoras.pt/pt/actividades-em-portugal

Nas redes sociais: https://www.facebook.com/InvasorasPt & https://www.instagram.com/invasoraspt/

Até breve,

Hélia Marchante,   Pela equipa das Plantas Invasoras em Portugal - Invasoras.pt, Escola Superior Agrária • Instituto Politécnico de Coimbra, Centre for Functional Ecology - Science for People & the Planet, Bencanta • 3045-601 Coimbra • Portugal

Invasoras.pt | http://www.facebook.com/InvasorasPt»

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

O Mundo Conta (TheWorldCounts)

Visitem o site "The World Counts" e vejam os números preocupantes do estado do nosso planeta.   

Desde dados globais na população, de emissões, de extração de recursos, de consumo e de desperdício, até aos problemas que afetam tanta população, como a fome e a escravatura.   

E as notícias são muito más: é que os números não para de subir.   Abaixo fica só uma pequena amostra.


domingo, 27 de setembro de 2020

Um "remake" da Bauhaus?

Não me parece que qualquer corrente artística ou arquitetónica possa ser ditada pelas instituições políticas, a não ser, claro, nas ditaduras. 

Casas projetadas por Mies van der Rohe, Krefeld, Alemanha.
Foto (Getty Images) obtida aqui.

No entanto, a Comissão Europeia tem a intenção de resgatar esta escola/corrente arquitetónica dando-lhe um cunho de sustentabilidade, e integrando-a no Acordo Verde Europeu.

Porque de facto, a sustentabilidade passa  pela simplicidade, caraterística da Bahaus. 

Quem sabe possa esta iniciativa trazer a construção para patamares mais sustentáveis na UE, em que são tidos em conta na pegada ecológica: 
- todos os materiais utilizados e a sua origem, 
- os métodos construtivos, 
-os gastos energéticos e de manutenção da construção durante o seu tempo de vida,  
- e o destino dos materiais após demolição do edifício.

Todo o ciclo de vida da construção tem de ser tido em conta. 

A seguir, a tradução (livre) do artigo de Valentina Di Liscia em Hyperallergic  sobre o assunto.


«Como parte do plano de recuperação de 750 mil milhões de euros da UE, um apelo por uma "nova Bauhaus". 
A União Europeia está a olhar para o influente movimento modernista como um modelo para uma nova arquitetura neutra para o clima.

Valentina Di Liscia 25 de setembro de 2020

Um século atrás, a Escola Bauhaus em Weimar, Alemanha, surgiu como um novo modelo radical de design e arquitetura baseado na integração de artesanato e belas-artes. A instituição e o legado do movimento que o acompanha sobre o modernismo são impossíveis de exagerar, deixando sua marca em tudo, desde objetos funcionais e manufatura industrial até teoria académica e educação artística.

Agora, a União Europeia está a olhar para a Bauhaus cada vez mais produtiva como inspiração para uma nova arquitetura neutra para o clima como parte de seus planos de recuperação de coronavírus. Em seu discurso sobre o estado da união na semana passada, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que a construção sustentável era "não apenas um projeto ambiental ou económico", mas "um novo projeto cultural para a Europa".

“É por isso que vamos criar uma nova Bauhaus europeia - um espaço de cocriação onde arquitetos, artistas, estudantes, engenheiros e designers trabalham juntos para que isso aconteça”, disse von der Leyen.

As observações foram no contexto da NextGeneration EU, o fundo de recuperação de 750 mil milhões de euros da comissão para ajudar a economia do continente afetada pela pandemia. A proposta do fundo também inclui um Acordo Verde Europeu, um plano para a UE se tornar neutra em carbono até 2050, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa e investindo em tecnologia e infraestrutura verdes.

A construção de edifícios com eficiência energética é um passo fundamental para atingir essas metas, disse von der Leyen. Embora ela não tenha dado detalhes sobre o papel da Bauhaus nesse propósito, von der Leyen pareceu sugerir que o par forma/ função do movimento, bem como a abordagem colaborativa e o estilo "think tank" dessa escola, poderiam ser aplicados para uma arquitetura simplificada e mais sustentável.

“Cada movimento tem sua própria aparência e comportamento”, continuou a presidente da CE. “E precisamos dar à nossa mudança sistémica sua própria estética distinta - para combinar estilo com sustentabilidade.”»

Fonte: As Part of EU’s $872 Billion Recovery Plan, a Call For a “New Bauhaus”,  Valentina Di Liscia, 25 de setembro de 2020, Hyperallergic

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Contra a ratificação do acordo UE-Mercosul

De uma maneira geral, os acordo de comércio internacionais têm sido "cozinhados" sem informação aos cidadãos e portanto sem a sua participação. Como tal, beneficiam grandes empresas em detrimento das pequenas empresas, das pessoas com menos rendimentos e do ambiente.  

Neste momento,  a União Europeia prepara-se para aprovar o acordo com o Mercosul.

Leia abaixo a carta modelo preparada pela TROCA - Plataforma por um comércio internacional justo  , destinada a ser enviada ao Primeiro Ministro e ao Ministro dos Negócios estrangeiros, e perceba as razões porque devemos impedir o acordo e a União Europeia e os países membros do Mercosul.

Se concordar, copie, adapte e envie o email para:   

  • gabinete.pm@pm.gov.pt     
  • gabinete.ministro@mne.gov.pt

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Sua Excelência o Primeiro-Ministro Dr. António Costa,

Sua Excelência o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Prof. Dr. Augusto Santos Silva,

O acordo entre a União Europeia e os países membros do Mercosul – a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai – foi assinado a 28 de Junho de 2019, mas ainda não foi ratificado. No Conselho da União Europeia o governo português terá a possibilidade de votar a favor ou contra a ratificação deste acordo.

Venho por este meio apelar a que o Governo Português vote contra a ratificação do acordo no Conselho da União Europeia pelas seguintes razões:

É um acordo que agrava o genocídio dos povos indígenas. É público que o processo de expropriação das terras indígenas e a violência que tem caracterizado as relações com os povos indígenas estão associados a projectos de mineração ou outras formas de extracção de recursos do território. Se tivermos em conta que o acordo UE-Mercosul vai aumentar os mercados para estes produtos e facilitar o investimento europeu nestas indústrias extractivas, não há como negar que o acordo vai, não só  incentivar estas violações dos Direitos Humanos, como acentuar a cumplicidade da liderança europeia nesses abusos.

É um acordo que vai contribuir para devastar as florestas tropicais e o património natural sul-americano. O acordo vai provocar uma perda da biodiversidade galopante em todos os biomas da América do Sul, um aumento do ritmo de destruição da Floresta Amazónica e do Cerrado; a expansão das monoculturas intensivas e da pecuária intensiva, à custa da destruição de ecossistemas naturais; bem como a utilização não controlada de pesticidas.

É um acordo que vai agravar as ameaças climáticas. O acordo UE-MERCOSUL resultará num aumento de emissões por via do aumento do volume de bens transportados (em particular bens agrícolas com uma pior relação “valor-volume”), por via da desflorestação e por alterações no uso dos terrenos, além do impacto que a redução das taxas aduaneiras sobre os combustíveis fósseis tem no que toca à diminuição de incentivos para a eficiência energética. Outros sectores específicos, como a aquacultura intensiva e a produção pecuária (que se tornará mais intensiva), também irão contribuir de forma significativa para este aumento.

É um acordo que vai conduzir a um enorme aumento do sofrimento animal. Este acordo ignora completamente o sofrimento animal. Assim, ele conduzirá a um aumento dos métodos intensivos de criação de gado, por ter custos mais reduzidos. Efectivamente, um acordo deste tipo torna uma legislação menos exigente no que concerne ao bem-estar animal numa vantagem competitiva mais forte, propiciando a deslocalização  da produção pecuária precisamente para os países onde a legislação for menos robusta a este respeito.

É um acordo que vai ameaçar a produção agrícola na Europa, principalmente a dos pequenos produtores. Os padrões de qualidade alimentar nos países do Mercosul são muito reduzidos: estes países permitem diversos agrotóxicos proibidos na Europa, antibióticos e hormonas perigosos na pecuária e têm leis de protecção animal e ambiental mais laxistas. Prevê-se um enorme aumento das exportações de bens alimentares dos países do Mercosul para a União Europeia, o que irá ameaçar os agricultores em geral e os pequenos agricultores em particular.

É um acordo que vai prejudicar os trabalhadores. Em resultado das políticas de Bolsonaro, o Brasil encontra-se actualmente, nas Conferências Internacionais do Trabalho de 2018 e 2019, nas listas dos estados que têm violado de forma mais grave as convenções e recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A OIT acusa o Brasil de violar as convenções 98 (relativa ao trabalho infantil) e 154 (relativa à negociação colectiva), o que constitui um ataque aos sindicatos e trabalhadores em todo o mundo. Neste contexto, ratificar um acordo comercial que envolva o Brasil, no mínimo, enfraquece estas convenções.

É um acordo que vai reduzir padrões de saúde. A harmonização regulatória prevista no acordo UE-MERCOSUL também inclui medidas sanitárias e fitossanitárias, que, no caso da UE, passarão a sofrer maior pressão no sentido do seu afrouxamento. Por outro lado o controlo do cumprimento das normas sanitárias e fitossanitárias estabelecidas será enfraquecido. E isto acontece num contexto em que os actuais controlos já são claramente insuficientes. A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, no seu mais recente relatório, declarou que 7,6% das amostras recolhidas excedem o nível máximo de pesticidas permitido na União Europeia.

É um acordo que vai acentuar assimetrias e vulnerabilidades. O acordo UE-MERCOSUL pode ser resumido no slogan “carros por comida”, já que a expectativa da União Europeia é aumentar as suas exportações no sector industrial, onde é mais competitiva, e a do Mercosul é aumentar as suas exportações no sector primário. Em certa medida, o acordo vai promover o acentuar de relações económicas assimétricas, que perpetuam a dependência da América do Sul em relação ao sector primário. Já o sector agrícola europeu será fortemente prejudicado e esta circunstância pode ser preocupante já que coloca os países da União Europeia numa situação de maior vulnerabilidade. A pandemia provocada pelo Coronavirus mostrou que as redes de comércio podem enfrentar fortes disrupções a qualquer momento e uma maior dependência das importações agrícolas pode resultar em catástrofes humanas tremendas.

É um acordo que resulta de um processo pouco transparente e contribui para esvaziar a Democracia. Após cerca de 20 anos de negociações, o acordo foi assinado em 2019 sem que o seu texto tenha sido inteiramente disponibilizado para o público. Mesmo a parte que foi tornada pública, só foi publicada em Julho de 2019. O acordo não foi alvo de qualquer debate público dentro da sociedade portuguesa, apesar dos riscos que representa, nem tem recebido qualquer visibilidade na nossa comunicação social. Além disso, o acordo UE-Mercosul estabelece um conjunto de sub-comités que representam uma instância burocrática de papel obscuro e não sujeita a um adequado controlo democrático. O acordo não oferece qualquer garantia de que os grupos empresariais não capturem estes sub-comités, sendo que alguns destes têm poderes que se estendem para lá daquilo que está explicitamente acordado no documento. Nenhum mecanismo de escrutínio democrático está previsto no âmbito destes sub-comités.

É fundamental que o comércio internacional seja social e ecologicamente sustentável. Infelizmente, o presente acordo, sobretudo no actual contexto, não cumpre estes requisitos. Ao invés, vai agravar injustiças sociais e económicas e danos ambientais.

Por estas razões apelo a que o Governo Português vote contra a ratificação do acordo no Conselho da União Europeia.


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Fonte: TROCA - Plataforma por um comércio internacional justo


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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Parem de impedir a venda do arroz a granel!

Porque não há arroz a granel? porque a legislação o impede! Porquê?????

É urgente promover, e não impedir, o comércio a granel , também do arroz!
Contra o desperdício e o excesso de embalagens, assine a petição para alterar a lei que obriga a que o arroz seja vendido embalado.
(veja o n.º 3 do art. 7º do DL 157/2017: «O arroz e a trinca de arroz destinados ao retalho são obrigatoriamente pré-embalados.»)

Veja aqui o programa Biosfera sobre o assunto, e leia também o artigo (pergunta 2) do blogue Mind The Trash

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Salve as abelhas e os agricultores! (ICE)

«Iniciativa de Cidadania Europeia "Salve as abelhas e os agricultores!"

Pedimos, de muitos cantos da União Europeia, uma agricultura que respeite as abelhas, em benefício dos agricultores, da saúde e do ambiente.

Com a nossa Iniciativa de Cidadania Europeia, apelamos à Comissão Europeia para apoiar um modelo agrícola que permite aos agricultores e à biodiversidade evoluir em harmonia.

1 - Eliminar pesticidas sintéticos: - Eliminação progressiva dos pesticidas sintéticos na agricultura da UE em 80% até 2030, começando pelos mais perigosos, para atingir 100% até 2035.

2 - Restaurar biodiversidade: - Restaurar ecossistemas naturais em áreas agrícolas para que a agricultura contribua para a recuperação da biodiversidade.

3 - Apoiar os agricultores na transição: - Reformar a agricultura priorizando: pequena escala, diversidade, sustentabilidade e práticas agroecológicas, bem como treinamento independente e pesquisa no campo da agricultura livre de agrotóxicos e organismos geneticamente modificados.»


Petição em espanhol: https://www.savebeesandfarmers.eu/spa/ 

    

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Brotos da Terra

 «Nossas armas são nossas sementes. Nunca poderão esmagar-nos, sempre voltaremos a crescer, continuaremos a resistir. Somos gente da Terra, somos a Natureza.»

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Vamos continuar a ter “piroverões” (Jorge Paiva)

 «Sem medidas efectivas, vamos continuar a ter “piroverões

Os culpados são todos os governos que temos tido, particularmente a partir da extinção dos Serviços Florestais. Porém, todos esses governantes, não só não assumem o que fizeram, como não são capazes de admitir o erro e, no mínimo, criarem novamente os Serviços Florestais.

Imagem daqui

O Governo do Líbano foi avisado, até por escrito, de que havia o risco do que ocorreu. Depois, demitiram-se como se isso fosse a condenação que mereciam pela mortalidade e destruição de que foram culpados. 

Por cá temos a tragédia dos anuais Verões com incêndios florestais devastadores e mortíferos, apesar de há mais de 40 anos termos (eu e outros) alertado, muitas vezes, no que estavam a transformar o nosso país, particularmente as regiões Norte e Centro: numa pira contínua de lenha altamente inflamável, isto é, eucaliptal (produtos aromáticos voláteis e altamente incandescentes) e pinhal (resina, volátil e altamente incandescente) intensivos, contínuos e contíguos. Mostrei isso de helicóptero a um Presidente da República (Mário Soares). Não valeu de nada.

Em vez de travarem ou obrigarem a uma arborização cuidada e ordenada, fizeram ainda pior: extinguiram os Serviços Florestais. Assim, deixou de haver qualquer entidade competente para regularizar e não deixar arborizar da maneira desmesurada e contínua, como aconteceu durante estas dezenas de anos. Por outro lado, nos Serviços Florestais havia os guardas florestais que viviam no meio rural. Eram vigilantes permanentes e conheciam bem a região onde circulavam. Podia haver incêndios, mas nunca foram tão devastadores e mortíferos como os actuais.

Os culpados são todos os governos que temos tido, particularmente a partir da extinção dos Serviços Florestais. Porém, todos esses governantes, não só não assumem o que fizeram, como não são capazes de admitir o erro e, no mínimo, criarem novamente os Serviços Florestais. Além disso, muito do património construído (particularmente casas florestais) ainda existe, embora a maioria bastante delapidado.

...

Infelizmente, vamos continuar com piroverões, plenos de fogos florestais, mortes e enormes despesas, muito superiores à de uns Serviços Florestais bem estruturados e um país ruralmente ordenado.

Finalmente, com tantos incêndios florestais e sem Serviços Florestais com capacidade de rearborizar ordenadamente, as regiões montanhosas do país, estão a transformar-se em desertos de rocha nua, por erosão pluviosa, com consequente arrastamento de solos, como já é visível, particularmente no Norte e Centro do país.»

Jorge Paiva, Biólogo 

Leia o artigo completo do Biólogo e especialista em floresta Jorge Paiva na fonte, artigo do Público de 19/8/2020: https://www.publico.pt/2020/08/19/ciencia/opiniao/medidas-efectivas-vamos-continuar-piroveroes-1928360


sábado, 8 de agosto de 2020

"Governo Autoriza que Operadoras Testem 5G sem Debate nem Consentimento dos Portugueses"

Como é que pode não haver debate num assunto tão fundamental para a saúde pública como este? […] As autoridades (DGS) não estão a fazer o papel que deviam fazer na protecção das pessoas.” 

 “Todos os cientistas que dizem não haver efeitos na saúde humana das radiofrequências têm um interesse comercial…” 

 “ É tempo das pessoas questionarem as coisas, questionarem tudo, nada é o que parece.

 “Essa Resolução de Ministros, a meu ver, materializa aquilo que eu considero uma das maiores traições do governo Português à população Portuguesa. (…) À revelia do povo, sem consentimento do povo, o governo autoriza na prática que se possam testar algumas das componentes do sistema 5G, muitas delas montadas durante o confinamento.” –  Resolução do Conselho de Ministros sobre as “Zonas Livres Tecnológicas” de 21 de Abril de 2020 – https://dre.pt/application/conteudo/132133787
 
Veja a notícia da entrevista ao Dr. Hugo Gonçalves Silva na fonte em: Noticias Viriato

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Ajude a desbloquear Sustentabilidade é Acção

Desde inícios de março que as redes sociais Facebook e Instagram bloquearam o blogue "Sustentabilidade é Acção", e que não é possível partilhar ali nenhum link deste blogue.

Algumas pessoas conseguiram perceber que o bloqueio se deveu a "denúncias" - não sei porquê pois as publicações são baseadas em pesquisa e fundamentadas, embora transmitam a opinião da autora.

Desde aí, as publicações têm sido duplicadas no blogue Agir pela Sustentabilidade , blogue "irmão" do Sustentabilidade é Acção", de forma a poder partilhar na rede social.

Na sequência do bloqueio decidi remover  página Sustentabilidade é Acção no Facebook, pois a mesma destinava-se sobretudo a amplificar o alcance das publicações do blogue com o mesmo nome.

Alguns meses passados, venho pedir a quem está na rede social Facebook ajuda para tentar desbloquear o blogue.  Não sei se vai resultar, mas se várias pessoas derem o "feedback" pode ser que alguém da rede analise.

Tente partilhar o link  https://sustentabilidadenaoepalavraeaccao.blogspot.com/ no seu mural, não vai permitir (porque está bloqueado), e vá continuando até perguntar se concorda com a decisão, conforme a primeira imagem.

Muito obrigada

sábado, 27 de junho de 2020

A experiência em massa do 5G: grandes promessas, riscos desconhecidos

«A Europa está prestes a passar por uma gigantesca transformação tecnológica, que nos trará "casas inteligentes", "cidades inteligentes" e a tão popular "internet das coisas".


(imagem de Alexia Barakou, daqui)
O veículo para essa transformação é o 5G, o serviço móvel de quinta geração. O 5G permitirá que inúmeros aparelhos e objetos do quotidiano sejam conectados à Internet o tempo todo. Ele trará carros sem motorista, imagens de holograma em vez de vídeo, frigoríficos, fraldas, máquinas de lavar, circuitos de eletricidade, máquinas de café inteligentes, açúcar no sangue e ingestão de medicamentos... - tudo inteligente. Mas nada disso vem sem custo. Esse nível de conectividade exigirá muito mais estações base, o que suscita uma preocupação crescente de que a radiação eletromagnética possa ser prejudicial à saúde. Há divergências entre os cientistas sobre se as ondas milimétricas de 5G são menos ou mais perigosas que 3G ou 4G. Os cientistas cautelosos com os riscos potenciais para a saúde do 5G, apontam que ninguém sabe que foram feitas pouquíssimas pesquisas. Ninguém perguntou se queremos seguir esse caminho e estamos a entrar nesse futuro sem consulta e com muito pouco debate público.»

Fonte: "The 5G mass-experiment: Big promises, unknown risks", janeiro 2019,  Investigate Europe (vídeo)



Nota: este vídeo é de janeiro de 2019, e já existem muitos estudos que comprovam que o 5G é um enorme risco para a saúde e para a natureza, mas ninguém fala deles. Pesquise, informe-se. Se quiser, comece por aqui.

«A Organização Consultiva Científica para Radiofrequência da Oceania (ORSAA), uma entidade australiana, examinou 2.266 estudos e encontrou "efeitos biológicos significativos ou efeitos na saúde" em 68% deles. Outro, o Grupo Bioinitiative, referiu-se a 1.800 estudos quando concluiu que muitos desses efeitos provavelmente causariam danos à saúde se as pessoas forem expostas à radiação por um longo tempo. Isso ocorre porque a radiação interfere nos processos normais do corpo, impedindo-os de reparar o ADN danificado e criando um desequilíbrio no sistema imunológico, dizem os cientistas.

Segundo o relatório preparado pelo Grupo Bioinitiative, a lista de possíveis danos é assustadora: baixa qualidade do esperma, autismo, alzheimer, cancro no cérebro e leucemia infantil.


(Imagem  de Alexia Barakou, daqui
A maioria dos governos europeus não escuta esses cientistas. Eles agem sob orientação preparada pela ICNIRP, Comissão Internacional de Proteção contra Radiação Não-Ionizante. O ICNIRP rejeita pesquisas concluindo que há efeitos negativos para a saúde da radiação móvel. ...

Um dos relatórios descartados pelo ICNIRP foi o mais caro e oficial de todos os tempos: as conclusões de 2018 do Programa Nacional de Toxicologia, parte do Departamento de Saúde dos EUA. Os seus cientistas fizeram um estudo de dez anos com roedores e um custo de 30 milhões de dólares concluindo com "evidências claras" uma ligação entre a radiação dos telemóveis e o cancro. O Instituto Ramazzini na Itália registou descobertas paralelas num projeto relacionado

Fonte: "Problemas reais do 5G ofuscados pelas teorias da conspiração Covid-19", 12 de junho de 2020, Ingeborg Eliassen e Paulo Pena, Investigate Europe (Real 5G issues overshadowed by Covid-19 conspiracy theories)

Informe-se, proteja-se!

segunda-feira, 22 de junho de 2020

O conflito humano, observação e análise (Krishnamurti)


«A forma mais elevada da inteligência humana é a capacidade de observar sem julgar.»   Jiddu Krishnamurti  (daqui).

A sociedade só muda quando o ser humano muda, e enquanto o conflito permanecer e dominar dentro dos seres humanos, o mundo não vai melhorar.

O vídeo que se segue é a 2ª de 7 palestras que Jiddu Krishnamurti realizou em Ojai,  California, em 1980.

Vale a pena gastar 1h12m do seu tempo a ver esta palestra. Não é tempo perdido, é tempo ganho.



Segunda palestra de Jiddu Krishnamurti realizada em Ojai, California no ano de 1980
-
Playlist completa desta série de palestras em Ojai, 1980:
https://www.youtube.com/playlist?list=PLUkg3ovIDiy3WckgReY1OAlbsMnzDnWuN

Primeira palestra: Podemos pensar em conjunto sobre a crise que estamos enfrentando?
Segunda palestra: A observação é a total negação da análise
Terceira palestra: É o tempo necessário para acabar com algo psicologicamente?
Quarta palestra: A segurança na ilusão
Quinta palestra: Psicologicamente, somos um movimento unitário
Sexta palestra: Agir, observar e morrer enquanto vivemos

sexta-feira, 19 de junho de 2020

5G - para onde nos querem levar a toda a força?

A União Europeia quer combater o que chama de "falsas alegações" de que as redes 5G e 6G constituem uma ameaça para a saúde - como vai combater? reprimindo médicos, cientistas e pessoas que os lêem ou ouvem, ou que transmitem a informação?  Vejam o que está escrito no ponto 36 das Conclusões do Conselho da UE sobre a construção do futuro digital da Europa, de 9 de junho de 2020:

Imagem daqui
"REFERE  a importância de combater a propagação da desinformação relacionada com as redes 5G, especialmente no que se refere às falsas alegações de que essas redes constituem uma ameaça para a saúde"

Aliás, esse caminho já está a ser percorrido, a net já está cheia de ataques e tentativas de desacreditação a todos os que são contra o 5G, é uma coisa impressionante!

Para onde vamos?  Este documento da UE aproveita-se de uma forma escandalosa da Covid-19 para avançar a todo o gás com as redes 5G e 6G, ameaças e perigos para a saúde e para o ambiente, sobre as quais não existe nenhuma prova da sua inocuidade.... até porque já se provou o contrário.

Fique  com Barrie Trower, perito em armas electromagnéticas, sobre "As Arvores e o 5G": não só o 5G prejudica gravemente as árvores (e muitos outros seres vivos), como derrubam as árvores para que o 5G funcione sem barreiras.



Saiba mais sobre o 5G aqui e em  MOPPE, e  não deixe que lhe fritem o cérebro!

Pronuncie-se sobre o  Projeto de Regulamento ANACOM aprovado em 6/2/2020, que está em consulta pública até 3 de julho:  envie o seu contributo para o endereço de correio eletrónico reg.leilao@anacom.pt. 

Aqui abaixo estão duas possíveis ajudas para fundamentar o seu contributo:






Assine também a petição "Contestação do Direito de Utilização de Frequências - 5G"

sexta-feira, 5 de junho de 2020

A mudança gigantesca

Um vídeo de Extinction Rebellion, apropriado para este 48ª Dia Mundial do Ambiente.

«Uma avó lê para a neta uma história chamada "A mudança gigantesca". A história de como, em 2020, quando o mundo estava à beira do colapso, a humanidade se uniu e trabalhou mais do que nunca para salvar o ambiente


Extinction Rebellion - The Gigantic Change from Passion Animation Studios on Vimeo.

terça-feira, 2 de junho de 2020

TCE -Tratado Carta da Energia - um bom negócio para os poderosos da energia

«O Tratado Carta da Energia é um acordo de investimento envolvendo vários países europeus e da Ásia central. Não existe nenhum acordo responsável por tantos casos ISDS conhecidos como o Tratado Carta da Energia. É um perigo para o combate às alterações climáticas, para o ambiente em geral e para as finanças públicas dos países envolvidos.»

Saiba mais vendo o vídeo abaixo e em:
https://www.plataforma-troca.org/tratado-carta-da-energia/
https://energy-charter-dirty-secrets.org/




«Em Dezembro de 1994, em Lisboa, sem um debate público significativo, entrou em vigor um obscuro acordo internacional, o Tratado da Carta da Energia (TCE), que estabelece um quadro multilateral para a cooperação transfronteiriça no sector da energia. O tratado cobre todos os aspectos das actividades comerciais relacionadas com o sector energético, incluindo comércio, transporte, investimentos e eficiência energética. Inicialmente, no final da Guerra Fria, o TCE visava integrar os setores energéticos dos estados do bloco de leste em dissolução, com amplos recursos energéticos e a necessitar de investimento, e os da Europa Oriental, a precisar de diversificar as suas fontes de energia, em mercados europeus e mundiais mais amplos. Hoje, o TCE aplica-se a quase 50 países que se estendem desde a Europa Ocidental até à Ásia Central e ao Japão.


O tratado tem como objectivo estimular os investimentos estrangeiros diretos e o comércio transfronteiriço global. No entanto, atualmente não há evidências de que o acordo facilite o investimento ou reduza o custo da energia. Como se verá, outros interesses contrários aos da generalidade dos cidadãos movem os proponentes deste acordo.»

Continue a ler em:  https://www.plataforma-troca.org/tratado-carta-da-energia/

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Pela autonomia alimentar: Rob Greenfield



Durante um ano Rob Greenfield alimentou-se 100% do que cultivou ou recolheu. Sem o recurso a supermercados, mercearias, restaurantes - nem mesmo uma bebida num bar. A natureza foi o seu jardim, a sua despensa e a sua farmácia.

Na cidade de Orlando, Flórida, Estados Unidos, com uma pequena casa de 9 m2 e sem terra própria, transformou os jardins da frente em hortas e partilhou a generosidade da terra com os proprietários. Ao longo do ano, cultivou mais de 100 alimentos diferentes, recolheu mais de 200 alimentos da natureza incluindo os próprios remédios e vitaminas.

Segundo Rob Greenfield, este projeto não se destinava apenas a cultivar e recolher todo o seu alimento. O seu verdadeiro objetivo foi o de capacitar outras pessoas a recuperarem para si o poder da agricultura industrial (Big Ag). Construiu 15 hortas para a comunidade, plantou mais de 200 árvores de frutos comunitárias, enviou mais de 5.000 pacotes de sementes para ajudar as pessoas a cultivarem seus próprios alimentos biológicos e saudáveis, ​​e deu aulas gratuitas de horticultura para as pessoas da sua comunidade.


Há quase uma década que explora os sistemas alimentares, tentando provar que o sistema globalizado e industrializado de produção de alimentos está errado, numa busca pessoal para se afastar da "Big Ag".

Depois de um ano a alimentar-se em exclusivo da sua própria comida, Rob apresenta-nos este vídeo, sentindo-se mais saudável e feliz do que quando começou, partilhando soluções para um sistema alimentar mais sustentável e justo.

O seu livro Food Freedom será lançado em dezembro de 2020, e 100% dos seus lucros serão doados a organizações sem fins lucrativos que trabalham para criar um sistema alimentar mais sustentável e justo.

Saiba mais em http: //robgreenfield.org/foodfreedomb/

Fonte: Food Freedom – A Year of Growing and Foraging 100% of My Food

Nota: o vídeo tem legendas, colocar traduzir automaticamente.