quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Educação na Finlândia

As crianças merecem ter tempo para serem crianças, para brincarem, conviverem, descobrirem, merecem aprender a pensar pelas suas cabeças e serem críticos com o que lhe estão a ensinar, merecem aprender a respeitar os outros e a si próprios,  e sobretudo, merecem ser felizes!

Veja as diferenças entre a educação na Finlândia e nos EUA (ou cá em Portugal), nesta pequena parte do filme "Where to Invade Next" (E Agora Invadimos o Quê?), de Michael Moore (2015).

terça-feira, 30 de agosto de 2016

I Colóquio Nacional de Horticultura Social e Terapêutica

I Colóquio Nacional de Horticultura Social e Terapêutica

20 e 21 de outubro 2016, Auditório da Escola de Hotelaria e Turismo do Estoril



«A Horticultura Social e Terapêutica (HST) enquadra-se em programas de horticultura urbana, de educação ambiental e de apoio a pessoas idosas, com deficiência ou dependência, em instituições de saúde, de reabilitação psicossocial e de inclusão social. Estes programas são promovidos por instituições particulares de solidariedade social (IPSS), câmaras municipais, associações, estabelecimentos prisionais, instituições de ensino superior e outras e têm por objetivo contribuir para o bem-estar e melhoria da qualidade de vida das pessoas, nomeadamente da sua saúde física, mental e emocional. Oferece, ainda, oportunidades para a socialização, participação ativa e exercício físico, estímulo dos sentidos, da concentração e da criatividade.

A HST relaciona-se com a Agricultura Social, que pode assumir uma forma de diversificação das fontes de rendimento das empresas agrícolas que, prestando um serviço social à comunidade, continuam sujeitas às leis do mercado. A Agricultura Social tem sido também praticada em explorações agrícolas sem fins lucrativos, que exercem uma atividade de produção e troca de bens e serviços de utilidade social e de interesse geral.

O I Colóquio Nacional de Horticultura Social e Terapêutica, envolvendo técnicos, investigadores, movimentos sociais, empresas, pessoas e comunidades, será uma partilha de experiências e dos processos de inovação em que estão envolvidos, que procuram responder aos atuais desafios sociais, ambientais e económicos.

A Comissão Organizadora»

Fonte, programa e mais informação em: http://www.aphorticultura.pt/icnhst.html

domingo, 21 de agosto de 2016

Peniche Livre de Petróleo (petição)

Imagem da página Peniche Livre de Petróleo
O movimento Peniche Livre de Petróleo lançou hoje uma petição para travar a prospeção e extração de petróleo. Assine e divulgue:

Petição pelo cancelamento dos contratos de prospeção e produção de petróleo na Bacia de Peniche e na Bacia Lusitânica

«Exmo. Sr. Presidente da Assembleia da República, 

os signatários desta petição solicitam à Assembleia da República, enquanto órgão constitucional representativo dos cidadãos portugueses, que desencadeie as ações necessárias para cancelar os contratos de Prospeção, Pesquisa, Desenvolvimento e Produção de Petróleo e suspender os trabalhos em curso na Bacia de Peniche e na Bacia Lusitânica, no mar e em terra, localizadas ao longo de toda a faixa litoral, entre Lisboa e Porto. 

Os signatários desta petição consideram que: 


Imagem do panfleto, daqui
- Os riscos ambientais e socioeconómicos desta atividade são muito elevados, como demonstraram os acidentes que ocorreram no Golfo do México e em Michigan, em 2010, entre muitos outros. Desconhecem-se quaisquer estudos de impacto ambiental que suportem os trabalhos em curso e contratualizados, apesar da proximidade de áreas de elevado valor ecológico, como a reserva natural das Berlengas, que é Reserva Mundial da Bioesfera da UNESCO. 

- Os contratos foram negociados e assinados sem consulta pública, num processo pouco transparente. Não se perguntou aos pescadores se queriam ter plataformas onde habitualmente pescam, não se perguntou aos agricultores se queriam ter campos de fracking no lugar dos seus pomares, não se perguntou a quem cá vive, aos surfistas, aos banhistas, a toda a atividade hoteleira, de restauração e turística, se aceitam os riscos desta indústria; 

- Dado que o combate às alterações climáticas exige que 80% das atuais reservas de energia fóssil se mantenham no subsolo, os territórios sem historial petrolífero devem manter-se intocáveis, preservando recursos; 

- Portugal deve dar total prioridade à produção de energias renováveis, pois pelos seus recursos endógenos é um dos países europeus com maior potencial; 

- Além dos riscos sociais e ambientais que nos fazem temer pelo nosso futuro, os contratos em causa têm contrapartidas financeiras insignificantes para o Estado português.»

Fonte: Texto da petição em: http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=penichelivrepetroleo

sábado, 20 de agosto de 2016

Floresta no quintal (Shubhendu Sharm)

Do mesmo modo que a Permacultura transforma desertos em oásis, o engenheiro indiano Shubhendu Sharma, através da sua empresa Afforestt, transforma quintais em bosques ou baldios em bosques em florestas. Com um trabalho inspirado no especialista em floresta japonês Akira Miyawak, ele explica a metodologia que usa no vídeo abaixo (Como cultivar uma floresta no seu quintal), e também neste.




Imagem da apresentação disponível em Afforestt
«As florestas não tem que ser reservas naturais distantes, isoladas da vida humana. Em vez disso, podemos cultivá-las exatamente onde estamos - mesmo em cidades. O eco-empresário Shubhendu Sharma cria mini-florestas densas e biodiversas, de espécies nativas, em áreas urbanas, através de engenharia de solo, micróbios e biomassa, alavancando processos de crescimento naturais. Acompanhe-o à medida que descreve como fazer crescer uma floresta de 100 anos de idade, em apenas 10 anos, e aprenda como entrar nesta pequena festa na selva.»

Fonte: Sinopse  TED (tradução livre)



quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Algas comestíveis

Dos vídeos "Natureza Comestível" apresentados por Alexandra Azevedo, hoje ficam aqui dois sobre Algas marinhas, o segundo mais específico sobre a alga Nori. Falamos apenas de macroalgas marinhas, e não de microalgas, outro tema interessante a explorar na alimentação.

Note-se também que "A maior parte das algas comestíveis são marinhas e a maior parte das algas de água doce são tóxicas. Apesar disso, as algas marinhas podem conter ácidos que irritam o canal digestivo e/ou ter um efeito laxante" (Fonte: Wikipedia)

E pelo meio, um texto de enquadramento extraído do artigo "As Algas Marinhas e Respectivas Utilidades" do Doutor Leonel Pereira, especialista em Ficologia Marinha. Se se interessa pelo tema, veja aqui o texto completo.



«Algas marinhas na alimentação

Actualmente, a nossa sociedade vive uma enganadora abundância alimentar. Rodeia-nos a comida rápida, rica em calorias e gorduras insaturadas, e até  já nos habituámos à expressão da “comida de plástico” para a designar. As consequências de uma alimentação deste tipo são a carência de nutrientes essenciais, a obesidade e doenças relacionadas com ingestão excessiva de açúcares (diabetes) e de gorduras (arteriosclerose),  entre outras. 
Que papel têm as algas marinhas neste panorama? 
Representam exactamente o oposto: um alimento natural, silvestre e que nos fornece elevado valor nutritivo mas baixo em calorias. Pobres em gorduras, as algas marinhas possuem polissacarídeos que se comportam, na sua grande maioria, como fibras sem valor calórico. As algas são, por isso, 
a melhor forma de corrigir as carências nutricionais da alimentação actual, devido ao seu variado leque de constituintes: minerais (ferro e cálcio), proteínas (com todos os aminoácidos essenciais), vitaminas e fibras (Saá, 2002).Da composição analítica das algas marinhas destaca-se:
Imagem extraída do texto mencionado (clique para ampliar)
  • Presença de minerais com valores cerca de dez vezes superiores ao encontrado nos vegetais terrestres, como no caso do ferro na Himanthalia elongata (“esparguete do mar”) em comparação com o da Lens esculenta (“lentilhas”) ou, no caso do cálcio presente na Undaria pinnatifida (“wakame”) e no Chondrus crispus (“musgo irlandês” ou simplesmente “musgo”), relativamente ao leite de vaca.
  • Presença de proteínas que contêm todos os aminoácidos essenciais, constituindo um modelo de proteína de alto valor biológico, comparável em qualidade à do ovo.
  • Presença de vitaminas em quantidades significativas. Merece especial relevo a presença de B12, ausente nos vegetais superiores.
  • Presença de fibras em quantidades superiores ao encontrado na Lactuca sativa e semelhante à da Brassica oleracea (“alface”e “couve”, respectivamente).
  • O seu baixo conteúdo em gorduras e valor calórico, transforma-as em alimentos adequados para regimes de emagrecimento. »
Fonte:  "As Algas Marinhas e Respectivas Utilidades", Leonel Pereira, Departamento de Botânica
Universidade de Coimbra, 2008

O artigo cita e descreve algumas algas comestíveis comercializadas (pag. 6 e 7):

  • Wakame (Undaria pinnatifida)
  • Dulse (Palmaria palmata)
  • Esparguete do Mar (Himanthalia elongata)
  • Kombu (Saccharina japonica, Laminaria ochroleuca e Saccharina latissima)
  • Nori (Porphyra yezoensis, P. tenera, P. umbilicalis e Porphyra spp.)
  • Musgo da Irlanda (Chondrus crispus)
  • Fucus ou Bodelha (Fucus vesiculosus e Fucus spiralis)
  • Agar-Agar (Extracto de Gelidium corneum, Pterocladiella capillacea e de Gracilaria gracilis)




Aproveito para informar que já experimentei cozinhar uma  tarte de Wakame e ficou deliciosa! A que comprei foi da empresa Galega Algamar, da Galiza e de produção biológica, em cujo site tem informações sobre o modo de preparar.

Se conhecem empresas portuguesas que produzam e comercializem algas marinhas, por favor indiquem-nas nos comentários.

E já agora, espreitem umas receitas com algas no Cantinho Vegetariano  (ver no fundo da página)

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Um milhão de visitas!


Pois por estes dias reparei que o contador do blogue tinha ultrapassado 1 milhão de visitas! 

E como não podia de assinalar o número redondo, aqui fica o meu agradecimento a todos os visitantes, assíduos, pontuais ou casuais! Espero que para alguns algumas vezes a visita tenha valido o tempo que por aqui gastaram. E que tenha contribuído, ainda que pouquinho, para a mudança de cada um no sentido de uma vida menos consumista, mais atenta à natureza e ao que nos rodeia, ao perto ou ao longe e que escapa aos meios de comunicação de massa.

Abaixo os dados sobre a origem do maior número de visitantes, de Portugal, do Brasil, dos Estados Unidos, da Rússia, da Alemanha... pelos vistos o Google tradutor funciona (será?)!


Remato citando mais uma vez  Edmund Burke:

"Ninguém cometeu maior erro que aquele que não fez nada
só porque podia fazer muito pouco

OBRIGADA! 

Voltem sempre!

Manuela Araújo, 9 de agosto de 2016

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A gastar por conta dos netos

No dia 8 de agosto de 2016 ocorre o "Earth Overshoot Day" de 2016, ou Dia de Sobrecarga da TerraHá mais de 40 anos que estamos em dívida com a Terra e com as gerações futurasE cada ano que passa, a dívida aumenta, e o Dia da Sobrecarga acontece mais cedo.

Os recursos que a Terra consegue regenerar um ano, a nossa espécie consome-as em 221 dias. A espécie humana consome 40% a mais do que a Terra pode produzir, do que a natureza pode repor. 

«Em palavras simples, temos que mudar radicalmente os padrões de consumo hoje praticados, entendendo que o paradigma de consumirmos sempre mais não traz bem estar e felicidade. Muito pelo contrário: destrói a capacidade de manutenção dos processos naturais e, do ponto de vista social, aumenta a desigualdade. ... Se é verdade que a Humanidade ultrapassou a capacidade dos complexos ecossistêmicos de continuar a prover serviços ambientais e seus correspondentes recursos naturais, também é inegável que existe em curso uma revolução de valores e imposição de novos estilos de vida. Isso configura a esperança de que a nossa geração será capaz de deixar um legado de dignidade e sustentabilidade.»   
Fonte: Fabio Feldmann, em Museu do Amanhã

Biocapacidade do nosso planeta representa a totalidade de recursos naturais e serviços dos ecossistemas que a Terra consegue regenerar num ano; 
A Pegada Ecológica Global representa a totalidade de recursos naturais e serviços dos ecossistemas que a espécie humana consome num ano. 
Dia da Sobrecarga da Terra ou "Earth Overshoot Day", calcula-se dividindo a biocapacidade do planeta pela pegada ecológica mundial, e multiplicando pelo nº de dias do ano;

Atualmente, a Pegada Ecológica Global é 1,6 vezes superior à Biocapacidade da Terra. Isso significa que precisamos de 1,6 planetas para sustentar a existência da nossa espécie.

É preciso que as pessoas se preocupem mais em viver do que em consumir.  

É preciso repensar o nosso modo de vida, e analisar quanto do que usamos é supérfluo, e mudar.


Urgentemente!