segunda-feira, 11 de abril de 2011

Planeta da fome

Por cá, entra-se a fundo numa crise económica, a fome alastra a uma velocidade imparável,  os cortes do Estado para apoio social vão ser a doer, as instituições de solidariedade social não vão conseguir dar resposta a tanta gente necessitada e a crise social é eminente!

E noutros lados do mundo uma crise já maior, continua a agravar-se. "1.2 mil milhões de pessoas por todo o mundo vivem com menos de 1.25 dólar por dia (pobreza extrema). As pessoas extremamente pobres sofrem de fome e subnutrição e não têm possibilidade de aquisição de medicamentos essenciais ou de acesso a água potável e saneamento básico. Residem em casas pouco seguras, não têm tempo nem dinheiro para a educação e vivem política e socialmente excluídas das suas sociedades." (Fonte: Objectivo 2015).

Com as alterações climáticas, a seca alastra em alguns países, outros estão em vias de extinção porque ficarão submergidos pela subida do nível da água do mar, outros  ainda são fustigados por inundações que devastam as suas colheitas.  Os impactos das alterações climáticas juntam-se, assim ao estúpido e imoral desequilíbrio na distribuição de riqueza do planeta, agravando a pobreza e a fome. Até em países ricos a fome chega pela mão de desastres naturais aliados a escolhas tecnológicas insensatas.

Junte a sua voz na petição 1billionhungry para exigir que os políticos actuem contra a fome, que façam dessa luta uma prioridade. É preciso acudir em  zonas e épocas de crise  alimentar, não só matando a fome do momento, mas também ajudando os povos mais pobres a  se auto-sustentarem.  Mais de 3 milhões já assinaram, no entanto, mais de 1000 milhões passam fome!

Sobretudo, é urgente travar e impedir a exploração dos mais pobres (pessoas, pequenas empresas, povos e países) pelos mais ricos (pessoas, mega-empresas, especuladores e países).

7 comentários:

  1. Olá... Enquanto vivermos numa Sociedade em que os seus elementos consideram aceitável e justificável que se desperdice 1.000.000€ por uma única bomba, e que num dia se utilizem 100 bombas deste valor (fora tudo o resto), enquanto nos seus próprios países existem pessoas a morrer à fome... iremos ter de certeza um Planeta da Fome, pois se nem para com os seus concidadãos as pessoas se importam quanto mais para todos os outros que nem sequer os vêm!

    E enquanto vivermos numa Sociedade em que os seus elementos consideram aceitável e justificável que se desperdicem biliões em drogas para "tratar" o que não tem tratamento por via de drogas, mas que é tratável através de água potável e alimentação capaz de manter o organismo e o sistema imunitário em condições de responder à maioria das infecções... iremos ter de certeza um Planeta da Fome.

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  2. Manuela... coincidentemente, alertou-me uma amiga minha escrevi sobre a fome, após ter recebido um maisl com um link para um filme do You Tube que mostra as diferenças de oportunidades, os excessos e a fome... tocada com o que vejo a cada dia resolvi agarrar no tema... a pensar, quem dera poder ser mais interventiva!
    E mesmo vendo tanto do desespero que se vê, e mais toda a nossa impotência para mudar tanto do que por vezes já nos parece irreversível digo para mim mesma que não podemos desistir de ajudar nem que seja uma pessoa por dia!
    Obrigada pelos seus temas e pela forma como os partilha.
    Com admiração
    Sempre,
    Isabel Maia Jácome

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  3. Apesar de ser desmoralizante o nosso rumo, é impossível desistir da nossa consciência. Por isso, vale muito o "pouco" que cada um faz nesse sentido e se todos os que enxergam por fora deste sistema esquisofrènico pensarem assim, teremos alguma "luz".
    Desistir é vender a alma.
    Viva a Vida!

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  4. Fico a pensar que há uma questao muito importante na resolucao do problema da fome no mundo: a informacao. Quando viajamos por países mais pobres, damos conta da grande falta de informacao que existe nestes países sobre agricultura sustentavel, sobre plantas comestiveis, sobre como tirar partido dos nutrientes dos alimentos. A pressao de sobrevivencia é tao grande que grande parte procura, compreensivelmente, imitar os modelos ocidentais. Importa investir em educar as populacoes em termos nutricionais. Porque a maioria, além da falta de alimentos (pois a distribuicao de alimentos dentro destes países é também muito injusta e desumana), tem também uma grande ignorancia nutricional e nao tira proveito da riqueza dos alimentos locais. Vi isto na India. A India tem comida. Mas nao tem informacao sobre como e o que comer. Logo, culturalmente e por pressao das ideias do ocidente, têm uma alimentacao destruidora de nutrientes, muito pouco saudável, o que só agrava a fome e os problemas relacionados com má nutricao.

    Portanto, além de procurar resolver a injusta distribuicao dos alimentos no mundo, verdadeira causadora da fome, importa educar as populacoes locais de como tirar o melhor proveito do que têm.

    Devia haver um movimento de ajuda voluntária formado por entendidos em permacultura e agricultura sustentável, pessoas com conhecimentos valiosos em botanica e nutricao. Podemos comecar um :)

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  5. bom dia:
    nesse sentido lembro a mensagem de "o campo dos abacaxis" é uma reflexão profunda de um princípio bíblico básico sobre o partilhar e a renúncia aos direitos pessoais, são sementes plantadas no coração das pessoas provocando uma mudança em favor dos que não tem.
    bj!
    falando em partilhar o coelho da Páscoa te espera na minha página, bj!

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  6. Querida Manuela,
    Faço link... naturalmente!
    Com a admiração e a amizade de sempre,
    um beijinho.

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  7. Voz, Isabel, Ana Teresa, Ecila, shan-Tinha e Ana Paula

    Há quem ache que deveríamos deixar os povos dos países pobres entregues a si mesmos, porque a nossa civilização tem-lhes feito muito mais mal do que bem. No entanto, julgo que isso é impossível, porque na maioria dos casos (mas não em muitos) quem os explora e quem lhes degrada o seu território não são aqueles que estão dispostos a ajudar. E esses que exploram não deixarão de explorar, a não ser que o mundo venha a abrir os olhos.

    Infelizmente há empresas predadoras que vestem roupagens de "solidariedade" para assim poderem explorar e destruir à vontade.

    Julgo que abandoná-los à sua sorte era abandoná-los à exploração total.

    Mundo difícil, este. Tempo difícil, este.

    Muito obrigada pela visita e pelo comentário.

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