segunda-feira, 30 de abril de 2018

Óleo de palma: a destruição da floresta

O óleo de palma é o óleo vegetal mais produzido no mundo. Barato, vai parar aos alimentos nas margarinas, chocolates e na grande maioria dos alimentos processados. Vai também ser queimado como biocombustível.

Pelo caminho desta indústria, fica a destruição de florestas tropicais, a extinção dos orangotangos e outras espécies, a miséria dos habitantes locais, direitos humanos violados, a poluição, o agravamento das alterações climáticas....

Portanto, o preço real deste produto afinal não é nada barato, fica mesmo demasiado caro!

O que fazer para evitar esta situação? Várias coisas, mas para começar,  ler os rótulos e não comprar os produtos que contém óleo de palma. Tentei encontrar margarina sem óleo de palma... não encontrei. Assim, deixei de usar margarina, o azeite é nosso e bem mais saudável!

No texto abaixo encontra mais dicas, eu estou a cumprir a 7ª ao publicar esta mensagem. 

Para começar a cumprir a 4ª dica,  assine esta petição contra a construção de uma refinaria de biodiesel partir de óleo de Palma em Marselha. 

E esta e esta e mais esta

É preciso parar esta destruição!

A  seguir a transcrição de um artigo sobre óleo de palma do site Salve a Selva (em português brasileiro):

«Óleo de palma 
Desmatamento para produtos de consumo diário

Dendezeiro (Elaeis guineensis),  conhecido como
palma-de-guiné, palma, dendém ou coqueiro-de-dendê, .
O seu óleo é conhecido como  azeite de dendê ou óleo de palma.
Fonte: daqui



A situação – florestas tropicais nos tanques e nos pratos

Com 66 milhões de toneladas por ano, o óleo de palma é o óleo vegetal mais produzido no mundo. 

O baixo preço no mercado mundial e as boas caraterísticas de transformação levam para que um em cada dois produtos no supermercado contenha óleo de palma

Além de refeições prontas, bolachas e margarina, o óleo de palma também se encontra em cremes hidratantes, sabões, maquilhagem, velas e detergentes.

O que poucas pessoas sabem: na União Europeia quase a metade do óleo de palma importado é usado para o assim chamado biodiesel

A mistura de biocombustível obrigatória desde 2009 é uma causa importante para o desmatamento das florestas tropicais, sobretudo na Indonésia e a Malásia.

Atualmente, as plantações de dendezeiros já cobrem mais que 27 milhões de hectares em todo o mundo. Numa área do tamanho de toda a Nova Zelândia,   as pessoas e os animais já tiveram que dar lugar aos “desertos verdes”.

As consequências – morte causada por barra de chocolate


Nas regiões tropicais ao redor do equador, o dendezeiro (elaeis guineensis) encontra condições ideais para o seu cultivo. 

No Sudeste Asiático, na América Latina e na África, vastas áreas de floresta tropical são desmatadas e queimadas todos os dias afim de gerar espaço para as plantações. Desta forma, quantidades enormes de gases com efeito de estufa são emitidas na atmosfera. 

Em partes do ano de 2015, a Indonésia – a maior produtora de óleo de palma – emitiu mais gases climáticos do que os EUA. Emissões de CO2 e metano levam a que o biodiesel produzido a partir de óleo de palma seja três vezes mais nocivo para o clima do que o combustível fóssil.

Mas nem só o clima global está sofrendo: juntamente com as árvores, também desaparecem raras espécies animais como o orangotango, o elefante-pigmeu-de-bornéu e o tigre-de-sumatra. 

Muitas vezes, pequenos agricultores e indígenas que habitam e protegem a floresta são deslocados da terra deles de forma violenta. 

Na Indonésia, mais que 700 conflitos de terra estão relacionados com a indústria de óleo de palma. Até nas plantações declaradas como “sustentáveis” ou “ecológicas”, sempre de novo violam-se direitos humanos.

Nós como consumidores não sabemos muito disto. Porém, o nosso consumo diário de óleo de palma também tem efeitos negativos para a nossa saúde: o óleo de palma refinado contém grandes quantidades de ésteres de ácidos graxos, que podem interferir no patrimônio hereditário e causar câncer.

A solução – revolução dos tanques e dos pratos

Hoje em dia, somente 70 mil orangotangos vivem nas florestas do Sudeste Asiático. A política do biodiesel na UE leva os antropóides à beira da extinção: cada nova plantação de dendezeiros destrói um pedaço do espaço vital deles. Para ajudar os nossos parentes, temos que aumentar a pressão sobre a política. Mas no seu dia a dia existem várias opções para agir!


Estas dicas simples ajudam a encontrar, evitar e combater o óleo de palma:

1 - Cozinhe e decida: ingredientes frescos, misturados com um pouco de criatividade, fazem empalidecer qualquer refeição pronta (que contenha óleo de palma). Para substituir o óleo de palma industrial, podem-se utilizar óleos europeus como óleo de girassol, colza ou azeite ou, no Brasil, óleo de côco, de milho (não modificado geneticamente!) ou – se você conhece a origem – óleo de dendê artesanal.

2 - Ler as letras pequenas: na União Europeia, as embalagens de alimentos têm que indicar desde Dezembro de 2014 se o produto contém óleo de palma.1 Em produtos cosméticos e detergentes esconde-se um grande número de termos químicos.2 Com um pouco de pesquisa na Internet, podem-se encontrar alternativas sem óleo de palma.

3 - O consumidor é rei: Quais produtos sem óleo de palma são oferecidos? Por que não se utilizam óleos domésticos? Perguntas ao pessoal de vendas e cartas ao produtores exercem pressão sobre as empresas. Esta pressão e a sensibilização crescente da opinião pública já fizeram com que alguns produtores renunciassem o uso de óleo de palma nos próprios produtos.

4 - Petições e perguntas a políticos: protestos on-line exercem pressão sobre os políticos responsáveis por importações de óleo de palma. Você já assinou as petições da Salve a Selva?

5 - Levante a sua voz: manifestações e ações criativas na rua tornam o protesto visível para a população e a mídia. Assim, a pressão sobre decisores políticos ainda cresce.

6 - Transporte público em vez de carro: se possível, ande a pé, de bicicleta ou use o transporte público.

7 - Passe os seus conhecimentos: a indústria e a política querem fazer-nos crer que o biodiesel seja compatível com o ambiente e que plantações de dendezeiros industriais possam ser sustentáveis. Salveaselva.org informa sobre as consequências do cultivo de dendezeiros.»

Fonte (texto transcrito e imagens, exceto desenho da planta):   https://www.salveaselva.org/temas/oleo-de-palma

Saiba mais em:   Perguntas e Respostas sobre o Óleo de Palma 

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Parentalidade Consciente com Mikaela Övén, Famalicão, 26/04

"Praticar parentalidade consciente é mais sobre o desaprender do que aprender."

"Quando procuramos seguir o caminho da parentalidade consciente estamos a questionar as nossas crenças, as nossas ideias, os nossos hábitos, os nossos comportamentos. 

É um descascar de tudo aquilo que não serve a nossa intenção como pais, um desaprender de tudo que não promove relações saudáveis baseadas no amor incondicional e tudo aquilo que não ajuda os nossos filhos a prosperar emocionalmente."

O auditório da Escola Superior de Saúde do Vale do Ave da CESPU, acolhe no dia 26 de abril, as Jornadas Municipais de Educação, organizadas no âmbito da Quinzena da Educação.

Parentalidade Consciente” é o tema eleito para este debate de ideias, aberto a toda a comunidade educativa e que decorrerá a partir das 21h00, com Mikaela Övén.

Mia Övén inspira há vários anos indivíduos e famílias na busca de harmonia e equilíbrio, através dos seus livros, textos, rubricas na rádio e televisão, cursos e palestras. 

Participação livre e gratuita, sujeita à lotação do auditório.  Recomenda-se a inscrição através do link: 

Esta conferência é promovida pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão em parceria com a Associação Famalicão em Transição - Grupo Educação em Transição, a Federação Concelhia de Associações de Pais e o Centro de Formação de Professores.

Para mais informações e gestão de inscrições, por favor contacte o Departamento de Educação da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão (educacao@vilanovadefamalicao.org | 252320956).