quarta-feira, 30 de maio de 2018

Sobre biocombustível de óleo de palma

«Sabia que os carros a gasóleo queimam metade do óleo de palma que consumimos na Europa?  Esta situação está a promover a destruição da floresta tropical e a matar os orangotangos no sudoeste da Ásia.»


«A Diretiva de Energia Renovável regula o uso de biocombustíveis e combustíveis renováveis para a União Europeia (UE). Está atualmente sob revisão para o período de 2020 a 2030 (“REDII”).

Tanto o Parlamento Europeu como o Conselho da UE propuseram alterações a esta lei e as suas posições são bastante diferentes.


Uma diferença fundamental é a decisão do Parlamento de acabar com o apoio político ao biodiesel produzido a partir de óleo de palma em 2021, na tentativa de evitar os impactos ambientais, climáticos e sociais negativos ligados a esta matéria-prima.

A decisão do Parlamento provocou um debate internacional em que os países produtores de óleo de palma se opuseram a esta medida.

Dados os impactos negativos ligados ao biodiesel com origem na produção agroflorestal - e especialmente ao óleo de palma - consideramos que o Parlamento vota um passo na direção certa, especialmente tendo em conta estes factos chave:
  • 1. As emissões de gases com efeito de estufa do biodiesel do óleo de palma são três vezes piores que as do gasóleo de origem fóssil.
  • 2. Os condutores da UE são os maiores utilizadores de óleo de palma, mais do que as indústrias alimentar e cosmética.
  • 3. Os atuais sistemas de certificação não garantem a sustentabilidade dos biocombustíveis usados na UE.
  • 4. A decisão do Parlamento não é uma proibição do óleo de palma, é o fim do apoio político ao biodiesel de óleo de palma na REDII.
  • 5. Existem outras questões ligadas à produção em larga escala de óleo de palma, como violações dos direitos humanos e dos direitos dos trabalhadores.
  • 6. O óleo de palma certificado deve ser usado para alimentar pessoas, não carros.
  • 7. A expansão do óleo de palma leva à desflorestação e à degradação das turfeiras.»
Fonte (texto e imagem): "Seven facts about palm oil biodiesel ", Transport & Environment , (tradução livre), 24/5/2018.  Documento completo  aqui.

Ajude a fazer pressão, assine as petições da  Rainforest Rescue e da  AVAAZ

domingo, 27 de maio de 2018

Biodiesel: a cura é pior que a doença.

«O biodiesel é o biocombustível mais consumido na Europa hoje.

O problema? O biodiesel europeu emite, em média, 80% mais CO2 do que o gasóleo, de origem fóssil.

Imagem obtida aqui
O biodiesel de óleo de palma é o pior de todos os biocombustíveis. Liberta o triplo das emissões de gases do efeito estufa do diesel fóssil.  Apesar disso, é usado cada vez mais para abastecer carros e camiões a gasóleo europeus. E os motoristas não sabem que estãoa  queimar palma.

Todo o crescimento do biodiesel da UE desde 2010 vem do óleo de palma importado. Tanto é assim que os condutores são agora os principais consumidores de óleo de palma na Europa.

A cura é pior que a doença.» 

Fonte e saiba mais em biofuelsreform.org



«A União Europeia está atualmente a decidir sobre a expansão das energias renováveis até 2030, com a madeira designada como o principal biocombustível.

Com as florestas da Europa num triste estado, precisamos impedir que mais árvores se tornem em cinzas em nome da energia “verde”.

Assine esta petição e levante a sua voz contra a política equivocada de biocombustíveis da UE!


Apelo à ação

Para: Comissão Europeia, Parlamento, Conselho de Ministros e governos dos 28 Estados-Membros

A EUROPA QUER DEPENDER AINDA MAIS DAS FLORESTAS PARA A PRODUÇÃO DE MADEIRA COMO COMBUSTÍVEL, EM DETRIMENTO DA NATUREZA. PAREM A POLÍTICA DE BIOENERGIA MAL ORIENTADA DA UE!

Imagine um cubo gigantesco de troncos medindo quase 760 metros de cada lado. Isso equivale à quantidade de madeira que a União Europeia (UE) queima todos os anos para gerar calor e eletricidade.

A Europa quer promover energias renováveis para proteger o clima e impulsionar a economia. Mas enquanto os media se concentram no vento, energia hidroelétrica e energia solar, dois terços da energia renovável da europa é de fato gerada usando biomassa. Quase 440 milhões de metros cúbicos de madeira e resíduos de madeira são usados anualmente como combustível, compondo a maior parte da energia renovável da UE.

Os madeireiros não deixam nada para trás: eles também trituram ramos e galhos e, em alguns casos, até mesmo tiram tocos do chão usando maquinaria pesada. Ecossistemas ricos estão a ser degradados em florestas comerciais estéreis. e as árvores não só estão a ser derrubadas apenas na Europa: a fome da UE por biocombustível também está a ser alimentada por plantações de madeira no exterior e importações de pellets.

As florestas da Europa estão se a degrar constantemente, conforme documentado por relatórios anuais sobre o estado da floresta. Três quartos de todas as espécies de animais e plantas e habitats estão em estado insatisfatório, de acordo com o Ministério do Ambiente da Alemanha. A biodiversidade está em perigo de colapso.

A queima de árvores em grande escala não é ambientalmente amigável nem boa para o clima, como 800 cientistas escreveram para a EU . Afinal, é de duvidar se alguma vez as florestas que estão hoje em dia a ser transformadas em fumo voltarão a crescer e armazenar carbono no futuro.

Em vez de orientá-las para a produção de madeira, precisamos de garantir que as florestas sejam mantidas no estado mais natural possível. As árvores antigas e a madeira morta são um habitat vital, e pelo menos cinco por cento de toda a área florestal deve permanecer intocada.

Por favor, assine a nossa petição para proteger nossas florestas e seus habitantes.»

Fonte e petição: Rainforest Rescue (tradução livre)

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30/5/2018: 


sábado, 26 de maio de 2018

A Corporação

A CORPORAÇÃO é um documentário canadiano premiado, de 2003, realizado por Mark Achbar, Jeniffer Abbott e Joe Balkan. Explica a natureza das corporações, infelizmente as instituições dominantes no nosso tempo, os males que comportam à sociedade, às pessoas, à saúde, à natureza, aos animais, ao ambiente, às florestas, à biodiversidade, ao equilíbrio do planeta, à vida.

Annie Leonard na sua "História dos cidadãos unidos versus corporações" já nos disse que o maior mal das corporações é serem consideradas "pessoas", e assim terem direitos jurídicos como pessoas.

Mas as corporações não são pessoas, pois não são dotadas de ética, de moral, e as pessoas que as gerem não são responsabilizadas pelos males que as corporações causam na sua ânsia de lucro demolidora. E mesmo quando são julgadas e condenadas, insistem em cometer crimes porque lhes compensa!

"A Corporação inclui entrevistas e testemunhos de 40 pessoas conhecedoras do sistema, nomeadamente Noam Chomsky, Naomi Klein, Milton Friedman, Howard Zinn, Vandana Shiva e Michael Moore, confissões, estudos de casos e estratégias de mudança."

Reserve 145 minutos do seu tempo para ver este documentário IMPRESCINDÍVEL! Asseguro que não serão desperdiçados!



Filme em 24 partes: 
Parte1;   Parte 2;   Parte 3;   Parte 4;   Parte 5;   Parte 6;    Parte 7;   Parte 8;   Parte 9;   Parte 10;   Parte 11; Parte 12;   Parte 13;   Parte 14;   Parte 15;   Parte 16;    Parte 17;   Parte 18;   Parte 19;   Parte 20;   Parte 21;   Parte 22;   Parte 23;   Parte 24;
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Esta mensagem foi publicada inicialmente neste blogue em 17 de maio de 2011, com o título "A RAIZ DO MAL". 7 anos depois, republica-se pela importância do filme "A Corporação" na compreensão do mundo atual.

quarta-feira, 23 de maio de 2018

Famalicão em Transição - estar a par

Dada a proximidade entre este blogue e a Associação Famalicão em Transição, apelamos aos interessados em receber informação sobre as atividades desta associação:

«No dia 25 de maio de 2018 entra em vigor o Regulamento Geral de Proteção de Dados.

A partir daí, só poderemos enviar emails de divulgação com o seu consentimento expresso dos interessados.

Assim, se quer estar a par das dinâmicas de Famalicão em Transição, dê-nos o seu consentimento no formulário da nossa Newsletter.

Mesmo quem se tinha registado antes, terá de subscrever novamente para receber a informação.

Para se informar sobre o tratamento que fazemos dos dados que nos fornece, consulte a nossa Política de Privacidade .



Contamos consigo. Conte connosco!

Associação Famalicão em Transição
 »

terça-feira, 22 de maio de 2018

Não largue balões!

Todos os balões lançados, incluindo os que são comercializado como "latex biodegradável", voltam para a Terra como lixo e poluem os lugares mais remotos e intocados. Os balões podem viajar milhares de quilómetros, chegam às linhas de água e ao mar, matando inúmeros animais.

Imagem obtida em mcsuk.org
Fonte (adaptado): Ballons Blow

  • «Sabia que actualmente o plástico na Natureza, e em particular no mar, é um dos maiores flagelos ambientais dos nossos tempos, sendo responsável pela morte de golfinhos, baleias, aves ou peixes que o confundem com alimento?
  • Já reflectiu acerca de qual será o destino dos balões de plástico largados para o ar após serem levados pelo vento e rebentarem?
  • Será coerente ensinar as crianças que os pequenos gestos fazem a diferença e que não devem sequer atirar um único papel para o chão, mas lançar na Natureza dezenas de objectos de latex sufocante?»

Fonte: "Largada de balões mata!", em Tara Recuperável, 23.06.2015

«Está cientificamente provado, como dizem os investigadores do Aquário de Virgínia, que muitos animais, tanto em terra como no mar, acabam por morrer por causa dos balões.

Ed Clark, do Centro da Vida Selvagem da Virgínia, constatou que os animais que mais sofrem com este problema são as tartarugas marinhas que acabam por confundir o objecto com uma alforreca e comem-nos, o que leva à morte. E não só. O perigo também existe para outros animais marinhos como golfinhos e baleias que já foram encontrados com balões alojados no estômago. Já os pássaros, por exemplo, ficam presos nos fios de “nylon” ou plástico.»

Fonte: "Será que um dia vamos deixar de largar balões?", Bruna Cunha , em Público P3, 09.03.2015 

«Espantosamente, até nas escolas as crianças já vão sendo incentivadas a lançar "mensagens de esperança" (humanitárias, culturais ou, ironicamente, ambientais), sem os seus educadores se preocuparem nas implicações de tais actos.

Mas qual é, afinal, o problema? O problema é que o que sobe também desce! E depois de uma muito rápida euforia (de dois, cinco, dez minutos, no máximo?!) ninguém se lembra mais do balão (ou dos 10, 250, 5'000 ou 200'000 que foram largados)... A Natureza tem, porém, de lidar com eles - e não será apenas por minutos. Por vezes, será durante meses ou anos.

E para onde vão os balões? O que lhes acontece? Simples: os balões rebentam e caem! Caem e ficam presos nas árvores. Caem e aterram em rios, lagos e lagoas! Caem e invadem pastos e zonas de reprodução. Em suma, caem e tornam-se lixo. Lixo não biodegradável... E são, todos os anos, milhares! Um fenómeno crescente nos países ditos "desenvolvidos".

Tudo para uns efémeros e banais momentos de "beleza visual"... Mas haverá MESMO necessidade destas largadas?»

Fonte: "Balões são armadilhas de morte", Élio Vicente, Biólogo Marinho, em Expresso (13.08.2008)



Todas as imagens, excepto a primeira, foram obtidas no site Ballons Blow 

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Mensagem publicada inicialmente a 19 de junho de 2016, republicada a 22 de maio de 2018, assinalando o Dia Internacional da Biodiversidade

domingo, 6 de maio de 2018

Transgénicos - a coexistência impossível

Para além de os efeitos diretamente na saúde humana dos alimentos transgénicos serem incógnitas, porque não há estudos suficientes ou fidedignos; para além dos efeitos obviamente nocivos para a saúde provocados pelos herbicidas associados aos transgénicos; para além dos efeitos devastadores que o cultivo de transgénicos têm nos ecossistemas e na biodiversidade; para além dos efeitos nefastos na economia, alimentadores do capitalismo selvagem, já que uma empresa é detentora de 90% do mercado das sementes e outras quatro dos restantes 10%; para além disto tudo, as variedades de alimentos tradicionais estão ameaçadas de contaminação pelos transgénicos e, assim, de extinção. 

A história das variedades de espécies alimentares acompanha a história da humanidade, pois foram gradualmente desenvolvidas e adaptadas aos climas e lugares ao longo de muitos milhares de anos. Uma história que, se não nos informarmos e se não nos opusermos, estará prestes a chegar ao fim. Porque variedades tradicionais não podem coexistir com OGM ou transgénicas, já que estas contaminam tudo à sua volta. 

Vejam o documentário catalão de 2007 TranXgenia - A História da Lagarta e do Milho. E já agora, se concorda, apoie a Plataforma Transgénicos Fora e ajude a luta pela alimentação e ambiente saudável, a luta por cada vez mais e maiores zonas livres de OGM.



(Esta mensagem foi originalmente publicada neste blogue em 09/01/2012, e foi republicada 6 anos depois, a 06/05/2018)