terça-feira, 26 de abril de 2011

Quercus contra energia nuclear

No dia 26 de Abril de 1986, há 25 anos, ocorreu o mais grave acidente relacionado com a energia nuclear, do qual ainda hoje se sentem os efeitos negativos, causado por erros humanos, Chernobil, na Ucrânia. Há pouco mais de mês e meio, no dia 11 de Março de 2011, ocorreu o acidente na central nuclear de Fukushima, Japão, na sequência do sismo e tsunami, a sua dimensão e impacto ainda está por avaliar. 

A sociedade em transição de que tenho falado por aqui, é uma sociedade que procura uma vivência mais simples e sadia, que procura rentabilizar a agricultura de forma natural, que promove o desenvolvimento local, que aproveita o que de bom têm as comunidades que interagem, que procura diminuir os consumos energéticos em tantas as frentes que conseguir e utilizar energia limpa e renovável. A energia nuclear, na minha opinião, representa o oposto a tudo isto. Sobre o tema, transcrevo a mensagem da Quercus:


Quercus exige o encerramento de Almaraz e a aposta na poupança e em novas alternativas energéticas

No dia 26 de Abril faz 25 anos que ocorreu o acidente na central nuclear de Chernobil, na Ucrânia, que em 1986 fazia parte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, URSS. Já em 1979 tinha existido um acidente grave na central nuclear de Three Mile Island nos Estados Unidos da América, EUA, e neste momento ainda não se conhece a dimensão real do acidente da central nuclear de Fukoshima no Japão, sendo contudo já certo que este terá sido um dos mais graves da história. Temos assim os três maiores acidentes nucleares em três dos países mais avançados nas tecnologias da indústria nuclear e é importante pois, reflectir sobre os problemas de segurança inerentes a este tipo de centrais.

Energia nuclear contrária ao princípio da precaução
Em Portugal tem existido um consenso sobre a não construção de centrais nucleares - Há 35 anos atrás, a população de Ferrel marchou contra a construção da primeira central nuclear em Portugal e estabeleceu um marco na rejeição do nuclear. É importante que o nosso país continue a seguir o princípio da precaução. Este princípio, que está na base das estratégias e políticas do desenvolvimento sustentável, aconselha-nos a agir de maneira a evitar danos potencialmente catastróficos ou irreversíveis para o ambiente e para a saúde humana, ainda que não tenhamos todos os dados em cima da mesa para aferir a gravidade da situação. Em suma, o princípio da precaução leva-nos a agir antecipadamente quando existem sinais claros da possibilidade de ocorrência de um problema, ainda que não tenhamos toda a informação ou toda a certeza sobre o mesmo.

A opção pela fissão nuclear é contrária a este princípio e põe em causa a norma ética da equidade intra e inter-geracional, sendo que à luz dos actuais conhecimentos não é uma solução energética aceitável, quer do ponto de vista dos seus impactes no ambiente, quer na saúde humana.

Um ciclo pouco virtuoso
É fundamental olhar para o nuclear como um todo: os problemas estão no início do ciclo, nas explorações de urânio que causam problemas ambientais e de saúde graves em todo o mundo. Em Portugal várias décadas após o fim da exploração deste minério, sobretudo na zona centro do país, os problemas não foram completamente diagnosticados e por isso estão ainda longe de estar resolvidos. Existem mais de quarenta minas abandonadas que continuam a poluir a água e os solos e a afectar as populações vizinhas.

No final do ciclo também ainda não se conhece um destino estável e seguro a dar aos resíduos nucleares, que se mantêm potencialmente nocivos durante muitos anos, sendo que alguns elementos mantêm a sua radioactividade durante milhares de anos.

O fabrico de bombas atómicas e de armas contendo urânio está também intimamente associado à energia nuclear e é um perigo que continua a pairar sobre a humanidade e o planeta Terra, sendo urgente a eliminação de todo este tipo de armamento para um mundo de paz.

O marco dos 25 anos após Chernobil
Na semana dos 25 anos do acidente de Chernobil, a Quercus ANCN promove, em parceria com o MUNN, Movimento Urânio em Nisa Não (MUNN) e a AZU, Associação de Ambiente em Zonas Uraníferas, um debate sobre as alternativas ao nuclear, a exploração de urânio em Portugal e o encerramento das centrais nucleares em Espanha, especificamente a de Almaraz, junto ao Tejo, a 100km de Portugal, que já ultrapassou o período previsto de funcionamento e, não obstante, viu há alguns meses prolongado em 10 anos o seu período de actividade.

A iniciativa, que decorrerá no dia 29 de Abril, consistirá na exibição no cine-teatro de Nisa, pelas 21h00, do documentário “Energias sem fim”, sobre a situação das energias alternativas em Portugal, seguida de um debate. O debate contará com as presenças de:
- António Eloy, CEEETA, Centro de Estudos em Economia da Energia, dos Transportes e do Ambiente
- António Minhoto, Presidente da AZU;
- Gabriela Tsukamoto, Presidente Município de Nisa;
- Nuno Sequeira, Presidente da Direcção Nacional da Quercus;
- Paca Blanco Diaz, Plataforma Antinuclear Cerrar Almaraz;
- Paco Castejón, especialista em energia nuclear;
- Paulo Bagulho, Movimento Urânio em Nisa Não.

As propostas da Quercus
Há muitos anos que a Quercus defende que a aposta deve ser na poupança energética e no uso mais eficiente da energia. Esta é a estratégia mais barata e mais rápida para atingir os objectivos desejados – diminuir a importação de petróleo, gás natural e carvão e reduzir a emissão de gases com efeito de estufa.

Em complemento é ainda fundamental apostar nas energias renováveis, as únicas que são inesgotáveis e gratuitas, bastando apenas desenvolver as tecnologias para as podermos aproveitar, com a vantagem de o podermos fazer de forma descentralizada."

24 comentários:

  1. Minha Querida Amiga Manuela Araújo,
    Belo post que mos alerta para os perigos do nuclear. Realmente há outras formas muito menos agressivas e perigosas para obtermos a energia de que precisamos para viver. Atente-se a isso e procurem-se desenvolve-las!
    Um beijinho muito amigo e solidário.

    ResponderEliminar
  2. Olá Manuela!!!

    Considero o teu blog muito importante pois trata de um assunto muito sério que infelizmente muitos não levam a sério, todas as tragédias que tem acontecido no mundo muito tem a ver com a falta de educação e respeito com a natureza. Lamentavelmente muitas catástrofes poderiam ser evitadas se houvesse responsabilidade nas ações preventivas e menos descaso das autoridades. Infelizmente a negligência a atos irresponsáveis de muitos atingem muita gente inocente que não merecia sofrer.
    Sempre que posso leio o teu blog, mas devido a falta de tempo não consigo ler tudo como gostaria, na maioria das vezes passo correndo nos blogs e o teu é com certeza um que eu leria todas as postagens anteriores com a maior atenção. O mundo precisa de mais esclarecimento e consciência e menos alienação, se ao invés de muitos ficarem se lamentando quando ocorre uma tragédia fizessem sua parte antes na prevenção e na educação não aconteceriam estes absurdos de desmoronamentos, deslizamentos e infinitas desastres que mostram diariamente na mídia. Gostaria de levar esse selinho “Energia Nuclear Não Obrigada” para o meu blog, você me permite? Meu blog é www.biapensamentos.blogspot.com
    Já faz um tempinho que leio o seu blog mas devido a correria nunca pude parar para deixar um comentário, foi através da Maria Letra uma pessoa muito consciente, inteligente e sábia que me indicou o seu blog. Parabéns pelo desenvolvimento deste trabalho que devia servir de exemplo para muitos outros.

    Boa semana

    Bia

    ResponderEliminar
  3. Eu não ia comentar este texto da Quercus que a cara Manuela Araújo postou aqui no blogue, mas eu tenho de escrever isto.
    A "" divida externa portuguesa em muito se deve às importações de petróleo que o nosso país faz para suprir as nossas necessidades energéticas e não só. Ora, eu bem sei que é extremamente caro colocar em funcionamento uma central nuclear...Mas mesmo assim, eu acho que seria um excelente investimento para Portugal. E ao fim ao cabo, ficaria muito mais barato que as energias "limpas" e ficaríamos muito mais servidos em termos energéticos. Atenção, não sou contra as energias "limpas", pelo contrário, mas neste momento penso que devemos reconsiderar a questão nuclear...

    Cumprimentos
    João Bragança

    ResponderEliminar
  4. Ora Ora... Já temos um voluntário para ir efectuar limpeza ao reactor, e em caso de acidente ser um dos 1os a ir lá remediar a miséria!

    EU NÃO ACREDITO É QUE AINDA HÁ PESSOAL COM ESTA IDEIA "importações de petróleo que o nosso país faz para suprir as nossas necessidades energéticas" SÓ PODEM ESTAR A GOZAR!!!

    Ou descobriram um motor nuclear para automóveis ou então a EDP anda a produzir energia a partir de bidões de petróleo às escondidas!!!

    O petróleo em Portugal não serve para produzir energia!

    Por fim... gostaria de saber onde temos combustível suficiente em Portugal para sermos autónomos? Ou querem trocar uma dependência por externa por outra??

    ResponderEliminar
  5. @voz a 0 db

    Como é possível tamanha ignorância...

    "O petróleo é um recurso natural abundante, porém em "vias de extinção". É também atualmente a principal fonte de energia, servindo também como base para fabricação dos mais variados produtos como óleo diesel, gasolina, plásticos e até mesmo medicamentos."

    Chega?

    ResponderEliminar
  6. Para já os acidentes acontecem na proporção 1/1000. Mais: temos várias centrais nucleares mesmo ao lado do nosso país e se por ventura ocorrer um acidente, Portugal não sairá ileso! E que tal passarmos para um discurso prático? As energias renováveis são o futuro, claro, mas neste momento é preciso pensar a curto prazo, ponto final!

    ResponderEliminar
  7. Para variar... FUGA EM DESESPERO!!!

    mas continuo a achar que é mais um BOM VOLUNTÁRIO... aproveita!

    ResponderEliminar
  8. Belo argumento! Discute como ninguém aqui a voz a 0 db...

    ResponderEliminar
  9. AHAHAHAHAH!!! desculpa Nela, mas aqui os comentadores partiram-me toda!ahahhahahahh!!! Impagável! :))

    ResponderEliminar
  10. FADA:ihih

    é o que dá quando se mistura petróleo+nuclear=petromistenucalar

    eheheh

    ResponderEliminar
  11. E se algum iluminado me mostrasse aqui provas de como eu estou errado? Aí sim, eu calo-me. Grande nível o vosso :) Exuberante!

    ResponderEliminar
  12. Olá amigo Luís

    Claro que há fontes de energia bem mais limpas e renováveis, apenas estão ainda no princípio, porque as poluentes e perigosas para a saúde e ambiente são mais baratas porque há quem as financie para ganhar ainda mais.

    O problema da energia nuclear é que apesar de não renovável e de as matérias primas, ao ritmo actual, darem para mais 70 anos, é que pode acabar com esta espécie bem depressa. É só preciso alguns acidentes ou guerras estratégicos! Ou então, virmos mutantes!

    Obrigada pela visita

    Um abraço

    ResponderEliminar
  13. Olá Bia

    Seja bem vinda a este espaço!

    É mesmo preciso dar informação às pessoas, diferente daquela que nos impingem nas TV's e jornais, que parece toda manipulada, e faço aquilo que posso, com o que aprendi nas quase 5 décadas de existência, e com a certeza que pouco sei e sempre estou a aprender.

    Quanto ao selo "Energia Nuclear Não Obrigado", fui "roubar" algures na net, por isso, além de não ser meu, como diz o ditado: "ladrão que rouba ladrão, tem cem anos de perdão" :)
    E mais, agradeço que o use!

    Muito obrigada pelo seu comentário, vou fazer uma visita ao seu blogue logo que possa, também sei como é o tempo não chegar para tudo o que a gente quer.

    Quanto à Maria Letra,, não posso concordar mais consigo: "uma pessoa muito consciente, inteligente e sábia", acrescento ainda: muito gentil!

    Bom fim de semana!

    ResponderEliminar
  14. Guakjas

    Antes de mais, obrigada por manifestar a sua opinião. Sei que é jovem, o que não é o meu caso. Posso lhe assegurar, que com formação há mais de 25 anos em engenharia química, também eu já equacionei (não é o mesmo que aceitar, atenção) a opção energia nuclear. Mas isso foi no início. Depois, a minha opinião mudou, e muito, à medida que me fui apercebendo do que ela implica, e à medida em que fui percebendo que a economia não deve ser aquilo que comanda o mundo, pois a sociedade (as pessoas) e o ambiente que as suporta são muito mais importantes.

    Sei que é uma pessoa inteligente e que vai chegar em breve a essa conclusão.

    O petróleo e o carvão permitiram o desenvolvimento desenfreado dos últimos séculos, mas vejo hoje que são mais os malefícios que os benefícios. O consumo desregrado e a ganância das multinacionais e finança impõe as suas vontades à população, que agora julga que o que importa é ter o máximo de coisas com o mínimo de esforço e à custa do que for preciso.

    Nem que seja à custa de mão de obra infantil, do risco de morte e da saúde de milhares de outros, de guerras e violências, de exploração dos mais fracos...

    Este não é o mundo que quero para os meus filhos e eventuais netos...

    Voltando ao tema, sobre o nuclear, respondo em parte com o "post" que publiquei a seguir a este, e também com uma frase de Henrique Pereira dos Santos no blogue Ambio

    "Por mim mantenho a posição que tenho há muito sobre a energia nuclear: não vale a pena discutir quanto custa, nem se o grau de probabilidade de correr tudo mal é ínfimo. O efeito possível de um evento de probabilidade a tender para o zero é de tal forma gigantesco que não vejo razão para correr esse risco."

    E depois, porque para mim, e o que devia ser para todos: a economia vem depois do ambiente e das pessoas, que podem ser felizes com muito menos.

    Em relação ali ao Voz a 0 db, não ligue, também me "pego" com ele de vez em quando, pois é incorrigível. Por acaso, neste caso, estamos de acordo. Mas argumentar com ele, enfim é de loucos!

    ResponderEliminar
  15. Voz

    Espero que não leve a mal o que eu disse de si ao Guakjas, mas... você é mesmo assim, cínico até dizer basta!

    ResponderEliminar
  16. Fada

    Pois é, isto aqui ia entrando em reacção nuclear, e ainda ficamos todos contaminados com isótopos muito estranhos :)))

    Brincando com assunto sério, mas faz parte da vida :)

    Beijos

    ResponderEliminar
  17. Já sabe que elogios caem sempre bem... Então vindos da Manuela... o meu EGO... está como as letras!

    Mas continua, este asno, sem entender o que tem o petróleo a ver com o nuclear!!! Mas estou certo que algum ser superior vai conseguir soltar um raio de luz para guiar este cérebro desprovido de razão e tosco, e, quiçá conseguirei atingir a sapiência sobre esta ligação!

    Já agora... também não obtive resposta quanto à troca de dependência... não faz mal!!!

    Entretanto vou pastar um "bocadito" que estou com fome!

    ResponderEliminar
  18. Parece que há quem defenda que o Nuclear é uma solução a curto prazo, na minha opinião é a solução com o prazo mais longo de todas....

    Mesmo esquecendo os factores de segurança e acidentes, Portugal não tem poder económico nem para construir uma central nuclear, quanto mais para manter, e fechar, e uma central tem um tempo de vida de 40 anos, e depois disso tem que fechar, mas os custos continuam.Os nossos vizinhos Espanhóis já tem 2 centrais que deveriam ter fechado, mas por problemas económicos eles não se podem dar ao luxo de as fechar e continuar a pagar os custos e ficarem sem energia, portanto aumentam o prazo, depois admiram-se de acidentes..
    Para não falar que uma central só começa a compensar a energia investida, passados 10 anos da construção..

    A energia nuclear, é uma solução a longo longo prazo, a curto prazo é o carvão e o gás natural.

    Acho que não é por a Espanha ter uma central a 150Km da nossa fronteira, que nós devemos adoptar o nuclear.E por mais, o Nuclear esta a morrer aos olhos da opinião publica, acho que nenhum politico iria dar o tiro nos pés de construir uma central nuclear em portugal.

    Só para o final, eu quero ver se a previsões da NASA (sobre a tempestades solares que irão atingir o planeta em 2012 e posteriormente colapsar a rede eléctrica do hemisfério Norte)se concretizarem, como as centrais se irão aguentar...

    ResponderEliminar
  19. Só uma coisinha... porque ontem fiquei desconcertada com um ataque de riso... ali o Voz é único... :))
    Será que as pessoas já esqueceram o drama que ainda se está a passar no Japão?! Que eu saiba o Mundo todo, especialmente os países que recorreram ao nuclear, apanharam um valente susto. Foi tudo tratar de fazer vistorias às ditas centrais, pelo menos espero! Sei que a França está na linha da frente nesta matéria no que toca à Europa, pois possui 47 centrais, mas também sei que estão a ficar obsoletas. Que se vai fazer agora dessas centrais?! Se o Japão é um País com a tecnologia mais avançada do Mundo e acontece uma calamidade dessas, imagine-se um País como o nosso onde tudo se começa e depois nada se controla, nem se acaba, deixando-se tudo ou quase ao acaso e destino...
    Tendo em conta o período de "vida" de uma central nuclear... é a mesma coisa que montar uma bomba atómica e deixá-la ao acaso. Porque eu não estou a ver competência para fazer uma manutenção segura e eficaz! Basta ver o estado em que se encontra o País, deixado na mão de irresponsáveis há 35 anos e cujo povo é conivente com o Sistema, votando nos mesmos, ou baldando-se para a vida política e cívica com a abstenção!
    O Ramalho Eanes defende o nuclear para Portugal, esqueceu-se foi de colocar os olhos no desmazelo que é este País em tudo... pormenor se calhar de pouca importância... para quem não mede consequências e para quem vê o futuro apenas no dia de amanhã e não nos próximos 25 anos!

    Guakjas, quanto ao nível... estou na linha de água... nem inferior, nem superior ao seu.
    Abraço.

    ResponderEliminar
  20. Tenho que dar os parabéns ao Voz, por me fazer rir no meio de assunto tão perigoso e fatal e á Manuela, por manter a calma que eu não conseguiria perante tamanha falta de visão, para não dizer outra coisa. É que de facto, o nuclear é uma das "soluções" com mais longo prazo.
    Ninguém, nem nada nos poderá garantir que os resíduos nucleares estarão seguros, muito menos, que teremos centrais á prova dos grandes e alguns incónitos poderes da natureza.
    "A natureza para nos respeitar, terá que ser obedecida"
    Não abusemos do contrário...
    Reduzámo-nos á nossa insignificância, a mania que o homem tem de achar que é mais poderoso que a própria natureza.
    E o ponto final, é que somos e seremos sempre ignorantes, sobre TODO o mistério do ecossistema que nos rodeia.
    O conhecimento que temos, não será "nunca", o conhecimento total.
    Estamos "todos" muito convencidos da nossa sabedoria e evolução.
    Que tristeza e parvos somos!
    O resultado continua á vista, mas só de alguns mais humildes e éticos.
    Já agora, o Guakjas não respondeu á pergunta: gostaria de ser um voluntário/kamikaze para ir efectuar limpeza ao reactor, e em caso de acidente ser um dos 1os a ir lá remediar a miséria!
    É que se não sabe, em Chernobyl, cerca de 100 mil "voluntários", morreu de doenças ligadas á radiação antes dos 40 anos.
    Também poderá sempre ir acompanhando os resultados de Fukushima.

    ResponderEliminar
  21. Finalmente alguém respondeu alguma coisa de jeito! Obrigado Manuela.
    Eu de facto estou só a pensar a nível económico, sendo eu um futuro estudante de Economia, pensei que a ideia do nuclear fosse boa para reduzir o nosso défice da balança comercial. Ali o Carlos Janeiro mostrou-me um outro lado que eu aceito e me faz reconhecer o meu erro. Obrigado por me terem elucidado e não deitado abaixo e quase humilhando como fizeram alguns parolos...E desculpe estar a alimentar uma discussão sem cabimento cara Manuela, mas há certas coisas que não admito. Sou jovem, sim. E preciso de errar para aprender. deixei aqui o meu modesto ponto de vista e fui quase maltratado aqui por uns seres...Errei e agora sei que a opção nuclear não é assim tão fiável e viável...Talvez me tenha deixado levar pelo senso comum e não tenha conseguido argumentar o meu ponto de vista de um forma forte e consistente. Vou ver aquele vídeo que publicou aqui há uns dias e reflectir sobre o que o Henrique Pereira dos Santos escreveu...Talvez até escreva no Para lá do Fula sobre isto...

    Cumprimentos Manuela.
    Tudo de bom.

    ResponderEliminar
  22. Deixo aqui um recorte de jornal interessante: http://paraladofula.blogspot.com/search/label/Nuclear

    Mais tarde, como lhe disse, irei voltar ao assunto no meu blogue.

    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  23. Pronto... Então?!? Sniff Sniff, não há necessidade!!!

    Agora que os meninos e as meninas já encheram a barriguinha com adjectivos desdenhosos, vou deixar OUTRA VEZ, o meu 1º comentário para ver se algum ADULTO encontra nele algum adjectivo desdenhoso:

    "Ora Ora... Já temos um voluntário para ir efectuar limpeza ao reactor, e em caso de acidente ser um dos 1os a ir lá remediar a miséria!

    EU NÃO ACREDITO É QUE AINDA HÁ PESSOAL COM ESTA IDEIA "importações de petróleo que o nosso país faz para suprir as nossas necessidades energéticas" SÓ PODEM ESTAR A GOZAR!!!

    Ou descobriram um motor nuclear para automóveis ou então a EDP anda a produzir energia a partir de bidões de petróleo às escondidas!!!

    O petróleo em Portugal não serve para produzir energia!

    Por fim... gostaria de saber onde temos combustível suficiente em Portugal para sermos autónomos? Ou querem trocar uma dependência por externa por outra??"

    Uma coisa ficou clara... fiquei sem respostas a estas perguntas simples, e em troca recebi doces!

    Para terminar, e como gosto de terminar com Alegria, aqui vai:

    SENSO-COMUM ESTÁ PARA A REALIDADE, ASSIM COMO O AZEITE ESTÁ PARA A ÁGUA...

    ResponderEliminar
  24. Pois Voz... e como os doces estão todos "contaminados" com E´s... a coisa tá difícil para o teu lado! :))

    ResponderEliminar

Obrigada por visitar o blogue "Sustentabilidade é Acção"!

Agradeço o seu comentário, mesmo que não venha a ter disponibilidade para responder. Comentários que considere de teor insultuoso ou que nada tenham a ver com o tema do post ou com os temas do blogue, não serão publicados ou serão apagados.