terça-feira, 29 de agosto de 2017

Amazónia: "Nenhum Hectare a Menos"

 «Marcelo Tas e Enrique Diaz são embaixadores da campanha contra a redução de áreas protegidas brasileiras.

Está em curso no Congresso Nacional um projeto de lei que reduz 30% de floresta protegida no Pará, o equivalente a 2 vezes a cidade de São Paulo. O PL 8107 tramita em regime de urgência e, se aprovado, vai retirar a proteção de florestas na Amazônia.

O Brasil não aceita reduzir suas áreas protegidas! #NaoaoPL8107 #NenhumHectareaMenos»
Fonte: Vídeo e campanha da WWF-Brasil

Ajude a travar este atentado brutal, assine a petição:

Impeça que a floresta Amazônica vire um deserto

domingo, 27 de agosto de 2017

Amazónia: a destruição a todo o vapor!

O Presidente do Brasil assinou um decreto criminoso, que permite a destruição de 46 mil km2 da Amazónia, uma área equivalente a metade de Portugal, para a exploração mineira. Está na hora de "pagar os votos", diz a oposição, provavelmente com razão!

Imagem obtida aqui 
«Governo brasileiro extingue grande reserva natural na Amazónia para permitir exploração mineira
...  
O Presidente brasileiro promulgou um decreto na quarta-feira para extinguir quatro milhões de hectares de reserva natural na Amazónia para permitir a exploração de ouro e de outros minerais. A Reserva Natural de Cobre e Associados (Renca), criada em 1984 antes da queda da ditadura militar, situa-se nos estados de Amapa e Pará, no norte do Brasil, e tem uma área de 46 mil quilómetros quadrados, maior que o território da Dinamarca.»

Fonte: Expresso, 24/8/2017

«Negociatas políticas ameaçam preservação da floresta amazónica no Brasil
... 
A crise política está a transformar a maior floresta tropical do mundo numa moeda de troca usada pelo Governo para conseguir apoio político, alertam ambientalistas.
Os ativistas afirmam que, para aprovar reformas de austeridade e bloquear o avanço do processo judicial que o indiciava num esquema de corrupção revelado por executivos da multinacional JBS, o Presidente do Brasil, Michel Temer, negociou projetos de redução da proteção ambiental em troca de apoio.
Estes acordos foram firmados com os ruralistas, um poderoso grupo de parlamentares ligados ao agronegócio que quer ocupar áreas da Amazónia.»
Fonte: DNotícias, 27/8/2017

«Temer abriu área protegida às empresas mineiras e ao investimento estrangeiro. Oposição fala em ‘crime contra a floresta’

Michel Temer decidiu devolver o favor à bancada ruralista do Congresso Nacional, que o ajudou na rejeição da abertura de um inquérito às alegadas práticas de corrupção, e autorizou, na noite de quarta-feira, a exploração mineira numa área de 46 mil quilómetros quadrados na Amazónia, onde habitam duas tribos indígenas e se contam sete zonas de proteção ecológica.
A luz verde dada pelo Presidente do Brasil, que consiste numa desclassificação daquela área do estatuto de ‘reserva ambiental’, permitirá às grandes empresas de extração mineira, nacionais e internacionais, explorarem as reservas de ouro, cobre e ferro ali existentes.»
Fonte: Jornal i, 27/8/2017

Ajude a travar este atentado brutal, assine a petição:

Impeça que a floresta Amazônica vire um deserto

Entretanto, se está por Lisboa ou perto, participe na manifestação em defesa da Amazónia "Mexeu com Amazônia, Mexeu com o planeta!" , dia 31 de agosto às 19h, na Praça Luís de Camões:

«O Coletivo Andorinha convoca todxs para um Ato em Defesa da Amazônia e contra a agenda do governo golpista de Michel Temer.
Mais uma vez, o governo ilegítimo brasileiro fez avançar sua agenda neoliberal com a divulgação de 57 privatizações no Brasil e (pasmem) a extinção de uma área de proteção ambiental no coração da Amazônia para exploração de minério.
A área tem o tamanho da Dinamarca. O decreto que libera a exploração ameaça diretamente várias comunidades indígenas estabelecidas na Reserva do Cobre e permitirá a completa devastação do local.
O golpe que aconteceu no Brasil é um golpe continuado, é um golpe contra a população brasileira e agora um golpe contra a população mundial.
A notícia assustou o mundo. Vamos unir forças parar resistir e denunciar que não aceitaremos tamanha violência ambiental. Essa causa é universal!

Mexeu com Amazônia, Mexeu com o planeta!»
Fonte: Coletivo Andorinha / Evento Facebook  

E a propósito desta triste notícia e das diversas trumpalhadas, entre muitas coisas ruins que por esse mundo fora se fazem, o último vídeo do Prince Ea, sobre o destino da humanidade:




quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Incêndios e Mudança Climática (por Jorge Leandro Rosa)

Sobre os incêndios florestais em Portugal em 2017, os factos e os dados são desoladores! Muitos fatores contribuem para este estado apocalíptico, e é urgente enfrentar o problema com seriedade.

O quadro do ICNF mostra que a ardida até julho foi quase 6 vezes superior à média dos 10 anos anteriores, e de acordo com dados mais recentes, em 22/8 a área ardida em 2017 foi de 166 mil hectares!
Dados do ICNF  obtidos no relatório aqui
O interessante texto que se segue, de Jorge Leandro Rosa, alerta para um dos fatores que não pode deixar de ser equacionado: as alterações climáticas.

«INCÊNDIOS E MUDANÇA CLIMÁTICA: O TÍTULO DE PRIMEIRA PÁGINA QUE NUNCA LERÃO NA IMPRENSA PORTUGUESA

Esta notícia do DN - Incêndios voltam a bater recorde e Portugal pede ajuda à Europa) - é apenas um exemplo do inútil e enganador retrato que a imprensa portuguesa tem vindo a dar dos incêndios «recordistas» em Portugal.  Estamos a bater recordes a cada nova vaga de incêndios. Ou é o incêndio com mais mortos, ou o dia com mais incêndios. 

Este sensacionalismo estéril tem o seu eco institucional no «pro-activismo» do governo e das outras forças políticas, ou mesmo na falta de perspectiva da maior parte dos especialistas chamados a opinar. 

Todos os sectores de opinião, incluindo muitos ambientalistas, e sectores da sociedade têm graves responsabilidades nesta obtusa e muitas vezes voluntária negação do aspecto mais sério da crise dos incêndios. Tudo isto seria apenas mais um exemplo do provincianismo local se não fosse a trágica ilustração da incompreensão nacional do que significa para nós a mudança climática em curso.

A mudança climática provocada pela sociedade industrial é o processo mais destrutivo em que a humanidade está ou esteve envolvida. E isto pela simples razão de que o clima (que parece a alguns, em Portugal, uma simples palavra de boletim meteorológico) DETERMINA TUDO. Sendo um processo dinâmico e complexo, ela afecta tudo e todos, mas não da mesma maneira nem à mesma velocidade. 

Portugal está num dos pontos mais sensíveis do planeta: a península ibérica está exposta a processos de desertificação que, muito provavelmente, a tornarão parcialmente inabitável em pouco tempo. As mudanças decisivas nos ciclos das estações estão a alterar o habitat de muitas espécies e, sobretudo, estão a comprometer os recursos aquíferos e a possibilidade de aqui continuar as práticas agrícolas iniciadas no Neolítico. Ou seja, a mudança climática comprometerá, muito rapidamente, a sustentação da vida humana nestes territórios.
Imagem obtida em Fogos.pt (22-8-2017, 23:56)

A sociedade portuguesa entrou numa fase grotesca da sua auto-representação. Embriagada por vagas promessas de relançamento económico, entretemo-nos a discutir de um modo tecnocrático o combate aos incêndios, como se bastasse uma maior eficácia dos dispositivos para resolver aquilo que é, obviamente, um problema global.

O debate sobre o eucalipto tem razão de ser: que sentido faz admitir uma tal espécie num território tão ameaçado e fragilizado? Mas deixa de fazer sentido quando ignora o quadro dinâmico da mudança climática. 

Em geral, estes debates ignoram a complexidade da mudança climática, as novas dimensões da nossa situação, que fazem com que já não hajam catástrofes APENAS naturais ou APENAS humanas. 

O exemplo patético é o debate sobre as falhas do SIRESP e do seu sistema de comunicação de incêndios. Esse debate é um sobrevivente de uma das mitologias pós-modernas, aquela que hipertrofiava o poder da informação para resolver sistemicamente os problemas. 

Ao mesmo tempo, a sociedade portuguesa é uma das sociedades mais motorizadas a nível global: o automóvel privado carbónico é o pequeno deus egoísta que domina as nossas ruas e estradas. E os media, todo e qualquer espaço mediático, estão cheios de anúncios publicitários a automóveis cada vez maiores, cada vez mais apetecíveis, cada vez mais absurdos. 

A passividade dos cidadãos perante esta invasão ideológica do ecocídio motorizado é o melhor retrato do estado da sociedade portuguesa. Os incêndios serão cada vez mais e mais furiosos. E com eles virá o incêndio social e político do Estado português

Jorge Leandro Rosa, 13/8/2017 ( Fonte: tópico "O estado do Espaço Público diante da mudança climática" do grupo Futuro Terra ou aqui)

domingo, 20 de agosto de 2017

Não à exploração de petróleo em Portugal! (ação em Odeceixe)

Não ao Furo! Sim ao Futuro!

«Cerca de 1000 pessoas de 40 países diferentes formaram uma enorme mensagem humana na praia de Odeceixe para impedir a exploração de petróleo na costa Portuguesa. O evento integrou-se no "Defend the Sacred: Envision a Global Alternative", realizado em Tamera, ao qual se juntaram líderes de Standing Rock e movimentos ambientalistas Portugueses. A mensagem humana aérea foi desenhada por John Quigley da Spectral Q, e o evento foi documentado por Ludwig Schramm e uma equipa de Tamera.


Imagem obtida em Jornal do Algarve
À medida que as empresas petrolíferas pressionam para iniciar a exploração de petróleo em Abril de 2018, juntámos-nos para honrar a água como fonte de vida, a água como sagrada, a vida como sagrada, e a necessidade de defender o que é sagrado.»


Assina a petição: SALVAR O ALGARVE DA EXPLORACAO DE GAS E PETROLEO
http://bit.ly/2vCaFGI»



#defendthesacred | #waterislife

Saiba mais sobre este assunto em: http://www.asmaa-algarve.org/


quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Não ao furo, Sim ao futuro! (12 de agosto, Odeceixe)

Quando as alterações climáticas se fazem sentir de forma tão aguda neste país, continuam as notícias sobre perfurações de petróleo na costa portuguesa. Conseguiu-se evitar perfurações na costa algarvia a sul, agora o foco é a costa do Algarve e alentejana a oeste, mas toda a costa portuguesa está em risco com os interesses económicos das petrolíferas. 

Assim, apela-se à participação na manifestação de 12 agosto na praia de Odeceixe, às 16h30.

Área de concessão da Galp: 46 quilómetros ao largo de Aljezur
 e a 80 quilómetros de Sines (imagem daqui).
«O presidente da Galp Energia, Carlos Gomes da Silva anunciou que a petrolífera tem agendado furos exploratórios para extração de petróleo na costa alentejana para a primavera de 2018. Ambientalistas realizam ação a 12 de Agosto, na praia de Odeceixe.
...
"Temos projetado para 2018 o poço de avaliação", disse o presidente da Galp, referindo que “tem tudo preparado” para furar no mar a 46 quilómetros ao largo de Aljezur e a 80 quilómetros de Sines. Carlos Gomes da Silva não especificou a área exata deste furo exploratório.

O furo terá a profundidade entre os 1200 e os 1600 metros e segundo o presidente da Galp, tem como objetivo avaliar “o potencial marítimo em termos energéticos”....

O movimento Standing Rock, liderado pelo ativista e artista americano John Quigley já tinha marcado uma ação na praia de Odeceixe. A manifestação integra os coletivos ASMA (Associação de Surf e Atividades Marítimas do Algarve), ALA (Alentejo Litoral pelo Ambiente), Climáximo e os municípios de Aljezur e Odemira que se juntam ao encontro internacional “Defend the Sacred: Imagina uma Alternativa Planetária” (link is external),  em Tamera.»  

Fonte: esquerda.net  


quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Dia de Sobrecarga da Terra - 2 de agosto

Em 2017, o Dia de Sobrecarga da Terra (earth overshoot day), ocorre hoje, dia 2 de agosto. Ou seja, neste ano de 2017, ao 214º dia já gastamos os recursos naturais que a terra pode fornecer de modo sustentável para 365 dias. 42% a mais do que o valor que permite a existência das próximas gerações.

Entretanto, remeto para a mensagem do ano passado "A gastar por conta dos netos", relembrando mais uma vez os conceitos de Biocapacidade e Pegada Ecológica.  Calcule a sua pegada ecológica em http://www.footprintcalculator.org/, faça a sua parte e ajude a a reverter esta situação completamente insustentável. Não se esqueça que a sua parte, por muito pequena que seja, é a mais importante!

"Ninguém cometeu maior erro do que aquele que não fez nada só porque podia fazer muito pouco" Edmund Burke



terça-feira, 1 de agosto de 2017

Mimos da Natureza (cosmética natural)

Mimos da Natureza é um projeto de produtos naturais e artesanais de higiene e cosmética, desenvolvido pela famalicense Débora Moura.


Entre estes produtos encontramos sabões, pastas dentífricas, elixires dentários, cremes, desodorizantes, bálsamos labiais, after-shaves, champôs, óleos de massagem, entre outros.

A sua composição é de origem natural (isenta de ingredientes químicos sintéticos) e, sempre que possível, biológica e proveniente de práticas sustentáveis para o ambiente e para as pessoas; não contêm ingredientes de origem animal e não são testados em animais. “São produtos feitos com carinho e respeito pela saúde e pela natureza.

«Este projecto começou, indirectamente, há cerca de 7 anos. O interesse pela higiene e cosmética natural e pelas plantas medicinais foi surgindo por volta de 2008 e desde aí frequentei diversos workshops nestas áreas e fui adquirindo conhecimentos através de diversas fontes. 

Começou por ser um projecto individual, para me proporcionar produtos de uso diário de higiene e cosmética que fossem saudáveis, não poluentes e que respeitassem os animais. Não era fácil, na altura, encontrar estas alternativas no mercado e a preços acessíveis. Toda esta informação e interesse levaram-me a ter vontade de experimentar mais e inclusive criar novos produtos, diferentes dos que tinha aprendido a fazer. 

Foram surgindo ideias que fui colocando em prática. Comecei por fazer alguns produtos para mim e mais tarde para amigos e familiares. Ao longo do tempo fui sentindo que queria partilhar estes produtos com outras pessoas e assim surgiram os Mimos da Natureza, numa tentativa de sensibilizar para um consumo ético, saudável e em harmonia com a natureza e, ao mesmo tempo, poder proporcionar essa alternativa de consumo. Apenas em 2013, com mais tempo livre e a desejar um caminho diferente na vida, comecei a esboçar o projecto para o “abrir à comunidade” e em 2014 dei os primeiros passos para o concretizar.

Sendo um projecto de partilha e sensibilização, desenvolvo pontualmente oficinas de higiene e cosmética natural para potenciar a cada um de nós fazer os seus próprios produtos e/ou a fazer escolhas mais éticas e sustentáveis.

O projecto encontra-se num estado de aperfeiçoamento e desenvolvimento. Há sempre ideias novas a surgir e há que as desenvolver e colocar em prática, experimentar. Gostaria que os Mimos da Natureza pudessem chegar a mais pessoas, mantendo ou até melhorando, a sua qualidade. Espero continuar a fazer o que gosto, a divulgar o projecto e a colher os frutos deste processo.»
Débora Moura

Site: http://mimosdanatureza.weebly.com/
Facebook: https://www.facebook.com/mimosdanatureza
E-mail: mimosnatureza@gmail.com

Experimentem! Eu experimentei e posso afirmar que são muito bons, fiquei cliente! Produtos naturais, agradáveis, eficazes e não são nada caros.

(Mensagem idêntica à publicado no blogue de  Famalicão em Transição)