sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Grande Barreira de Coral (petição para a proteger)

«A Grande Barreira de Coral é o maior organismo vivo no planeta Terra e lar de um quarto de todas as espécies dos oceanos. Nos últimos 30 anos, a barreira perdeu metade do coral por causa da poluição advinda de minas, mudanças climáticas e outros fatores.»

Fonte: e-mail da Avaaz

«Os barões do carvão da Índia pediram um empréstimo de mil milhões de dólares para transformar um dos maiores tesouros ecológicos do planeia  numa "estrada aquática" para um complexo monstruoso de produção de carvão. Mas se agirmos rápido podemos bloquear esse empréstimo e manter a Grande Barreira de Coral viva!

Quando a UNESCO declarou este projeto como uma ameaça à Barreira de Coral, seis bancos internacionais desistiram da ideia. Agora, apenas o Banco Estatal da Índia pode garantir, ou destruir, este acordo sujo. A presidente do banco fez sua carreira lutando contra "empréstimos duvidosos", por isso uma campanha global agora pode persuadi-la a escrutinar o empréstimo e impedir que esse projeto louco siga em frente.

A região da Barreira de Coral é lar de baleias e golfinhos -- temos que salvá-los dos navios poluidores. A pressão popular já fez outros bancos mudarem de ideia. Assine a petição e diga não ao pior empréstimo bancário do mundo. Quando chegarmos a 1 milhão de assinaturas, lançaremos uma campanha de imprensa e anúncios publicitários para colocar a presidente do banco indiano, Arundhati Bhattacharya, no centro das atenções até que ela salve o precioso coral:»


Fonte: Petição Avaaz

Mais informação (em português) sobre a aprovação do projeto pelas autoridades australianas em:  Greensavers (17/2/2014), Naturlink (31/1/2014), O Globo (31/1/2014), Público (23/8/2012)

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Viver com OGM - uma carta da America

Carta aberta de organizações não governamentais, cientistas, grupos anti-OGM, celebridades e industriais da alimentação americanos, dirigida aos países da Europa, alertando sobre os sérios e variados perigos dos cultivos transgénicos. Excerto traduzido de:


Imagem obtida aqui
«Escrevemos como cidadãos americanos preocupados, para partilhar a nossa experiência com os cultivos geneticamente modificados (GM) e os danos resultantes para o nosso sistema agrícola e na adulteração dos nossos recursos alimentares.

No nosso país, os cultivos transgénicos são responsáveis por cerca de metade da área cultivada. Cerca de 94% da soja, 93% de milho e 96% de algodão são GM.

O Reino Unido e o resto da União Europeia ainda não adotaram as culturas GM como nós, mas estão atualmente sob tremendas pressões dos governos, dos lobistas da biotecnologia e das grandes corporações, para a adotar o que nós hoje consideramos como uma tecnologia agrícola em falência.
(...)

Controlo do fornecimento de alimentos

Pela nossa experiência, acabamos por entender que a engenharia genética de alimentos realmente nunca teve a ver com o bem público, com alimentar pessoas com fome, ou com apoiar os nossos agricultores. Também não tem a ver com a escolha do consumidor. Em vez disso, trata-se do controle privado e corporativo do sistema alimentar.

Imagem obtida em TESTbiotech
Esse controle abrange áreas da vida que afetam profundamente o nosso bem-estar no dia-a-dia, incluindo a segurança alimentar, ciência e democracia. Põe em causa o desenvolvimento de uma agricultura amiga do ambiente, genuinamente sustentável, e impede a criação de um fornecimento de alimentos transparente e saudável para todos.

Hoje, nos Estados Unidos, desde a semente ao prato, a produção, distribuição, comercialização, controle de segurança e consumo dos alimentos, são controlados por um punhado de empresas, muitas das quais têm interesses comerciais em tecnologia de engenharia genética.

Elas criam os problemas, e, em seguida, vendem-nos as chamadas soluções, num ciclo fechado de geração de lucros, inigualável em qualquer outro tipo de comércio.

Todos precisamos de comer, e é por isso que todos os cidadãos se devem esforçar para entender estas questões.

Tempo de levantar a voz!

Os americanos estão a sofrer os impactos negativos desta tecnologia agrícola arriscada e não comprovada. Os países da UE devem tomar nota: não há benefícios nas culturas GM suficientemente grandes para compensar esses impactos. As autoridades responsáveis que continuam a ignorar esse fato são culpadas de negligência grave do dever.

Nós, abaixo assinados, partilhamos a nossa experiência e o que aprendemos para que vocês não caiam nos mesmos erros.

Apelamos fortemente para que resistam à aprovação de culturas geneticamente modificadas, que se recusem a plantar as que já tenham sido aprovadas, que rejeitem a importação e/ou venda alimentos para animais ou destinados ao consumo humano contendo OGM, e para lutarem contra a influência das corporações na política, na regulação e na ciência.

Se o Reino Unido e o resto da Europa se tornarem o novo mercado para as culturas e alimentos GM, os nossos próprios esforços para rotular e regulamentar OGM serão mais difíceis, se não impossíveis. Se os nossos esforços falharem, as vossas tentativas para manter OGM fora da Europa também irão falhar.

Se trabalharmos juntos, porém, podemos revitalizar o nosso sistema alimentar global, garantindo o solo saudável, campos saudáveis, alimentos saudáveis e pessoas saudáveis.»

Artigo completo traduzido em português aqui.  Artigo original  em inglês aqui.


sábado, 22 de novembro de 2014

Para a eternidade

antes referi este filme, nas razões de peso contra a energia nuclear. Agora chegou a vez de o colocar aqui. Para a eternidade (Into Eternity, 2010).

«O ano é 2010. Os estágios iniciais do mega projeto finlandês Onkalo está em processo de finalização, e que só deverá ser concluído e selado por volta de 2100. Essa é a base do documentário do cineasta dinamarquês Michael Madsen sobre o Projeto Onkalo, um deposito para dejetos nucleares cravado a 500m de profundidade em uma área rochosa na Finlândia. O diretor levanta questões acerca dos procedimentos a serem abordados pelos próximos 300.000 anos (essa seria a meia-vida dos elementos radioativos mais perigosos). 

Então, como estará a humanidade nessas próximas Eras? Qual linguagem a ser utilizada para evitar que ela seja reaberta? Será que deve ser esquecida por completo? Mas se alguém o achar? Ou ainda, continua a ser viável o uso de energia nuclear mesmo com os inerentes riscos de acidentes e/ou os destinos inadequados dos dejetos? Será que aprendemos o suficiente com Chernobyl e Fukushima? »



Into Eternity from ActivEast on Vimeo.

«Sinopse

Todos os dias, em todo o mundo, grandes quantidades de resíduos altamente radioativos dgerados em centrais nucleares, são colocado em armazenamentos intermediários, que são vulneráveis a desastres naturais, catástrofes provocadas pelo homem, e às mudanças sociais. Na Finlândia, está a ser construído o primeiro repositório permanente do mundo, cavado em rocha sólida - um enorme sistema de túneis subterrâneos - que deve durar 100 mil anos, já que este é o tempo que os resíduos permanecerem perigosos.

Uma vez que o lixo encha o repositório, a instalação deve ser selada e nunca mais ser aberta. Ou pelo menos assim o esperamos, mas poderemos garantir? E como é possível avisar nossos descendentes dos resíduos mortal que deixamos para trás? Como podemos impedi-los de pensar que encontraram as pirâmides do nosso tempo, cemitérios místicos, tesouros escondidos? Quais as línguas e sinais eles entenderão? E se eles entenderem, irão respeitar as nossas instruções? Enquanto máquinas monstruosamente gigantescas cavam cada vez mais fundo na escuridão, os peritos acima do solo esforçam-se para encontrar soluções para este crucial problema dos resíduos radioativos, para proteger a humanidade e todas as espécies no planeta Terra, agora e no futuro próximo e muito distante.

Cativante, maravilhoso e extremamente assustador, este documentário leva os espectadores a uma viagem ao submundo e ao futuro, como nunca antes visto.»

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Pedido de socorro do Povo Masai


«Tanzânia quer expulsar povo masai e entregar terra ao Dubai para a família real caçar

Havia um acordo para não vender Maasai, uma terra na fronteira com o Parque Nacional do Serengeti, na Tanzânia. Mas o poder político parece ter mudado de ideias. O governo está a ser acusado de violar esse acordo. Uma petição global pode ser a última esperança dos masai. 

O povo masai recebeu ordens para abandonar o território até ao fim do ano, de forma a que a região se torne uma reserva natural para a família real do Dubai caçar.  

Em causa estão 40 mil pastores que vivem naquele território, segundo dados avançados pelo The Guardian.» 


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«Caros amigos, 

Somos os anciãos da tribo Masai da Tanzânia, uma das tribos mais antigas da África. 
O governo acabou de anunciar um plano de remoção de milhares de Masais das nossas terras, para dar espaço para turistas endinheirados atirarem em leões e leopardos. E essa remoção forçada pode começar a qualquer momento.

No ano passado, quando a primeira informação sobre este plano vazou, quase um milhão de membros da Avaaz se uniram para nos ajudar. A atenção criada sobre o assunto forçou o governo a inicialmente refutar essa ideia e atrasar as negociações em torno deste plano por meses. Mas o presidente esperou até que a atenção internacional dimunuísse, e agora ressuscitou a ideia de tirar nossa terra de nós. Precisamos de sua ajuda novamente, com urgência.


O Presidente Kikwete pode não se preocupar conosco, mas ele mostrou que responde ao apelo da mídia global e da pressão pública! Pode ser uma questão de horas. Por favor, apoiem-nos na luta para proteger nossa terra, nossa gente e os mais majestosos animais do mundo e espalhem isso para todas as pessoas antes que seja tarde demais. Essa é a nossa última esperança:


Nosso povo vive nas terras da Tanzânia e do Quênia há séculos. Nossas comunidades respeitam nossos companheiros animais e protegem e preservam o delicado ecossistema. Mas, durante anos, o governo tem tentado lucrar com isso, oferecendo nossa terra para que reis e príncipes endinheirados do Oriente Médio possam matar. Em 2009, quando eles tentaram invadir nossa terra para abrir caminho para maratonas de caça, nós resistimos, e centenas de nós foram presos e espancados. No ano passado, os príncipes endinheirados atiraram em pássaros nas árvores a partir de helicópteros. Essa matança vai na contramão da nossa cultura.


Agora, o governo anunciou que vai desmatar uma faixa enorme da nossa terra em Loliondo para abrir caminho para o que se propõe ser um corredor de vida selvagem, mas muitos suspeitam queisso é apenas uma desculpa para dar fácil acesso a uma empresa privada estrangeira de caça, e aos seus clientes ricos, para atirarem em animais majestosos. O governo afirma que este novo arranjo é uma espécie de adequação, mas as consequências no modo de vida das pessoas da nossa comunidade serão desastrosas. Milhares de nós poderemos perder nossas raízes, nossas casas, os terrenos em que nossos animais pastam, tudo.


O Presidente Jakaya Kikwete sabe que este negócio vai ser polêmico junto aos turistas que visitam a Tanzânia – uma fonte importante de renda nacional – e não quer que um grande desastre de relações públicas aconteça. Se pudermos urgentemente gerar ainda mais indignação global do que geramos antes, e pautar a mídia sobre isso, sabemos que isso fará o presidente pensar duas vezes. Apoiem-nos agora para exigir que Kikwete dê um fim nessas barganhas:




Esta apropriação de terras pode ser o fim dos Masais nesta parte da Tanzânia, e muitos membros de nossa comunidade disseram que preferem morrer a serem forçados a deixar suas casas. Em nome do nosso povo e dos animais que pastam nessas terras, por favor, fiquem do nosso lado para mudar a mente do nosso Presidente.

Com esperança e determinação,

Os anciãos do povo Masai do distrito de Ngorongoro »


Mais informações



The Guardian: Tanzânia acusada de reverter acordo sobre terra ancestral dos Masais


The Guardian: a fúria dos Masai como plano para atrair turistas do Golfo Pérsico ameaça a sua terra ancestral (em inglês) 



allAfrica: Apropriação de terra poderá amaldiçoar o 'Fim dos Masaii' (em inglês)



IPP Media: Esforços frustrados de comunidade Masai para dar espaço à Ortelo Business (em inglês)



The Guardian: Tanzania refuta plano para expulsar Masai para caça da realeza (em inglês)

The Guardian: “Turismo é uma maldição para nós”(em inglês)

News Internationalis Magazine: “Caçados”(em inglês)

Sociedade para os Povos Ameaçados: informações sobre a remoção forçada dos Masai de Loliondo (em inglês)

FEMACT: Relatório feito por 16 pesquisadores de direitos humanos e pela mídia sobre a violência em Loliondo (em inglês)

domingo, 16 de novembro de 2014

TTIP: "Deve ser travado enquanto é tempo"

"Maltratado

por Alexandre Abreu  (em Expresso 12/11/2014)

«O Tratado Transatlântico de Comércio e Investimento é o grande salto em frente das empresas transnacionais europeias e norte-americanas em resposta à crise, feito à custa dos consumidores, do ambiente, da soberania e das perspectivas de desenvolvimento de economias como a portuguesa. Deve ser travado enquanto é tempo.

Imagem daqui
À margem dos cidadãos, como já é hábito quando falamos de grandes decisões em matéria europeia, uma equipa de negociadores mandatados pelo Conselho Europeu tem vindo a negociar com os seus congéneres norte-americanos um acordo de comércio livre entre a União Europeia e os Estados Unidos conhecido por TTIP, ou Tratado Transatlântico de Comércio e Investimento . Para além da eliminação da maioria das barreiras tarifárias remanescentes, está em causa a eliminação de barreiras não-tarifárias ao comércio como as que advêm de diferenças regulatórias entre a União Europeia e os Estados Unidos. O assunto tem passado em geral despercebido, mas é uma questão de grande importância, que deve suscitar preocupação.

Imagem daqui
Em primeiro lugar, pelo motivo processual fundamental já referido: a falta de transparência e escrutínio democrático sobre as negociações, que têm vindo a ser realizadas à margem não só dos cidadãos como até dos seus representantes eleitos - os deputados aos Parlamentos nacionais e Europeu. O secretismo é tal que um conjunto de deputados ao Parlamento Europeu realizou no mês passado uma manifestação à porta da sala de acesso reservado onde se encontra guardada a documentação relativa ao TTIP, em protesto por lhes ser vedado o acesso . A Provedora de Justiça Europeia, Emily O'Reilly, teve também já ocasião de criticar publicamente a Comissão e o Conselho Europeus pela falta de transparência que tem caracterizado todo o processo .
...

Imagem daqui
Em suma, este é um Tratado anti-democrático e não sujeito a escrutínio, cujo conteúdo está a ser decisivamente influenciado pelas grandes empresas transnacionais ao mesmo tempo que é escondido dos cidadãos e dos seus representantes eleitos. Um Tratado que corre um sério risco de pretender nivelar por baixo as regras em matéria ambiental, laboral e de segurança do consumidor. Um Tratado que pode vir a incluir, se os Maçães deste mundo levarem a sua avante, um mecanismo de neutralização da soberania sem precedentes. E um Tratado que, se for aprovado, tenderá a condenar ainda mais a economia portuguesa ao agravamento da sua condição semi-periférica.

Deve ser travado enquanto é tempo.»

Ler artigo completo em: http://expresso.sapo.pt/maltratado=f897727#ixzz3JGVVlMnT7


Saiba mais sobre o TTIP em https://www.nao-ao-ttip.pt/

Assine a petição contra o TTIP  em  http://stop-ttip.org/  ou em  http://www.nao-ao-ttip.pt/

sábado, 8 de novembro de 2014

A beleza da nossa terra

Imagem daqui
Belíssimo vídeo Breathing Other World em "timelapse" de Carlos Dias, filmado em Portugal e Espanha, entre março 2013 e agosto 2014. Não bastam os olhos para ver  a beleza, é preciso também a alma. 

Locais: Portugal - Parque Natural da Serra da Estrela, Parque Nacional da Peneda-Gerês, Buracas do Casmilo (Condeixa), Outeiro (Leiria), Cabo Mondego, Cabo Espichel, Cabo da Roca, Carrasqueira; Espanha - Parque Nacional dos Picos de Europa, Desfiladero de la Hermida, Parque Natural Montaña Palentina


Breathing Other World from Carlos Dias | photography on Vimeo.