quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Milésima mensagem


E chegamos ao fim de 2014 e chega este blogue à milésima mensagem publicada. Durante mais de 5 anos e meio, e a um ritmo sucessivamente mais reduzido, aqui se foi falando de diversos temas que, dependendo da disponibilidade ou do conhecimento mínimo do assunto, achei que valeria a pena partilhar. 

Este blogue é uma forma de voluntariado a que muitas horas dediquei, com o objetivo de contribuir para o aumento de consciência ecológica, de ajudar a entender que somos parte de um mundo natural, de que dependemos, e não seus opositores ou dominadores.

Espero que tenha valido a pena para mais alguém. Para mim, valeu. Aprendi muito. Mudei. Continuo a aprender e a mudar.  Espero também continuar a poder vir aqui partilhar. Ao ritmo que for possível.

Obrigada a todos os que me têm feito companhia, "audível" ou silenciosa, ao longo destes anos.  E sobretudo, agradeço a quem mudou alguma coisa na sua vida por ter vindo aqui parar, porque justificou a existência deste site.

E, volto a dizer, que 2015 seja um bom ano para mim e para si. Façamos de 2015 um ano novo.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O sentido do maravilhoso, sempre!

"Maravilhar-se" (The Sense of Wonder) é um pequeno livro de Rachel Carson, um momento de pedagogia para que adultos e crianças se maravilhem com a natureza, desde o mais pequeno ser vivo ás tempestades e ás estrelas. Um excerto:

"O mundo da criança é cheio de frescura, de novidade, de beleza, povoado de maravilhas e entusiasmo. É uma pena que para a maioria de nós, essa visão de olhar límpido, esse verdadeiro instinto que inclina ao belo e inspira temor e respeito se esbata e mesmo perca antes de chegarmos à idade adulta. Se eu tivesse alguma influência sobre a fada boa que se julga presidir ao batismo de todas as crianças, pediria que o seu presente para qualquer criança que viesse ao mundo fosse uma capacidade de maravilhamento tão indestrutível que duraria toda a vida, como antídoto infalível contra o aborrecimento e o o desencanto da idade adulta, as preocupações estéreis com as coisas artificiais, o alheamento que nos afasta das fontes da nossa força.

Para que uma criança mantenha vivo o seu sentido inato do que é maravilhoso sem que lhe tenha sido dado tal presente pelas fadas, ela necessita da companhia de pelo menos um adulto com quem possa partilhá-lo, redescobrindo com ele a alegria, o entusiasmo e o mistério do mundo em que vivemos.

Muitas vezes os pais sentem-se incapazes quando confrontados, por um lado, com a mente ávida e sensível de uma criança, e, por outro lado, com um mundo de natureza física complexa, habitado por uma vida tão variegada e tão pouco familiar, que parece não haver esperança de reduzi-laà ordem e ao conhecimento. Sentindo-se derrotados, exclamam:  «Como posso eu ensinar a natureza ao meu filho? Como, se nem consigo distinguir um pássaro de outro pássaro?» 

Acredito sinceramente que, para a criança e para os pais ou parentes que procurem guiá-la, saber não tem metade da importância de sentir. Se os factos são as sementes que produzem mais tarde conhecimento e sabedoria, as emoções e as impressões dos sentidos são o solo fértil no qual as sementes terão de crescer.

Os anos da primeira infância são aqueles em que se prepara o solo. Uma vez despertadas as emoções - o sentido do belo, o entusiasmo pelo novo e pelo desconhecido, o sentimento de simpatia, piedade, admiração e amor - surge então o desejo de conhecimento acerca do objeto da nossa relação emocional. Uma vez encontrado, o seu significado é duradouro. É mais importante abrir caminho para que a criança queira conhecer do que empanturrá-la de factos que ela ainda não consegue assimilar.

O pai, a mãe, o familiar que receie ter ao ser dispor um fraco conhecimento da natureza, pode ainda fazer muito pela criança. Com ela, onde quer que esteja e sejam quais forem os seus recursos, pode ainda olhar para o céu -  as belezas do amanhecer e do crepúsculo, o movimento das nuvens, as estrelas à noite. Pode escutar o vento, quer sopre com uma voz majestosa através da floresta, quer cante um coro de muitas vozes em redor dos beirais da casa ou das esquinas do edifício de apartamentos onde more,e, escutando, pode alcançar uma mágica libertação dos seus pensamentos. Pode ainda sentir a chuva no rosto e pensar na sua longa jornada, nas suas muitas transmutações do mar para o ar e para a terra. Mesmo morando na cidade, pode encontrar algum lugar, talvez um parque ou um campo e golfe, onde pode observar as misteriosas migrações das aves e as mudanças das estações.. E, com a criança, pode ponderar o mistério do crescimento, mesmo que tenha apenas uma planta num vaso de terra numa janela da cozinha."

Rachel Carson em "Maravilhar-se, Reaproximar a Criança da Natureza", 1956, edição portuguesa da Campo Aberto - Associação de Defesa da Natureza, 2012, tradução de J. C. Costa Marques.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Desodorizante caseiro - tão fácil!

Para além dos produtos químicos que ingerimos nos alimentos, quer nos processados (conservantes, corantes, aromatizantes, emulsionantes,  etc. etc.)  quer nos produtos oriundos da agricultura e pecuária convencional (herbicidas, inseticidas, fungicidas, hormonas, antibióticos, etc., etc), somos diariamente expostos, através da pele a dezenas de produtos químicos.  São os champôs, os amaciadores, os cremes, os dentífricos, os desodorizantes, os perfumes, etc.

Mas vamos-nos focar nos desodorizantes.   Um desodorizante, como a palavra diz, é um produto que serve para remover o odor; da transpiração, claro. E o que faz o mau odor da transpiração? as bactérias que se desenvolvem no suor, se forem criadas as condições para isso. Um anti-transpirante é um produto que impede a transpiração. Por norma, a substância usada para impedir a transpiração é o alumínio (na forma de cloridrato de alumínio). Mas o corpo precisa de transpirar para eliminar toxinas, se não o fizer, está a retê-las. Portanto, o melhor é esquecer logo estes produtos.

Voltando aos desodorizantes, há muitas soluções fáceis para fazer em casa desodorizantes perfeitamente funcionais. Com as mais variadas consistências e formas. Em vez de álcool, parabenos, triclosan, ftalatos, propilenoglicol e outras maravilhas do nosso tempo...., podemos usar produtos facilmente existentes... ali na cozinha. Como limão, óleo de côco, bicarbonato, amido.

A receita (de coco) que aqui deixo já experimentei e recomendo:

5 colheres de sopa de óleo de coco
1 colher de sopa de óleo de amêndoas doces
3 colheres de sopa de amido de milho (tipo Maizena ou, de preferência, de marca nacional)
3 colheres de sopa de bicarbonato de sódio (em pó fino)
12 a 15 gotas de óleo essencial de alecrim (opcional)

Abaixo dos 25ºC, o óleo de coco está sólido, pelo que será preciso amorná-lo em banho-maria para o derreter ligeiramente e facilitar a mistura com o amido de milho e com o bicarbonato de sódio. Quando já está meio sólido (para evitar a separação dos ingredientes), colocar numa embalagem, de preferência a reutilizar.  No tempo quente, o desodorizante fica líquido, pelo que o melhor é guardá-lo no frigorífico, e tirá-lo algum tempo antes de utilizar.  A inclusão de óleo de amêndoas doces  amacia o desodorizante no inverno. 

Há muitas alternativas, à base de óleos ou de infusões, com ou sem óleos essenciais (eucalipto, tea tree, alfazema,...). Alguns exemplos aqui.  E há também quem utilize e diga maravilhas da pedra de alúmen. No entanto, não deixa de ter alumínio (sulfato duplo de alumínio e potássio) e parece-me que atua mais como anti-transpirante do que apenas como desodorizante, mas é assunto que não domino; assim, aplico o princípio da precaução.

Entretanto, conheça as principais substâncias que devem ser evitadas nos cosméticos e produtos de higiene comerciais neste artigo do Portal eCycle.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Permacultura na Escócia: "Garden Cottage"

Garden Cottage, 1991
No vídeo abaixo, o depoimento de Graham Bell sobre a sua experiência de cerca de 25 anos em permacultura, num clima temperado (situa-se em Coldstream, nas fronteiras da Escócia, a uma latitude semelhante a Moscovo, Dinamarca ou Canadá).  

"Garden Cottage" tem uma área de cerca de 800 m2, e chega a produzir mais de 1 tonelada de alimentos num ano. A produção pode ser muito inferior à obtida no caso de Urban Homstead na Califórnia, mas mesmo assim é um excelente resultado  para o clima da Escócia.

Garden Cottage, 1996
«Visite Graham e Nancy Bell, professores de permacultura e criadores da mais antiga floresta de alimentos em permacultura na Grã-Bretanha.  Há mais de 20 anos, começaram a plantar uma grande variedade de árvores de fruto, hortaliças, plantas perenes e muito mais num campo atrás da sua casa no campo.

Garden Cottage, 2009
Agora, um dos primeiros jardins floresta da Grã-Bretanha é uma floresta temperada diversificada que produz alimentos alimentar que quase se cuida a si própria. Como Graham explica, 25 anos pode parecer muito tempo para planear e criar um projeto de permacultura, mas é menos do que a metade de vida humana - por isso é possível! Graham também explica o que é a permacultura, por que é muito mais do que jardinagem, e que o inspirou a escrever seus dois livros best-seller.»

Fontes: Texto: Tradução de Permaculture UK  ;  Imagens:  Garden Cottage

domingo, 21 de dezembro de 2014

TTIP - Todos Tramados, Isto é Perigoso

Há algum tempo que venho divulgando artigos e vídeos sobre o TTIP, o perigosíssimo acordo de parceria económica entre a Europa e os Estados Unidos, que está a ser negociado às escondidas dos cidadãos, alertando para os gravíssimos e perniciosos efeitos que terá na democracia, liberdade, economia e qualidade de vida dos europeus. Um tratado contra o povo, a favor das grandes multinacionais.

Ajudem a alertar, divulguem este assunto das formas que estão ao vosso alcance, pois os média não o farão!

O texto que se segue é composto por excertos do artigo "O (Des) acordo Transatlântico (TTIP)" de Granado da Silva e Ana Rute Vila, publicado no jornal MAPA em 19/12/2014. Aconselho à sua leitura completa na fonte.


«A Parceria Transatlântica para o Comércio e Investimento (PTCI), no original em Inglês “Transatlantic Trade and Investment Partnership” (TTIP), é um acordo bilateral entre os EUA e a UE.
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Para além dos habituais discursos de circunstância afirmando a necessidade e justeza da iniciativa, pelo seu alcance e potencial impacto, para a Europa e para o mundo em geral – a Europa representa quase um terço da riqueza global e um acordo desta natureza teria consequências à escala mundial – este acordo representa potencialmente o maior e mais perigoso esforço de reconfiguração socioeconómica, à escala planetária, e da história da humanidade. O acordo será assinado à revelia dos habitantes de cada Estado, graças ao poder da União Europeia para negociar em nome dos seus membros, conferido no contexto do tratado de Lisboa assinado em 2007.
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O primeiro ponto a ter em conta é a harmonização legislativa entre a Europa e os EUA com o objectivo de reduzir os impostos aduaneiros, facilitando a entrada na Europa de produtos importados dos EUA e Canadá. Consequentemente, esta “harmonização” vai piorar a situação dos comerciantes e agricultores locais que vêem diminuir ainda mais as suas possibilidades de competir num mercado cada vez mais feito para as grandes empresas.
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O acordo prevê também medidas de protecção do investimento privado através de Mecanismos de Resolução de Conflitos Resultantes de Relações de Investimento – no original Inglês Investor-State Dispute Settlements (ISDS) – que, de forma gravosa, oferecem a possibilidade às corporações de processarem um Estado por perdas resultantes das políticas desse mesmo Estado. O processo é decidido por um painel ad hoc de advogados especializados em direito comercial internacional que avalia o caso com base nos acordos estabelecidos e nas convenções do direito comercial internacional independentemente de quaisquer questões de justiça social ou interesse comum que o mesmo possa levantar.
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ORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
Actualmente o uso de “Organismos Geneticamente Modificados” (OGM) está fortemente regulamentado na Europa. Apesar disso, o intenso lobbying por parte das corporações do sector agro-alimentar, apoiado pelo governo dos EUA, têm levado ao aumento de plantações destes organismos, mesmo em países que os proíbem formalmente. Em 2011 foram plantados cerca de 120.000 hectares de OGM na Europa, sendo a Espanha o país líder, seguido por Portugal. No entanto países como França e Alemanha, (assim como a Grécia, Bulgária, Áustria, Itália, Hungria, Luxemburgo e Polónia), proibiram o uso de OGM, utilizando a chamada “cláusula de salvaguarda”, justificando os males dos OGM para os seres humanos e ambiente. A Alemanha, mesmo com a proibição formal, em 2011 plantou 2 hectares de Batata “Amflora” (OGM). O TTIP fará com que estes valores sejam amplamente ultrapassados.
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ENERGIA
No caso da energia, o acordo destruirá todos os esforços – ténues que sejam – levados a cabo por governos Europeus no combate às Alterações Climáticas.
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SAÚDE ...
A privatização da saúde, através do Sistema Único de Saúde (SUS), é um dos objectivos explícitos do documento, seguindo o exemplo americano onde o modelo é essencialmente privado e deixa milhões sem acesso a cuidados de saúde.
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CLÁUSULA MODO 4
Uma das principais interessadas no acordo é, por exemplo, a multinacional agro-alimentar Monsanto. Entre outras vantagens, passará a poder defender os seus “interesses e empreendimentos” agrícolas em Portugal tal como já acontece noutros locais do mundo, recorrendo a empresas de segurança privada como a Academi (antiga BlackWater) que emprega mercenários e protege as suas explorações pelo mundo fora. Dentro da cláusula “Modo 4”do acordo, é permitida a circulação livre de trabalhadores temporários através das fronteiras. Isto é, permite que uma corporação estrangeira que venha a Portugal realizar trabalhos por uma semana ou um mês traga consigo trabalhadores não registados no País. A cláusula não se fica por aqui, pois permite também que empresas subsidiárias de países terceiros estabelecidas nos Estados parceiros, ou empresas de fora dos EUA e da UE, mas estabelecidas num Estado membro, possam fornecer trabalhadores.
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PROPRIEDADE INTELECTUAL
O acordo poderá ter também o condão de tornar qualquer cidadão num potencial ladrão, ou pirata, culpado de plágio ou violação de direito de propriedade intelectual por, por exemplo, copiar e utilizar conteúdos da internet, de discos ou Cd’s, no processo legitimando a criação de uma rede de vigilância violadora dos mais elementares princípios de privacidade e liberdade de expressão.
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LIBERALIZAÇÃO DO MERCADO
O acordo irá também afectar o sistema financeiro promovendo uma ainda maior “liberalização” (traduzida em mais desregulação e maior opacidade) do sector bancário e finança.
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EM OPOSIÇÃO
Em Portugal a plataforma Não ao Tratado Transatlântico (www.nao-ao-ttip.pt) acompanha as movimentações políticas e corporativas sobre o acordo Transatlântico.
...
Para se ter uma ideia do impacto futuro do TTIP basta olhar para os efeitos do acordo NAFTA (acordo tripartido entre os EUA, o México e o Canadá: um processo semelhante, mas menos ambicioso) nos países que o ratificaram. Começando mais a norte, temos a destruição de boa parte do tecido industrial americano (e de muitas comunidades que dele dependiam), deslocalizado inicialmente para o México e depois para regiões com condições salariais e laborais ainda mais vantajosas (como a Ásia). O congelamento ou diminuição de salários, a perda de poder de compra, o aumento da pobreza e desigualdade e claro, o colapso parcial ou total das instituições públicas perante o poder das corporações.
...
O TTIP e as suas implicações levantam muitas questões sobre o futuro dos Europeus e do mundo. Existe, no entanto, uma delas, porventura a essencial, que, por trazer mais questões ainda, é de difícil trato. A extrema comercialização de todos os aspectos da vida social e individual, que o pacote de medidas acarreta é, de facto, um passo muito concreto para a instauração cada vez mais coerente de uma nova ordem que canibaliza o todo social como modelo de negócio. Modelo esse que é em última análise partilhado por toda e qualquer grande empresa neste mundo.
...
O maior problema colocado por este tratado é que ele representa um rápido e decisivo passo para a perda formal e efectiva do poder, da independência local e autonomia das populações. De facto, se pouco poder de decisão temos hoje sobre como é governada a Saúde, sobre o nosso modelo de desenvolvimento económico, energético e de produção alimentar, o tratado vem formalizar e acelerar essa tendência que, sob a alçada das políticas estatais, já se impunha.
...»
Granado da Silva e Ana Rute Vila, jornal MAPA, 19/12/2014

Saiba mais sobre o TTIP em https://www.nao-ao-ttip.pt/

Assine a petição contra o TTIP  em  http://stop-ttip.org/  ou em  http://www.nao-ao-ttip.pt/

sábado, 20 de dezembro de 2014

Fungos fantásticos!

Martin Pfister (500px.com/Martin-Pfister)
Um excerto do documentário de Louie Schwartzberg seguindo o micólogo Paul Stamets, sobre o importante papel desempenhado pelos fungos na sobrevivência e saúde da terra e da espécie humana.

"Imagine um organismo que o alimenta, que o cura, que revela segredos do universo, que pode ter avançado o cérebro proto-humano, e hoje pode ajudar a salvar o planeta. Um organismo que parece ser consciente.  Agora imagine que ele está no chão sob seus pés. Se ainda não viu isso, gaste um momento para ver a inspiração que começou a viagem ...
Louie Schwartzberg tocou milhões de pessoas em todo o mundo com o seu apreço único pelo que está ao nosso redor. Cogumelos tornando-se bailarinas, e fungos que nos conectam com o universo inteiro sob os nossos pés."

Fonte e mais informação sobre o filme em http://fantasticfungi.com/



quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Projeto Rios - Une pessoas e une rios

Pedro Teiga, mentor do Projecto Rios "desafia cidadãos, comunidades, escolas e centros de 3ª idade a adoptar troços de rios". Ver vídeo aqui

«Enquadramento

Desde as primeiras civilizações, o ser humano, por razões económicas, culturais e de lazer, esteve sempre ligado aos recursos hídricos, vivendo uma relação que sustentava uma natureza mais poderosa do que o Homem. Com a evolução da civilização humana, esta posição mudou. O desenvolvimento das sociedades atuais tem conduzido a uma degradação generalizada do meio ambiente e a uma utilização irracional dos recursos naturais.

Atualmente, os rios e as ribeiras em Portugal apresentam vários problemas, nomeadamente ao  nível dos usos comuns e da afluência de oportunidades de exploração de recursos que ocorrem ao longo da sua bacia hidrográfica. Muitos destes problemas resultam da falta de conhecimento e participação pública, quer ao nível da população em geral quer ao nível do poder decisor.

O que é o Projeto Rios?

O Projeto Rios é um projeto que visa a participação social na conservação dos espaços fluviais, procurando acompanhar os objetivos apresentados na Década da Educação das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável e contribui para a implementação da Carta da Terra e da Diretiva Quadro da Água. 

A implementação deste projeto pretende dar resposta à visível problemática, de âmbito nacional e global, referente à alteração e deterioração da qualidade dos rios e à falta de um envolvimento efetivo dos utilizadores e da população em geral. »

Fonte: Documento de Apresentação do Projeto Rios 


«Em Portugal, o Projeto Rios chegou em 2006 e é promovido pelas seguintes entidades: Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA); Associação de Professores de Geografia (APG); Liga para a Protecção da Natureza (LPN); Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). A ASPEA é presentemente a responsável pela coordenação do projeto.

Actualmente estão envolvidas na implementação do Projeto Rios no território nacional diversas entidades institucionais (câmaras municipais, juntas de freguesia, escolas, associações, organizações não-governamentais (ONGs), institutos e centros de investigação), empresas e a população em geral.»

Fonte: Projeto Rios (http://www.projectorios.org/)
Metodologia:



Apresentação do Projeto Rios por Pedro Teiga em Vila Nova de Famalicão: http://youtu.be/SMAMJwLmLiQ

Mais informação em: http://www.projectorios.org/.  Inscrições aqui

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

TTIP Primeiro Dia

Melhor será mobilizarmo-nos antes de o Acordo de Parceria Transatlântica  de Comércio e Investimento (TTIP) ser implementado, depois será tarde demais!

As implicações na Europa a nível de segurança alimentar, saúde e ambiente serão catastróficas! Com este acordo feito à sucapa, apenas ganham as grandes multinacionais.

Saiba mais sobre o TTIP em https://www.nao-ao-ttip.pt/

Assine a petição contra o TTIP  em  http://stop-ttip.org/  ou em  http://www.nao-ao-ttip.pt/

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

2015 - Ano Internacional dos Solos

Dia 5 de dezembro é o Dia Mundial do Solo, e 2015 é o Ano Internacional dos Solos (68º Sessão Assembleia Geral da ONU). Formas de chamar a atenção para esta fina camada da superfície terrestre, tão pouco lembrada e tão mal tratada.


O solo, a camada superficial da crosta terrestre, é o suporte da paisagem, das atividades humanas e de grande parte da vida na Terra. É constituído por partículas minerais, matéria orgânica, água, ar e organismos vivos, formando um habitat de enorme biodiversidade e um reservatório de nutrientes. Um grama de solo em boas condições pode conter 600 milhões de bactérias de 20 mil espécies diferentes.

O solo é um meio vivo e dinâmico que sustenta a vida terrestre e as atividades humanas. Não é um recurso renovável, pois são precisos séculos para se formar 1 cm de camada de solo. Mas um mau uso pode fazê-lo desaparecer em poucos anos. E o solo está a diminuir e mesmo desaparecer em muitos pontos do globo.


As atividades humanas são as principais responsáveis pela degradação do solo. Alguns dos tipos de degradação contribuem para o desaparecimento do solo de forma gradual – erosão, ou rápida - deslizamentos de terras e impermeabilização, enquanto outros deterioram a sua qualidade - perda de matéria orgânica, perda de biodiversidade, salinização, compactação e contaminação.

Práticas agrícolas, florestais e industriais inadequadas e a expansão urbana, provocam ou agravam a degradação do solo, com implicações negativas na qualidade da água e do ar, na biodiversidade, nas alterações climáticas, na saúde, na economia e na capacidade das populações produzirem os seus próprios alimentos. 

É tempo de prestarmos atenção a este suporte de vida a que chamamos "recurso". Aprenda sobre o papel importante do solo e ajude a protegê-lo.




quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

"Cowspiracy" - A culpa não é das vacas

Um documentário a não perder: "A Conspiração das Vacas" (Cowspiracy: The Sustainability Secret), de Kip Andersen e Keegan Kuhn, 2014. Trata dos efeitos da pecuária no estado do planeta e da forma com o assunto tem sido esquecido pelas ONGA. Não, a culpa não é das vacas, apesar de:

«51% das emissões de gases com efeitos de estufa devem-se à pecuária. Este número assolador deve-se à desflorestação para os pastos, à respiração e a todos os excrementos produzidos pelos animais.
Isto torna a produção animal a grande responsável pelas alterações climáticas causadas pelos seres humanos. Mas, mais do que isso, descobri que criar animais para a alimentação consome 1/3 de toda a água potável do planeta, ocupa até 45% da superfície terrestre, é responsável por 91% da destruição da Amazónia, é a causa principal da extinção das espécies, das "zonas mortas" dos oceanos, e da destruição de habitats.» (Kip Andersen, extraído do filme)

«Os pesquisadores que se preocupam com a extinção das espécies concordam que a causa principal da extinção das espécies, a que testemunhamos, é a excessiva criação de gado e a perda de habitats promovida pela pecuária e a pesca excessiva nos oceanos.»  (Dr. Richard Oppenlander , do filme)

«Estamos a viver a maior extinção de espécies desde há 65 milhões de anos, as florestas têm sido destruídas a um velocidade de 4050 m2 por segundo, e a força motriz por trás de tudo é a produção animal. Desflorestar para criar pasto e cultivar soja. Soja transgénica para as vacas, porcos, galinhas e peixes de produção massiva.» (Dr. Will Tuttle, do filme)

«A causa principal da destruição ambiental é a produção animal.» (The Sustainability Institute, do filme)

Veja  A Conspiração das Vacas legendado em português aqui.
 Site: http://www.cowspiracy.com/    Trailer abaixo.



Artigos sobre o filme:
Observador, 5/1/2015: http://observador.pt/2015/01/05/cowspiracy-o-documentario-que-anda-a-fazer-veganos-vai-ser-exibido-em-lisboa/
Jornal i (entrevista a um dos realizadores Keegan Kuhn), 10/1/2015: http://www.ionline.pt/265264#close
Correio da Manhã (11/1/2015): http://www.cmjornal.xl.pt/domingo/detalhe/a_vida_o_futuro_e_as_vacas.html
Agenda Cultural do Governo dos Açores, maio 2015: http://www.culturacores.azores.gov.pt/agendaNovo/default.aspx?id=4698

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

TTIP: a democracia em perigo!

«Os beneficiados com os tratados de livre comércio são unicamente os bancos e as grandes empresas.» 

Mas, haverá dúvidas que o Tratado de Parceria Transatlântica (TTIP) só irá prejudicar as pessoas (exceto donos de bancos e de grandes empresas, claro), o ambiente e a democracia? Vejam o vídeo abaixo (tem legendas em português) e não deixem este tratado avançar, ajudem a parar o TTIP e a Corporocracia!

Saiba mais sobre o TTIP em https://www.nao-ao-ttip.pt/

Assine a petição contra o TTIP  em  http://stop-ttip.org/  ou em  http://www.nao-ao-ttip.pt/

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Grande Barreira de Coral (petição para a proteger)

«A Grande Barreira de Coral é o maior organismo vivo no planeta Terra e lar de um quarto de todas as espécies dos oceanos. Nos últimos 30 anos, a barreira perdeu metade do coral por causa da poluição advinda de minas, mudanças climáticas e outros fatores.»

Fonte: e-mail da Avaaz

«Os barões do carvão da Índia pediram um empréstimo de mil milhões de dólares para transformar um dos maiores tesouros ecológicos do planeia  numa "estrada aquática" para um complexo monstruoso de produção de carvão. Mas se agirmos rápido podemos bloquear esse empréstimo e manter a Grande Barreira de Coral viva!

Quando a UNESCO declarou este projeto como uma ameaça à Barreira de Coral, seis bancos internacionais desistiram da ideia. Agora, apenas o Banco Estatal da Índia pode garantir, ou destruir, este acordo sujo. A presidente do banco fez sua carreira lutando contra "empréstimos duvidosos", por isso uma campanha global agora pode persuadi-la a escrutinar o empréstimo e impedir que esse projeto louco siga em frente.

A região da Barreira de Coral é lar de baleias e golfinhos -- temos que salvá-los dos navios poluidores. A pressão popular já fez outros bancos mudarem de ideia. Assine a petição e diga não ao pior empréstimo bancário do mundo. Quando chegarmos a 1 milhão de assinaturas, lançaremos uma campanha de imprensa e anúncios publicitários para colocar a presidente do banco indiano, Arundhati Bhattacharya, no centro das atenções até que ela salve o precioso coral:»


Fonte: Petição Avaaz

Mais informação (em português) sobre a aprovação do projeto pelas autoridades australianas em:  Greensavers (17/2/2014), Naturlink (31/1/2014), O Globo (31/1/2014), Público (23/8/2012)

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Viver com OGM - uma carta da America

Carta aberta de organizações não governamentais, cientistas, grupos anti-OGM, celebridades e industriais da alimentação americanos, dirigida aos países da Europa, alertando sobre os sérios e variados perigos dos cultivos transgénicos. Excerto traduzido de:


Imagem obtida aqui
«Escrevemos como cidadãos americanos preocupados, para partilhar a nossa experiência com os cultivos geneticamente modificados (GM) e os danos resultantes para o nosso sistema agrícola e na adulteração dos nossos recursos alimentares.

No nosso país, os cultivos transgénicos são responsáveis por cerca de metade da área cultivada. Cerca de 94% da soja, 93% de milho e 96% de algodão são GM.

O Reino Unido e o resto da União Europeia ainda não adotaram as culturas GM como nós, mas estão atualmente sob tremendas pressões dos governos, dos lobistas da biotecnologia e das grandes corporações, para a adotar o que nós hoje consideramos como uma tecnologia agrícola em falência.
(...)

Controlo do fornecimento de alimentos

Pela nossa experiência, acabamos por entender que a engenharia genética de alimentos realmente nunca teve a ver com o bem público, com alimentar pessoas com fome, ou com apoiar os nossos agricultores. Também não tem a ver com a escolha do consumidor. Em vez disso, trata-se do controle privado e corporativo do sistema alimentar.

Imagem obtida em TESTbiotech
Esse controle abrange áreas da vida que afetam profundamente o nosso bem-estar no dia-a-dia, incluindo a segurança alimentar, ciência e democracia. Põe em causa o desenvolvimento de uma agricultura amiga do ambiente, genuinamente sustentável, e impede a criação de um fornecimento de alimentos transparente e saudável para todos.

Hoje, nos Estados Unidos, desde a semente ao prato, a produção, distribuição, comercialização, controle de segurança e consumo dos alimentos, são controlados por um punhado de empresas, muitas das quais têm interesses comerciais em tecnologia de engenharia genética.

Elas criam os problemas, e, em seguida, vendem-nos as chamadas soluções, num ciclo fechado de geração de lucros, inigualável em qualquer outro tipo de comércio.

Todos precisamos de comer, e é por isso que todos os cidadãos se devem esforçar para entender estas questões.

Tempo de levantar a voz!

Os americanos estão a sofrer os impactos negativos desta tecnologia agrícola arriscada e não comprovada. Os países da UE devem tomar nota: não há benefícios nas culturas GM suficientemente grandes para compensar esses impactos. As autoridades responsáveis que continuam a ignorar esse fato são culpadas de negligência grave do dever.

Nós, abaixo assinados, partilhamos a nossa experiência e o que aprendemos para que vocês não caiam nos mesmos erros.

Apelamos fortemente para que resistam à aprovação de culturas geneticamente modificadas, que se recusem a plantar as que já tenham sido aprovadas, que rejeitem a importação e/ou venda alimentos para animais ou destinados ao consumo humano contendo OGM, e para lutarem contra a influência das corporações na política, na regulação e na ciência.

Se o Reino Unido e o resto da Europa se tornarem o novo mercado para as culturas e alimentos GM, os nossos próprios esforços para rotular e regulamentar OGM serão mais difíceis, se não impossíveis. Se os nossos esforços falharem, as vossas tentativas para manter OGM fora da Europa também irão falhar.

Se trabalharmos juntos, porém, podemos revitalizar o nosso sistema alimentar global, garantindo o solo saudável, campos saudáveis, alimentos saudáveis e pessoas saudáveis.»

Artigo completo traduzido em português aqui.  Artigo original  em inglês aqui.


sábado, 22 de novembro de 2014

Para a eternidade

antes referi este filme, nas razões de peso contra a energia nuclear. Agora chegou a vez de o colocar aqui. Para a eternidade (Into Eternity, 2010).

«O ano é 2010. Os estágios iniciais do mega projeto finlandês Onkalo está em processo de finalização, e que só deverá ser concluído e selado por volta de 2100. Essa é a base do documentário do cineasta dinamarquês Michael Madsen sobre o Projeto Onkalo, um deposito para dejetos nucleares cravado a 500m de profundidade em uma área rochosa na Finlândia. O diretor levanta questões acerca dos procedimentos a serem abordados pelos próximos 300.000 anos (essa seria a meia-vida dos elementos radioativos mais perigosos). 

Então, como estará a humanidade nessas próximas Eras? Qual linguagem a ser utilizada para evitar que ela seja reaberta? Será que deve ser esquecida por completo? Mas se alguém o achar? Ou ainda, continua a ser viável o uso de energia nuclear mesmo com os inerentes riscos de acidentes e/ou os destinos inadequados dos dejetos? Será que aprendemos o suficiente com Chernobyl e Fukushima? »



Into Eternity from ActivEast on Vimeo.

«Sinopse

Todos os dias, em todo o mundo, grandes quantidades de resíduos altamente radioativos dgerados em centrais nucleares, são colocado em armazenamentos intermediários, que são vulneráveis a desastres naturais, catástrofes provocadas pelo homem, e às mudanças sociais. Na Finlândia, está a ser construído o primeiro repositório permanente do mundo, cavado em rocha sólida - um enorme sistema de túneis subterrâneos - que deve durar 100 mil anos, já que este é o tempo que os resíduos permanecerem perigosos.

Uma vez que o lixo encha o repositório, a instalação deve ser selada e nunca mais ser aberta. Ou pelo menos assim o esperamos, mas poderemos garantir? E como é possível avisar nossos descendentes dos resíduos mortal que deixamos para trás? Como podemos impedi-los de pensar que encontraram as pirâmides do nosso tempo, cemitérios místicos, tesouros escondidos? Quais as línguas e sinais eles entenderão? E se eles entenderem, irão respeitar as nossas instruções? Enquanto máquinas monstruosamente gigantescas cavam cada vez mais fundo na escuridão, os peritos acima do solo esforçam-se para encontrar soluções para este crucial problema dos resíduos radioativos, para proteger a humanidade e todas as espécies no planeta Terra, agora e no futuro próximo e muito distante.

Cativante, maravilhoso e extremamente assustador, este documentário leva os espectadores a uma viagem ao submundo e ao futuro, como nunca antes visto.»

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Pedido de socorro do Povo Masai


«Tanzânia quer expulsar povo masai e entregar terra ao Dubai para a família real caçar

Havia um acordo para não vender Maasai, uma terra na fronteira com o Parque Nacional do Serengeti, na Tanzânia. Mas o poder político parece ter mudado de ideias. O governo está a ser acusado de violar esse acordo. Uma petição global pode ser a última esperança dos masai. 

O povo masai recebeu ordens para abandonar o território até ao fim do ano, de forma a que a região se torne uma reserva natural para a família real do Dubai caçar.  

Em causa estão 40 mil pastores que vivem naquele território, segundo dados avançados pelo The Guardian.» 


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«Caros amigos, 

Somos os anciãos da tribo Masai da Tanzânia, uma das tribos mais antigas da África. 
O governo acabou de anunciar um plano de remoção de milhares de Masais das nossas terras, para dar espaço para turistas endinheirados atirarem em leões e leopardos. E essa remoção forçada pode começar a qualquer momento.

No ano passado, quando a primeira informação sobre este plano vazou, quase um milhão de membros da Avaaz se uniram para nos ajudar. A atenção criada sobre o assunto forçou o governo a inicialmente refutar essa ideia e atrasar as negociações em torno deste plano por meses. Mas o presidente esperou até que a atenção internacional dimunuísse, e agora ressuscitou a ideia de tirar nossa terra de nós. Precisamos de sua ajuda novamente, com urgência.


O Presidente Kikwete pode não se preocupar conosco, mas ele mostrou que responde ao apelo da mídia global e da pressão pública! Pode ser uma questão de horas. Por favor, apoiem-nos na luta para proteger nossa terra, nossa gente e os mais majestosos animais do mundo e espalhem isso para todas as pessoas antes que seja tarde demais. Essa é a nossa última esperança:


Nosso povo vive nas terras da Tanzânia e do Quênia há séculos. Nossas comunidades respeitam nossos companheiros animais e protegem e preservam o delicado ecossistema. Mas, durante anos, o governo tem tentado lucrar com isso, oferecendo nossa terra para que reis e príncipes endinheirados do Oriente Médio possam matar. Em 2009, quando eles tentaram invadir nossa terra para abrir caminho para maratonas de caça, nós resistimos, e centenas de nós foram presos e espancados. No ano passado, os príncipes endinheirados atiraram em pássaros nas árvores a partir de helicópteros. Essa matança vai na contramão da nossa cultura.


Agora, o governo anunciou que vai desmatar uma faixa enorme da nossa terra em Loliondo para abrir caminho para o que se propõe ser um corredor de vida selvagem, mas muitos suspeitam queisso é apenas uma desculpa para dar fácil acesso a uma empresa privada estrangeira de caça, e aos seus clientes ricos, para atirarem em animais majestosos. O governo afirma que este novo arranjo é uma espécie de adequação, mas as consequências no modo de vida das pessoas da nossa comunidade serão desastrosas. Milhares de nós poderemos perder nossas raízes, nossas casas, os terrenos em que nossos animais pastam, tudo.


O Presidente Jakaya Kikwete sabe que este negócio vai ser polêmico junto aos turistas que visitam a Tanzânia – uma fonte importante de renda nacional – e não quer que um grande desastre de relações públicas aconteça. Se pudermos urgentemente gerar ainda mais indignação global do que geramos antes, e pautar a mídia sobre isso, sabemos que isso fará o presidente pensar duas vezes. Apoiem-nos agora para exigir que Kikwete dê um fim nessas barganhas:




Esta apropriação de terras pode ser o fim dos Masais nesta parte da Tanzânia, e muitos membros de nossa comunidade disseram que preferem morrer a serem forçados a deixar suas casas. Em nome do nosso povo e dos animais que pastam nessas terras, por favor, fiquem do nosso lado para mudar a mente do nosso Presidente.

Com esperança e determinação,

Os anciãos do povo Masai do distrito de Ngorongoro »


Mais informações



The Guardian: Tanzânia acusada de reverter acordo sobre terra ancestral dos Masais


The Guardian: a fúria dos Masai como plano para atrair turistas do Golfo Pérsico ameaça a sua terra ancestral (em inglês) 



allAfrica: Apropriação de terra poderá amaldiçoar o 'Fim dos Masaii' (em inglês)



IPP Media: Esforços frustrados de comunidade Masai para dar espaço à Ortelo Business (em inglês)



The Guardian: Tanzania refuta plano para expulsar Masai para caça da realeza (em inglês)

The Guardian: “Turismo é uma maldição para nós”(em inglês)

News Internationalis Magazine: “Caçados”(em inglês)

Sociedade para os Povos Ameaçados: informações sobre a remoção forçada dos Masai de Loliondo (em inglês)

FEMACT: Relatório feito por 16 pesquisadores de direitos humanos e pela mídia sobre a violência em Loliondo (em inglês)