quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sobre capitalismo, direitos humanos e conhecimento

Boaventura de Sousa Santos, doutorado em Sociologia do Direito, é Professor Catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Tem trabalhos publicados sobre globalização, sociologia do direito, epistemologia, democracia e direitos humanos. Escreve também artigos de opimião na revista Visão.

O vídeo seguinte, que encontrei na rede Transição e Permacultura Portugal, integra a 1ª parte da sua conferência Epistemologias do Sul, em Belo Horizonte, Brasil.




A segunda parte da conferência pode ser vista aqui.  Aproveito para o parabenizar, dado que "O sociólogo Boaventura Sousa Santos vai receber uma bolsa de investigação no valor de 2,4 milhões de euros do European Research Council. Trata-se do maior prémio científico europeu, que assim é atribuído, pela primeira vez, na área das ciências sociais. A bolsa destina-se a financiar o projeto "ALICE - Espelhos estranhos, lições imprevistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do mundo", no qual Boaventura Sousa Santos defende a "ecologia dos saberes", ou seja, o reconhecimento da pluralidade de conhecimentos existentes no globo." (fonte: Boas Notícias, 3/12/2010)

9 comentários:

  1. Vi os dois... e...

    Mais um, que também sabe que enquanto existir Sistema Monetário, ele chamou-lhe Capitalismo, dou-lhe o benefício da dúvida e considero que são o mesmo, a nossa espécie não tem Futuro nos termos que ele (e Eu) deseja.

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  2. Simplesmente magnífico este video; ouvi-o com os olhos fixos e a boca aberta. Sim senhor! Está na hora de ouvirmos outros substantivos, outras vozes, outras linguas, outras associações que trabalham para um mundo melhor e que ninguém as ouve.Há que conhecer e espalhar a pluralidade de saberes, de conhecimentos e deixarmos um pouco de lado as palavras revolução, sindicatos, democracia; termos velhos, absoletos...conceitos sempre transmitidos nas linguas habituais e conhecidas; há mais mentes, mais linguas, mais raças, mais cores que sabem o que fazer para transformar o que está errado. Obrigada, Manuela. Adorei! Beijinhos
    Emília

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  3. Que esta onda se espalhe, pois todos estamos a ver a bancarrota do sistema monetário ou capitalismo.
    E tb estamos a assistir á insistência no mesmo modelo cheio de falhas e buracos, aonde impera a lei da selva.
    É o salve-se quem pode e muitos não conseguem.
    Vá, vamos acreditar que as pessoas possam ir mudando para modelos alternativos e claro está, não é de repente e todos ao mesmo tempo.
    Tenho sempre esta esperança de coisas positivas, neste panorama em quase nada positivo. Ainda temos o "quase".
    Já agora, recebi um email do presidente do GEOTA, um texto que ele enviou aos candidatos á presidência, com um anexo, em que ele, baseando-se na Constituição, dirige algumas questões fundamentais relativas ao Ambiente, em que ele pediu que lhes respondessem.

    Podem consultar a página deles, para saber do que se trata:
    http://www.geota.pt/scid/geotawebpage/

    Eu entretanto decidi apoiá-lo e enviar um texto meu, tb a pedir respostas e enviei á minha lista de contactos para fazerem o mesmo (com o consentimento dele).
    Portanto...se quiserem fazer o mesmo,
    mesmo depois das eleições, eles continuam no panorama político...há que insistir...

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  4. Voz

    São poucos a saber isso... mas vão aumentando!

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  5. Emília

    Ainda bem que gostou da palestra, eu também gostei e achei que devia partilhar. Há tanta coisa que passa ao lado das pessoas, e tanto tempo que se desperdiça com futebol, política de trazer por casa, as mesmas notícias mastigadas, as mesmas novelas... só mesmo a internet para ajudar um pouco o cidadão comum a abrir os horizontes.

    Obrigada e um bom fim de semana. Beijinhos :)

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  6. Ana Teresa

    O nosso sistema financeiro é a nossa principal desgraça. Deixo aqui para si (e para o Voz, e para quem quiser ver) um link para um vídeo onde Miguel Portas, fala, na rádio, sobre o FMI e o "nosso" sistema financeiro.
    Vale a pena ver.

    Vou de seguida ver o link que aconselhou (quanto ao GEOTA, já conhecia, mas não tenho andado a "par").

    Beijinhos e bom fim de semana

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  7. Obrigada Manuela.
    Bastante elucidativo e para não variar, não me surpreende, o que é bastante grave. Mas como é que se muda isto??? Se é tudo tão errado, como???
    Reconheço que sou bastante "outsider" nesta sociedade, mas posso (até deixei de ter conta nos bancos e não foi por falta de cobertura na conta), o que ás vezes leva algumas pessoas a desconfiarem de mim. Mas também reconheço que a maioria nem pode ter esta opção.
    Por outro lado, as pessoas não fazem qq esforço para mudar pequenas coisas que são possíveis.
    Enfim...sempre o velho obstáculo...vivemos dentro de um programa em que a maioria nem se dá ao trabalho de tentar desinstalá-lo.
    Gostaria de pensar que muitos dos meus amigos e conhecidos, passam por cá e pelo Tempo (um blog mais radical :)), pois a informação que vocês nos dão é muito necessária e põe-nos a pensar.
    OBRIGADA pelo vosso trabalho.
    Abraço

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  8. OBRIGADO ANA...
    Realmente "O Tempo Chegou..." de sermos RADICAIS, que é como quem escreve, iniciarmos o distanciamento do que é considerado normal, pois o normal não está a resultar... temos que criar a anormalidade, e se ela for diferente e produzir melhores resultados que o normal actual... então será o novo normal... e nós, radicais, deixaremos de o ser e passaremos a ser normais.
    Resumindo... temos que evoluir noutra direcção.
    (Tanta tanga que se resume em cinco palavras, apanhei um vírus qualquer, de certeza hihi)

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  9. Ana e Voz

    De facto é preciso caminhar noutro sentido, mas a mudança inicial de cada um é difícil e lenta, porque é uma questão cultural: o capitalismo e o consumismo instalaram-se e enraizaram-se, e são a "cultura" (ou acultura) dominante. As mudanças só serão rápidas quando a sociedade der por ela que o colapso está à porta.
    Mas tenhamos esperança que acordem antes de ser demasiado tarde... o pior é que já é tarde!

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