domingo, 17 de janeiro de 2016

Sobre o Trigo Moderno

Aconselho vivamente a leitura do texto "Esclarecimento acerca do trigo moderno e o glúten", de 20/9/2015, no site da Sílvia Floresta, do qual deixo aqui um pequeno extrato:

«O trigo hoje em dia é o cereal mais problemático para a saúde (haja intolerância manifesta ao glúten ou não) porque foi intensamente manipulado/ hibridizado (ainda não se falava em alimentos manipulados geneticamente) nos anos 60-70 durante a chamada “Revolução Verde”, tendo sido criado um híbrido anão (90% do trigo hoje cultivado e consumido mundialmente) com elevada produtividade e resistência climática.

Imagem daqui
O trigo é, na alimentação, um dos maiores responsáveis por alergias e intolerâncias alimentares. Embora o motivo exacto não fosse muito claro, muitos especialistas apontavam como grande responsável o excesso de glúten existente nas actuais variedades de trigo. Um tipo de proteína encontrada em muitos cereais, incluindo o trigo, forma bolhas de ar, criando uma textura suave e maleável, de particular interesse para a indústria de panificação/pastelaria. Porque a suavidade foi e é considerada desejável, actualmente o trigo é o resultado de sucessivos híbridos de forma a ter mais glúten do que nunca.

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Este novo híbrido contém uma elevada percentagem de glúten (fonte da proteína gliadina irritante para a mucosa intestinal) como jamais o trigo dos nossos antepassados conteve, e é hoje molecularmente tão complexo que o corpo já não reconhece e consegue digerir/assimilar eficazmente, levando de forma gradual a uma inflamação e permeabilidade intestinal (“leaking gut”) precursoras de toda uma série de problemas de saúde de carácter intoxicante, debilitante, inflamatório, alérgico/auto-imune. Parece que causa reacções alérgicas em geral, particularmente em mulheres de sangue tipo O.

Apesar de que o trigo possa conter muitos nutrientes, isto não quer dizer que seja necessariamente bom para nós ou fácil de digerir. De facto o trigo ocupa o segundo lugar, a seguir aos lacticíneos, no número de doenças físicas e mentais cujo consumo desencadeou em consumidores desinformados.
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Quando ingerimos repetidamente um alimento que o corpo não consegue processar adequadamente, o sistema imunológico trata-o como um invasor, e luta contra ele. Quando isto ocorre de maneira repetida e frequente, o tubo intestinal acaba por ficar cronicamente inflamado, o que danifica a sua mucosa e faz com que esta perca a camada protectora que impede que bactérias invasoras e moléculas de alimentos não digeridos penetrem na corrente sanguínea e se espalhem pelo organismo inteiro, o que conduz a uma inflamação sistémica pelo fato de que o sistema imunológico passa a lutar contra estas “moléculas proteicas invasoras”.

A inflamação sistêmica é o início de muitas e variadas doenças, tais como doenças do coração, demência, autismo, cancro e muitas outras. É realmente de espantar que a medicina convencional tenha tanta resistência em realizar a associação entre a alimentação e saúde. 

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Tudo se esclarece ao percebermos que a intolerância aos alimentos em geral é, por norma, uma resposta do sistema imunitário. A intolerância pode também ocorrer se o organismo não tiver as enzimas necessárias para digerir os ingredientes dos alimentos. No caso do glúten, a sua característica colante e pegajosa interfere com a dissolução e absorção dos nutrientes a nível do intestino. Contudo, há muitas pessoas que não têm sinais manifestos de problemas gastrointestinais, mas que podem estar a sofrer um ataque silencioso em qualquer outra parte do corpo, tal como no sistema nervoso. Os problemas digestivos e as alergias aos alimentos são muito mais fáceis de identificar, pois os sintomas, como os gases, o inchaço, a dor, a obstipação, e a diarreia, manifestam-se desde logo. Mas o cérebro é um órgão mais indefinido. Pode sofrer danos ao nível molecular, sem que se aperceba.»


Conheço várias pessoas com doenças autoimunes graves que melhoraram imenso a qualidade de vida quando deixaram de comer, entre outros alimentos, o trigo moderno.

Pessoalmente, acabo de fazer uma experiência de 2 semanas sem trigo (e também sem açúcar e à base de alimentos alcalinizantes), e a "tensão alta" voltou, ao fim de 3 anos, ao normal, mesmo tendo ingerido sal. Além disso, os "calores" típicos da menopausa que me assolavam há vários meses, cerca de 4 a 5 vezes por dia, simplesmente desapareceram! Claro que pode não ser do trigo ou apenas do trigo, mas fica o testemunho.

Ver também aqui  e aqui (em português), aqui  e aqui (em inglês).

1 comentário:

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