“CHOMSKY & MUJICA” é um documentário do jovem realizador mexicano Saúl Alvidrez, que nos brinda com um encontro de sabedoria: junta um dos pensadores mais importantes dos tempos atuais, Noam Chomsky, e o político mais querido do mundo, Pepe Mujica.
«Este documentário é especialmente dirigido às gerações mais jovens, sendo uma bela e urgente mensagem de humanidade. Explora o amor, a vida, a libertade, o poder e os principais desafios do século XXI junto com dois personagens extraordinários que nunca antes tinham cruzado os seus caminhos.
...
As gerações mais jovens herdaram o maior perigo e responsabilidade de toda a história humana. Hoje, o colapso ecológico, económico, político e social da nossa civilização insustentável parece iminente. Portanto, os millennials* e os centennials** devem alcançar uma mudança global radical nas próximas décadas; mas como?
Este projeto procura responder a essa pergunta, simplesmente porque é a pergunta mais importante no momento. E para conseguir isso, foi necessário reunir muita sabedoria.»
As filmagens com Mujica e Chomsky foram realizadas em 2017, mas o realizador não conseguiu reunir antes o dinheiro necessário para cobrir os custos de produção.
No entanto, através de crowdfunding na plataforma Kickstarter, o projeto ultrapassou o objetivo e será lançado em março de 2020.
Este ano a Associação Famalicão em Transição organiza o MERCADINHO DE NATAL, uma feirinha para venda e troca de artigos usados, promovendo a reutilização e com o objetivo de tornar o consumo mais sustentável. O evento será no dia 7 de dezembro, entre as 10h e as 17h, naCentral de Camionagem de V. N. Famalicão.
Para além da feirinha, serão dinamizadas outras atividades relacionadas com a economia circular e a sustentabilidade:
ATIVIDADES MERCADINHO
10H00-17H00 "LET'S SWAP – Troca de Roupa" Se tens roupa que já não utilizas, não te serve ou simplesmente não queres mais usar, podes trocá-las num SWAP MARKET - de livre acesso - por outras que gostes! 11H00-12H00 “Showcooking Doces de Natal” - Pela Sandra Pimenta da Caseira Nova Sem perder os sabores tradicionais, as novas alternativas vieram para ficar. Deixe-se envolver pelos aromas e opte por um natal mais ético e sustentável. 15H00-16H30 “Sustentabilidade está na moda” - mesa redonda com Let’s Swap, Saardinha e KOLLIB, moderada por Nídia Nobre. Sendo a transição o movimento consciente e motivado de passagem entre a situação atual e o futuro ideal que ambicionamos, está nos valores da nossa Associação a promoção de uma economia circular no nosso concelho, e escolhemos o tema da moda, por ser um tema atual, dado o nível de consumismo desenfreado de fast fashion. Solidariedade O Mercadinho de Natal irá apoiar a recolha de roupas e brinquedos, para as crianças do Centro de Acolhimento Temporário e Lar de Infância e Juventude da ATC – Associação Teatro Construção, de Joane.
Ainda há algumas vagas para exposição dos seus materiais/objetos, inscreva-se em: https://tinyurl.com/Inscr-MercNatal (valor de 12€ ou 8€ para sócios).
Famílias portuguesas e de vários países processam a União Europeia por inação climática
No passado sábado dia 23 de novembro, Vila Nova de Famalicão recebeu um workshop com o tema "Alterações Climáticas e Justiça Climática". Esta foi uma iniciativa da parceria Associação Famalicão em Transição e a ZERO - Associação Terrestre Sustentável que contou com o apoio da Fundação Cupertino de Miranda, onde decorreu.
No primeiro painel, Francisco Ferreira fez um ponto da situação sobre o cenário atual e futuro do impacte das alterações climáticas. Focando as áreas mais importantes a trabalhar como a energia, os transportes/mobilidade, a alimentação e consumo de forma global, não esquecendo os resíduos. A meta da neutralidade carbónica em 2050, tem de ser algo prioritário para os organismos públicos e as mudanças individuais têm de ser assumidas e concretizadas de forma mais célere.
«O que acontece com as alterações climáticas é que o aquecimento global é lento e quando reagirmos é tarde demais, pois só reagimos nas alturas dramáticas. A boa notícia é que o relatório de cientistas das Nações Unidas nos diz que ainda é possível a temperatura não subir mais que 1,5ºC em relação à era pré-industrial; a má notícia é que, apesar de termos a receita, de sabermos o que fazer, como fazer, ainda estamos muito longe de a aplicar» Francisco Ferreira
Paulo Magalhães, jurista e fundador da Casa Comum da Humanidade, apresentou este projeto, de âmbito internacional que vem vindo a ser desenvolvido desde 2016 e que visa garantir a preservação das condições de habitabilidade do planeta. Segundo Paulo Magalhães o “Sistema Terrestre tem de ser reconhecido como bem jurídico global, um bem que existe dentro e fora de todas as soberanias, a única herança global da humanidade”. A proposta passa pela criação de um sistema de contabilidade, em jeito de “condomínio”, em que todos sabemos as contribuições positivas, mas também de negativas dos estados envolvidos.
«A atmosfera é um bem comum genuíno: não conseguimos dividir, nem juridicamente, nem materialmente, não nos conseguimos apropriar dela, mas conseguimos degradá-la porque a alteramos quimicamente.» Paulo Magalhães
Após um curto intervalo, a exibição do vídeo de apresentação do People Climate Case deu o mote para o segundo painel, que contou com a presença dos representantes das três famílias portuguesas que são parte ativa deste processo judicial.
O People Climate Case envolve 10 famílias e uma associação de jovens provenientes de diferentes países da Europa: Portugal, França, Itália, Alemanha, Roménia e Suécia, e fora da Europa – Quénia e Ilhas Figi, que unidos pela sua vulnerabilidade às alterações climáticas, exigem mais ambição aos decisores políticos europeus.
As famílias considerarem que a UE não está a fazer tudo o que está ao seu alcance para combater as alterações climáticas e proteger os seus direitos fundamentais. Como tal, os cidadãos apelam ao tribunal para que assumam que as alterações climáticas são uma questão de direitos humanos e que a EU é responsável por proteger os seus direitos e os direitos das gerações futuras.
Armando Carvalho, Engenheiro Florestal de profissão, dedicou mais de 20 anos à gestão e proteção de uma floresta biodiversa nas suas propriedades próximo de Santa Comba Dão, descreveu como viu e viveu a destruição da sua floresta nos incêndios florestais que ocorreram em Portugal, em outubro de 2017. Num relato com uma ligação clara entre o incêndio e as alterações climáticas, apresentou o seu ponto de vista sobre como vê o futuro da floresta portuguesa e sobre o muito que é necessário fazer.
Joaquim Caixeiro pertence a uma das 35 famílias que em conjunto com Alfredo Sendim gerem uma cooperativa agrícola na Herdade Freixo do Meio, próximo de Montemor-o-Novo. Foi patente a sua preocupação com a falta de água que poderá colocar em causa a agricultura em modo de produção biológico, que praticam na herdade. Com o aumento da frequência dos fenómenos climatéricos adversos poderão ter de abandonar a atividade agrícola.
Ildebrando Conceição dedica-se à apicultura há décadas na região de Tomar. De forma apaixonada, transmitiu aos presentes qual o impacto atual das alterações climáticas sobre a atividade das abelhas, um ser vivo fascinante com o qual trabalha há várias décadas. Tem constatado que as alterações na estação de floração e o clima cada vez mais incerto, com estações irregulares e imprevisíveis começaram a colocar em causa a sobrevivência das abelhas, conduzindo a uma perda de produtividade de mel, que atingiu os de 60% em 2017.
"Fleur d'Oranger" (Flor de laranjeira) pode ser o primeiro livro de ficção de Rica Sainov, mas a verdade é que nada no livro parece obra de principiante.
Desde uma trama muito bem engendrada e sem falhas, uma história cativante, uma escrita limpa, clara e acessível, até uma bela mensagem, tudo se conjuga para que este livro possa ser um best-seller! Haja a divulgação suficiente!
Li o livro, gostei tanto que tive de o acabar no dia seguinte; o livro prende! Já o emprestei ao meu filho e a vários amigos - e todos adoraram o livro. É um livro intergeracional, que agrada a adultos e a jovens, e com uma mensagem ecológica (e não só) muito importante, que precisa ser passada!
Recomendo sinceramente este livro, e dou os parabéns ao amigo Ricardo Novais (que escreve como Rica Sainov), e desejando-lhe o melhor sucesso para o livro (e para a vida).
A próxima sessão de apresentação do livro será em Vila Nova de Gaia, na FNAC do Gaiashopping, dia 29 de novembro às 19h00. Estão convidados.
Sinopse
«Gabriel, um menino inteligente e bem-educado, vive aos doze anos de idade, em Fafe, um episódio fantástico e sobrenatural que o vai catapultar para uma demanda interminável pelo seu verdadeiro propósito de existência. Ao mudar-se com a sua família para o Porto, vai conhecer o seu inseparável companheiro Damian e também Rodolfo, Daniela e Sara. Eternamente apaixonado por Daniela, nunca dá a devida atenção aos crescentes avanços de Sara. Com Daniela, Damian e Sara a orbitar constantemente na sua vida, em ciclos de afastamentos e reencontros, deparando-se com novas revelações, decide dedicar-se estrategicamente a uma vida dupla.
Numa senda muito própria, com coragem e determinação, vê-se obrigado a viajar a locais de beleza e de cultura únicos e até a enfrentar uma poderosa organização criminosa. Um livro original e emocionante que nos vai obrigar a refletir sobre temas tanto supérfluos como profundos das nossas vidas.» (daqui)
Rica Sainov
«Rica Sainov é natural do Porto. Licenciado em Ciências Farmacêuticas, com pós-especialização em Análises Clínicas e detentor de pós-graduações em Terapias Naturais e Complementares e Acupuntura Integrativa, leciona farmacologia, fitoterapia e culinária curativa em várias escolas de saúde do país. Tentando voltar à Mãe Natureza, procura incessantemente integrar os seus conhecimentos científicos com o poder curativo da Terra, com a finalidade de proporcionar alternativas terapêuticas, mantendo sempre viva a convicção de que, para haver uma cura efetiva, é fundamental uma auscultação, uma viagem intrincada ao âmago do nosso ser, através do perdão e do amor incondicional. Rica escreve em blogues e e-magazines. Este é o seu primeiro romance.» (daqui)
Espécie invasoras são espécies (animais ou plantas) não nativas de determinada região, que aí proliferam sem controle e ameaçam as espécies nativas, causando impactes negativos no equilíbrio dos ecossistemas, na saúde e economia humanas (ver no site Invasoras.pt uma descrição mais completa).
Não é brincadeira, as espécies invasoras são uma ameaça real e muito séria, não só para a biodiversidade como para a economia!
Em Portugal, todos conhecem a Vespa-asiática (Vespa velutina) como caso mais mediático, ou, falando de plantas, a Mimosa (Acacia-dealbata), a Austrália (Acacia-melanoxylon), ou a Erva-das-Pampas (Cortaderia selloana) - estão em todo o lado; ou, nos rios e lagoas, o Jacinto-de-água (Eichhornia crassipes); já menos conhecidas são o Espanta-lobos (Ailanthus altissima) ou a Háquea-picante (Hakea sericea)... mas todas elas, e muitas outras, proliferam por Portugal, e o desconhecimento geral da ameaça que representam, é enorme.
Na sessão Ambientar-se do passado dia 15 de novembro, em Vila Nova de Famalicão, o tema foram as Espécies Invasoras, com a apresentação de projetos de combate a estas pragas, designadamente o projeto Life "CAISIE" na Irlanda, numa sessão dinamizada pela Associação Vento Norte e em parceria com o Parque da Devesa (Município V.N. Famalicão).
Na conversa que se seguiu ao documentário, a Arq. Paisagista Paula Graça Antunes, convidada para o debate, apresentou-nos a "Sanguinária-do-japão" a que os ingleses chamam de "Japanese knotweed", e cujo nome científico é Fallopia japonica ou Reynoutria japonicaou Polygonum cuspidatum (ver aqui a ficha do site Invasoras.pt)
A sanguinária-do-japão é uma erva perene que atinge os 3 metros de altura, natural da Ásia (onde se mantém controlada por certas espécies de animais), que cresce descontroladamente na Europa e EUA (até 7 cm por dia), danificando mesmo as construções, desvalorizando terrenos, e de muito difícil a erradicação. Por isso, fica aqui este alerta.
Confesso que, e apesar de ter já uma noção dos impactos que as invasoras têm no nosso território, fiquei assustada com o poder desta planta, que está a prejudicar a economia do Reino Unido e outros países, e que já está a espalhar-se no norte de Portugal.
No Reino Unido, estima-se que sejam gastos 165 milhões de libras (perto de 200 milhões de euros) anualmente para a combater esta planta (The Economic Cost of Invasive Non-Native Species on Great Britain, Nov.2010 - pode descarregar aqui, e daqui).
Em Portugal, apesar de haver cientistas e ambientalistas que se dedicam ao combate das invasoras, a verdade é que não existem políticas, mas os danos económicos existem, e sem nada se fazer cada vez serão maiores.
«Está classificada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como uma das 100 piores espécies invasoras do mundo. Seu sistema radicular invasivo e um forte crescimento podem danificar as bases de betão, os edifícios, defesas contra inundações, estradas, pavimentação, muros de contenção e lugares arquitetónicos. Também pode reduzir a capacidade dos canais nas defesas contra inundações para controlar a água. É um colonizador frequente dos ecossistemas temperados ribeirinhos, bordas de caminhos e lugares de resíduos. Forma grossas e densas colónias que completamente deslocam a outras espécies herbáceas. » Fonte. Wikipedia
O vídeo publicitário abaixo, de uma empresa escocesa dedicada ao combate desta planta) mostra um bocado do crescimento e impacto da Sanguinária-do-japão em construções e na paisagem.
Foi uma maravilha visitar lugares de Portugal onde os "Quercus" (família dos carvalhos) autóctones ainda são muito abundantes na paisagem: foram uns dias a recuperar forças pela Beira Alta, em Mêda, Foz Côa, Freixo de Numães, Marialva, sítios lindíssimos, a visitar, vestidos das cores quentes de outono. No Minho, onde vivo, infelizmente, poucos são os redutos onde existem carvalhais.
Neste dia 10 de novembro, comemora-se o 11º Dia Mundial da Bolota. E porquê comemorar a bolota? Muito simplesmente porque urge repovoar o nosso país desse género de árvores (género Quercus) que foram dizimadas desde há 500 anos.
Em nome da biodiversidade, da fertilidade do solo, da paisagem, e do clima, vamos recolher e semear bolotas para restaurar os carvalhais e os montados neste país.
Também para assinalar a data e comemorar os carvalhos autóctones, sobreiros e azinheiras, venho apresentar o blogue sobre a Bolota:
No bologta pode ver o vídeo abaixo, que enquadra o Dia Mundial da Bolota, pode descarregar o Manual da Bolota, muito útil para quem passar à ação, e ter muito mais informação sobre a floresta autóctone,os carvalhos e outros quercus de Portugal.