quinta-feira, 16 de junho de 2011

Consumo consciente

O Instituto Akatu (Brasil), sob o lema "Consuma sem consumir o mundo em que você vive", define assim os 12 Princípios do Consumo Consciente:

1. Planeie suas compras
Não seja impulsivo nas compras. A impulsividade é inimiga do consumo consciente. Planeie antecipadamente e, com isso, compre menos e melhor.

2. Avalie os impactos de seu consumo
Leve em consideração o meio ambiente e a sociedade em suas escolhas de consumo.

3. Consuma apenas o necessário
Reflicta sobre suas reais necessidades e procure viver com menos.

4.Reutilize produtos e embalagens
Não compre outra vez o que você pode consertar, transformar e reutilizar.

5.Separe seu lixo
Recicle e contribua para a economia de recursos naturais, a redução da degradação ambiental e a geração de empregos.

6.Use crédito conscientemente
Pense bem se o que você vai comprar a crédito não pode esperar e esteja certo de que poderá pagar as prestações.

7.Conheça e valorize as práticas de responsabilidade social das empresas
Em suas escolhas de consumo, não olhe apenas preço e qualidade do produto. Valorize as empresas em função de sua responsabilidade para com os funcionários, a sociedade e o meio ambiente.

8. Não compre produtos piratas ou contrabandeados
Compre sempre do comércio legalizado e, dessa forma, contribua para gerar empregos estáveis e para combater o crime organizado e a violência.

9. Contribua para a melhoria de produtos e serviços
Adopte uma postura activa. Envie às empresas sugestões e críticas construtivas sobre seus produtos e serviços.

10. Divulgue o consumo consciente
Seja um militante da causa: sensibilize outros consumidores e dissemine informações, valores e práticas do consumo consciente. Monte grupos para mobilizar seus familiares, amigos e pessoas mais próximas.

11. Cobre dos políticos
Exija de partidos, candidatos e governantes propostas e acções que viabilizem e aprofundem a prática de consumo consciente.

12. Reflicta sobre seus valores
Avalie constantemente os princípios que guiam suas escolhas e seus hábitos de consumo.
 
Recuso-me a ser considerada ou denominada como "consumidora", só porque sou obrigada a "consumir". Assim como me recuso a ser chamada de "dormidora" só porque sou obrigada a dormir. Na realidade, todos consumimos, pois todos temos necessidades que precisam ser atendidas. Uns consomem o estritamente necessário, outros são verdadeiros "consumidores". Uns têm a preocupação de escolher o que consomem com critérios ambientais e éticos, outros não querem saber. Mas afinal, o que é consumo consciente? O texto que se segue, transcrito da página de HowStuffWorks, explica:

"O que é consumo consciente?

A idéia básica do consumo consciente é transformar o ato de consumo em uma prática permanente de cidadania. O objetivo de consumo, quando consciente, extrapola o atendimento de necessidades individuais. Leva em conta também seus reflexos na sociedade, economia e meio ambiente.

E os reflexos podem ser positivos ou negativos. Ao comprar produtos de uma empresa que utiliza trabalho escravo, por exemplo, o consumidor financia essa prática abominável. Por outro lado, se comprar alimentos orgânicos ou de comércio justo, contribuirá com setor da economia que não utiliza substâncias tóxicas em sua produção e que não agride o meio ambiente.

Aquela velha prática de “lavar as mãos”, de encontrar um culpado pelas mazelas do mundo, é inválida no consumo consciente. Se algo está errado, todos têm uma parcela de responsabilidade.

A escassez de recursos naturais, nesse sentido, não pode ser atribuída somente às empresas, pois foram os consumidores que financiaram sua exploração.

Por isso, é fundamental estar bem informado sobre os produtos e serviços que serão adquiridos ou contratados. O poder de transformação social está nas mãos dos consumidores, e cabe a eles escolher como fornecedoras empresas éticas, que respeitam os direitos humanos e os limites naturais do planeta. "

11 comentários:

  1. Dentro em pouco esses conselhos serão apenas para uma minoria... a penúria vai ser tanta, que não vai dar para fazer "muitos" gastos.

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  2. Esses conselhos são exactamente para a maioria, porque a minoria, essa, vai continuar a consumir e a desperdiçar exageradamente e a fazer os estragos pela maioria que não poderá consumir como se acostumou.
    Por um lado, pode ser que uns tomem consciência de exageros de consumo, por outro e como a "felicidade tipo" baseia-se no que se tem, na aparência xpto, etc, alguns se sentirão bem infelizes.
    Claro que não estou a falar nos casos de grande pobreza causada pela má distribuição de renda.

    Serão sempre bons conselhos para partilhar. Pode ser que algum "distraído" se lembre de os usar.

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  3. Não sei porquê Ana Teresa, estou a sentir aí um paradoxo... a maioria dentro em pouco, não vai ter nada para gastar, sabe Deus para conseguir arranjar dinheiro para comer. Infelizmente isto vai dar ao mesmo beco sem saída em que estão os gregos.

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  4. Olá Fada

    Estes conselhos são e serão sempre úteis, e deviam ter sido amplamente divulgados há pelo menos duas décadas, em vez de andarem a incentivar o consumo e o crédito, quantas vezes, para coisas absolutamente desnecessárias, ou mesmo para ostentar sinais exteriores de riqueza.

    Claro que a sua utilidade agora é menor, mas que sirva para reflexão. Não é só uma questão de economia, é também uma questão ambiental.

    Pena é que por causa de uns paguem muitos outros!

    Beijinhos

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  5. Ana Teresa

    Bem vistas as coisas, deve ter razão.
    Apesar da crise, ainda vejo muito consumo inconsciente!

    Beijinhos :)

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  6. A maioria acostumou-se a comprar muita coisa que nem sempre são essenciais para se viver bem. Compra-se muito sem pensar, assim tem sido, porque a publicidade e o sistema (lavagem cerebral)empurram a isso.
    Vejo esse consumo, mesmo entre pessoas que se acham conscientes, não é difícil praticá-lo, já que existem preços ridículos, fruto de destruição, poluição e trabalho quase "escravo".
    Por outro lado, aquela minoria de que falei, são aqueles que têm mesmo muito dinheiro e consomem e desperdiçam por muitos. Esses, como o têm, compram sem quererem ter consciência, a esses a crise fá-los ganhar.
    Foi esse o sentido do meu outro comentário.
    Concordam, ou tenho uma idéia errada?

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  7. Olá Ana
    Eu tinha entendido assim, só não tinha a certeza, por isso usei o "deve".

    Claro que concordo. A pegada ecológica da grande maioria dos ricos é imoral! De alguns, são maiores que de países!

    Quanto a lucrarem com a crise, não será para todos os ricos, mas para uma parte.

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  8. Olá Manuela, a explicação era para a Fada...

    abraço

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  9. Bom dia

    Conheci hoje este blog é muito interessante, gosto bastante da temática do consumo e consumismo... A verdade é que continuamos a ser puxados para o consumismo... em relação a mim, sinto que cada vez consumo menos coisas que não sejam essenciais, mas acho que o essencial para tal é conseguirmos ter sempre um pensamento racional quando vamos às compras... só depois de ver um documentário é que tive essa a noção de como o nosso cérebro é atingido pela publicidade e pela disposição dos artigos, etc. Acho que muitos dos problemas do consumismo é o facto de não termos a noção de como as coisas manipulam o nosso cérebro...

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  10. Olá Sónia

    Bem vinda a este blogue, ainda bem que gostou. De vez em quando lá volto a esse tema do consumo. É um facto comprovado que o marketing e a publicidade nos "criam" necessidades de consumo absolutamente inúteis, fictícias e a maioria delas prejudiciais ao meio ambiente, nem que seja pelo esgotar de recursos que provocam sem necessidade.

    Precisamos estar atentos e "acordar" quando estamos a ser manipulados. Pensar a fundo: precisamos mesmo?

    Em breve trarei aqui mais um post relacionado com as tretas que nos impingem.

    Muito obrigada pela visita e pela contribuição com o seu interessante comentário.

    Até breve :)

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