sexta-feira, 9 de março de 2018

Não à "Baysanto", não à fusão Bayer+Monsanto

Em setembro de 2016, a mega-empresa química e farmacêutica Bayer anunciou que comprou a  Monsanto, mega-empresa agroquímica. Na realidade, trata-se de uma fusão , cujas consequências são gravíssimas para a saúde, a agricultura, a biodiversidade, o ambiente, pelo menos. Com a oposição de ativistas, e apesar de muito alheamento do público, até agora a dita "compra/fusão" ainda não está autorizada, mas a decisão está para breve. 

Como alguém escreveu:"uma vende os pesticidas e transgénicos que nos põe doentes, a outra vende os químicos para tentar curar".

Imagem daqui
Na realidade, ambas vendem pesticidas e ambas estão interessadíssimas em dominar a cadeia alimentar mundial através das patentes das sementes transgénicas, híbridas e mesmo algumas que existem naturalmente, eliminando a concorrência e eliminando toda a biodiversidade alimentar. 

Abaixo, algumas notícias e depoimentos sobre o assunto; no vídeo, o depoimento de um elemento da AVAAZ, sobre o que tem acontecido neste processo.

«Nova pesquisa mostra que os cidadãos estão contra a fusão planeada das gigantes do agronegócio Bayer e Monsanto, com uma maioria (54%) a responder que é "muito" ou "bastante importante" que a Comissão Europeia o impeça - mais de três vezes o número que o pensa não ser importante.»


«A Comissão Europeia vai ter de decidir sobre a fusão Bayer-Monsanto até 5 de abril deste ano. Se a autorizar, como tudo indica, será a luz verde para um nível superior de consolidação e controle genético, alimentar, de químicos e de informação agrícola na maior empresa agro do mundo. Os europeus, mesmo sabendo muito pouco sobre os detalhes do negócio, estão maioritariamente a favor da sua proibição - o que só mostra que têm juízo.»

Margarida Silva email ogm_pt, 1/3/2018

«Dezenas de pessoas manifestaram-se, este sábado, na cidade francesa de Lyon contra a fusão de dois gigantes mundiais das áreas da farmacêutica, dos pesticidas e da agricultura.

O projeto de aquisição da norte-americana Monsanto pelo grupo alemão Bayer precisa do carimbo da Comissão Europeia. A votação está prevista para 12 de março.

"O nosso combate prende-se com a saúde pública, com a biodiversidade e com os agricultores. Estamos a lutar contra os agroquímicos, contra a agroindústria, mas não contra os agricultores" refere um francês.

Preços inflacionados, menos qualidade e concorrência são algumas das preocupações manifestadas por Bruxelas com a aquisição. A fusão garantiria à Bayer e Monsanto 30 por cento do mercado mundial de sementes e 24 por cento dos pesticidas pondo em causa a política de livre concorrência, considerado um dos pilares da União Europeia.

No ano passado a Comissão Europeia autorizou duas megas fusões no setor agroquímico. Uma situação que os contestatários querem evitar que volte a ocorrer, desta vez, com a compra da Monsanto - produtora de sementes geneticamente modificadas - pelo grupo farmacêutico e agroquímico alemão Bayer.»
Euronews, 3/3/2018

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