quinta-feira, 26 de julho de 2018

Trangénicos de 2ª geração

« Grande notícia - decisão hoje do Tribunal Europeu"

É difícil de exagerar a importância do que aconteceu hoje no Tribunal Europeu. 
Foi publicado um acórdão que estabelece que os OGM de segunda geração... são OGM. 
Imagem daqui
E não só são OGM, estão sujeitos à legislação relevante para os OGM. 
Isto pode parecer tão óbvio como uma verdade de La Palisse, mas foi o maior braço de ferro dos últimos anos - e a indústria perdeu. 
As multinacionais estavam a contar que os novos OGM fossem isentados das verificações de segurança (que lata!) de modo a passar facilmente por baixo do radar. 
Estivemos por um triz para perder a rotulagem, toda a avaliação de risco e sequer a possibilidade de saber o que era lançado no mercado. 
Felizmente, hoje, quem fica a ranger os dentes são os maus da fita.»

Margarida Silva, 25/7/2018, Plataforma Transgénicos Fora! | Email "[ogm_pt]. 

«Alteração de gene é GM, diz Tribunal Europeu

O Tribunal Europeu de Justiça determinou que alterar os seres vivos usando a técnica relativamente nova de edição do genoma conta como engenharia genética.

Até agora, a alteração genética, envolvendo a substituição precisa de uma sequência de DNA por outra, tem sido uma área cinzenta.
A engenharia genética tradicional envolve a inserção menos precisa de DNA estranho num organismo.
Isso significaria que qualquer novo alimento desenvolvido com a ajuda da alteração de genes precisaria ser rotulado como GM.
Mas a decisão também se aplica a uma série de áreas em expansão, como o tratamento de doenças genéticas em humanos e animais geneticamente modificados. ... »

Ver notícia completa em: "Gene editing is GM, says European Court", By Paul Rincon, Science editor, BBC News website, 25 July 2018

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«OGM 2ª geração

Só porque os consumidores não pediram nem querem OGM, não quer dizer que eles não sejam desenvolvidos e comercializados. 
Enquanto que na 1ª geração a engenharia genética trouxe quase só plantas que produzem inseticidas e plantas que recebem herbicidas, a 2ª geração tem mais figurantes (alguns dos quais já estão no mercado na América do Norte). 
Um dos padrões desta nova leva é a tentativa de argumentar que não são OGM (um argumento adotado pelo governo americano e ainda em análise na Comissão Europeia). 
Imagem daqui
Outra característica transversal é a tentativa de cativar o consumidor com supostos benefícios: hamburgers vegetarianos que parecem carne, maçãs que não escurecem quando cortadas, milho que usa menos água... 
O terceiro aspeto comum a estes novos OGM é a inacreditável ausência de avaliações de segurança (e de rotulagem honesta). 
A indústria está a aprender com os erros do passado: acima de tudo não se podem dar ao luxo de estudar a potencial toxicidade destes produtos - arriscavam-se a descobrir que não eram seguros e lá se ia o investimento. 
Portanto a guerra pelo direito a uma alimentação segura está a jogar-se nas definições: se a União Europeia concordar que os novos OGM afinal não são OGM, todas as proteções arduamente conquistadas nos últimos 20 anos deixam de se aplicar de uma penada só

Margarida Silva, 24/5/2018, Plataforma Transgénicos Fora! | Email "[ogm_pt]. Ver notícia em: "Are You Ready for the New Wave of Genetically Engineered Foods?", March 16, 2018, Stacy Malkan.

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