tag:blogger.com,1999:blog-1194402136771130440.post2480035265637684764..comments2024-03-03T20:45:19.129+00:00Comments on Sustentabilidade é Acção: Colóquio - "Transição para uma Economia e Cultura Pós-carbono"Manuela Araújohttp://www.blogger.com/profile/03583901370003016286noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-1194402136771130440.post-22223151509999175062010-03-11T12:19:29.553+00:002010-03-11T12:19:29.553+00:00II
Estamos assim, sem saída? Não, não estamos est...II<br /><br />Estamos assim, sem saída? Não, não estamos estará, para lá de tudo o que se vai fazendo aos mais variados níveis no domínio da descoberta e aproveitamento de fontes de energia limpas –salvo seja a expressão de que pessoalmente não gosto- está justamente na procura de novos rumos de pensamento que permitam dar corpo a uma cultura que permita entender a importância de, por exemplo e é isso que aqui está em apreço, usarmos fontes de energia inesgotáveis e sem impactos negativos nos equilíbrios e ciclos naturais do planeta. Estamos a ser sonhadores e idealistas? Talvez, mas não será certamente isso que reduzirá a razão do argumento anterior –o da importância de novas pontes de mentalidade para que o mais rapidamente possível as economias humanas deixem de se basear na destruição dos combustíveis fósseis com tudo o que de negativo isso possa ter para a Vida. Seja como for, cabe aqui recordar um Senhor que, em face das objecções que lhe colocavam às suas experiências de abstracção com comboios que viajavam à velocidade da luz, sempre perguntava qual a alternativa. Para além disso, é do mais elementar bom senso que da mesma maneira que não poderemos confiar nas políticas que criaram um problema para aí encontrarmos a resolução para o mesmo, dificilmente será sensato esperar responder a novos e diferentes desafios com as velhas maneiras de ver o mundo. É pois esse um debate que teremos que fazer, por que é assim tão importante a utilização de energias inesgotáveis? Que futuro poderemos esperar construir em função dessa passagem? Enfim, muitas outras perguntas haverão seguramente para colocar. Mas é esse o problema que, na minha modestíssima opinião, importará espoletar entre os cidadãos simples como nós. Com uma certeza, porém, a de que não poderemos criar rupturas drásticas nos modos de organizar a economia que por enquanto temos, pois não podemos esquecer –como tantas vezes parece acontecer- que por mais que estes problemas sejam graves e requeiram respostas frontais e mais ou menos breves, os mesmos só são consideráveis pelas implicações que têm na vida dos seres vivos em geral e, entre ele, dos humanos em particular, afinal o vértice a partir do qual sempre deveremos construir o nosso pensamento.<br /><br />Lamento não ser capaz de um maior poder de síntese e, em conformidade, ter-me alongado tanto. Mas, como cidadão da Terra, alguém educado na ideia de que o único território que possuo se resume e restringe ao dos meus sapatos, também eu gosto de dizer de minha justiça, sempre grato por tanto me ser permitido.<br /><br />Haja paz e saúde para todos vós e para os que aqui não estão também.<br /><br />Rudolfo WolfRudolfo Wolfhttps://www.blogger.com/profile/09443880283676984513noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1194402136771130440.post-82450439612471891602010-03-11T12:17:28.730+00:002010-03-11T12:17:28.730+00:00I
Vão distantes os anos em que depois de uma céle...I<br /><br />Vão distantes os anos em que depois de uma célebre reunião do Clube de Roma, em cujas conclusões os especialistas davam os recursos naturais do planeta como praticamente esgotados, a discussão se centrou no crescimento demográfico com a proposta da maioria dos países desenvolvidos defendendo o crescimento zero e, em alternativa, os países do, como então se dizia, terceiro mundo, especialmente por via dos mais empenhados no Movimento dos Não Alinhados, defendendo a ideia de desenvolvimento como paliativo para os perigos do excesso populacional, não só pelo facto de por essa via se poder alcançar a produção de alimentos e outros bens que permitissem resgatar a maioria da Humanidade à miséria e à fome, como ainda pela experiência feita indicar que aquele traz consigo a diminuição do número de filhos por casal. Foi esse o debate da Conferência de Bucareste em setenta e três do século passado.<br /><br />De então para cá assistimos não só assistimos à chamada revolução verde que multiplicou por muito a produção dos alimentos e a rentabilidade dos solos, como à vitória da economia de mercado na China e na Índia e à ascensão das ditas economias emergentes, especialmente na Ásia e na América Latina que acabaram por se traduzir na redução da pobreza a nível mundial. A bomba demográfica, essa, manteve-se, muito embora as teses de Malthus sobre a relação inversa entre o aumento populacional e o decréscimo da disponibilidade dos recursos continuem sem corroboração empírica quanto à forma em que aquele economista do século XVIII as estabeleceu.<br /><br />Foram os problemas que se começaram a detectar na película de ozono que envolve a Terra que, logo a partir da década de oitenta, vieram a centrar o debate a respeito da relação entre o crescimento económico e as suas consequências nos equilíbrios naturais do planeta, especificamente ao nível da atmosfera terrestre. Foi a partir daí que se veio a considerar a possibilidade de as actividades humanas estarem a contribuir para eventuais alterações climáticas.<br /><br />Temos de ter presente que em ciência não existem verdades absolutas, da mesma forma que não caberá aqui discutir e muito menos analisar a exequibilidade das teorias e que nos atestam as mudanças nos padrões climáticos do planeta. Fala-se de aquecimento global mas temos que reconhecer que ainda não existem dados estatísticos suficientes, nem informações bastantes quanto ao passado climático que nos permitam afirmar com segurança que estamos perante um aumento das temperaturas médias a nível mundial, nem mesmo que as essas fossem da única e exclusiva responsabilidade humana e ainda não possuímos modelos fiáveis em que possamos simular conveniente se e como se procederão tais alterções. Além disso, sabemos hoje que devido à translação terrestre, existem períodos de maior aquecimento e arrefecimento que se traduzem naquilo que em Geo-Física se chamam de Eras Glaciares –períodos de frio em que as temperaturas de Verão não são suficientes para derreterem os gelos que se formam à superfície durante os Invernos. É claro que existem vários e diversos sinais que nos permitem avançar a hipótese do aumento das temperaturas médias e consequentemente das alterações climáticas –derretimento dos gelos polares; diminuição à vista desarmada do volume de certos glaciares; alterações nos equilíbrios entre determinadas espécies em diferentes locais da Terra e outros- mas devemos ser frios e serenos e, em face do que anteriormente escrevemos, reconhecer que não poderá ser por aí que poderemos desenvolver ideias em função das quais possamos defender alternativas aos actuais padrões de consumo energético, com todas as restantes consequências que isso necessariamente arrastará.<br />RWRudolfo Wolfhttps://www.blogger.com/profile/09443880283676984513noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1194402136771130440.post-13399678633894826572010-03-11T09:43:09.981+00:002010-03-11T09:43:09.981+00:00Olá João
Já está corrigido, obrigada.
Até breveOlá João<br />Já está corrigido, obrigada. <br />Até breveManuela Araújohttps://www.blogger.com/profile/03583901370003016286noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1194402136771130440.post-79269450401153661852010-03-11T07:33:27.184+00:002010-03-11T07:33:27.184+00:00Olá Manuela,
Obrigado por partilhar esta informaç...Olá Manuela,<br /><br />Obrigado por partilhar esta informação aqui, 1 mês antes do colóquio.<br /><br />Sugiro um aditamento: "Transição para uma economia e cultura pós-carbono". Sem uma cultura diferente, não há uma uma economia diferente.<br /><br />Até breve.<br /><br />P.S: a Manuela Araújo será oradora do Painel 4 - Boas Práticas de Transição em Portugal.João Martins Leitãohttps://www.blogger.com/profile/02408965846131925761noreply@blogger.com