quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Transição na GLOCAL 2010

Hoje estive todo o dia na Conferência GLOCAL 2010, e foi um dia muito proveitoso pelas mensagens transmitidas pelos conferencistas e pelos debates gerados. Não vou fazer aqui um resumo, mas uma ideia marcante que foi passada pelos conferencistas, foi a de que:

"Somos nós, as pessoas comuns e interessadas em que o mundo melhore, organizadas em pequenos grupos e em comunidades, que temos de ser os agentes da mudança, porque os governos do mundo já provaram que não são capazes, pois estão totalmente dominados pelo poder económico e financeiro"

Por lá, e para além da Agenda 21 Local, a Transição esteve bem representada por Jacqi Hodgson da Transition Towns Totnes, por Miguel Leal de Paredes em Transição, e por Luís Queirós, da Fundação Vox Populi  e do blogue Transição (e que está também envolvido na Transição em Telheiras).

Aproveito para avisar que Jacqi Hodgson estará amanhã às 21.30 na Casa de Cultura de Paredes para uma palestra sobre o Movimento de Cidades em Transição (ver aqui).

E apara finalizar, ficam os primeiros parágrafos do mais recente texto de Luís Queirós no blogue Transição (a não perder), A minha Transição:

"Quando, há meia dúzia de anos, me comecei a interessar pela questão do “pico do petróleo” mal imaginava quanto o assunto me iria apaixonar, e quanto iria modificar a minha forma de olhar a nossa civilização, de interpretar o seu passado e de perspectivar o seu futuro. E, à medida que fui aprofundando o tema, passei a dar-me conta das motivações das guerras, a entender melhor as estratégias dos governantes, a compreender com mais clareza as razões da crise, e a duvidar da eficácia das soluções que nos apresentam para sairmos dela.

Acima de tudo, convenci-me da impossibilidade do eterno crescimento exponencial que os economistas nos receitam, aprendi a conhecer e a respeitar os limites do planeta e dos seus recursos. E, por causa disso, até mudei a minha forma de estar no mundo: uso mais os transportes públicos, procuro racionalizar os consumos, respeito mais o ambiente, reciclo e reutilizo sempre que posso. Este interesse ajudou-me a reencontrar velhos amigos, irmanados numa visão comum. Tem-me ajudado a transmitir aos meus filhos um sentido para a vida e dar-lhes uma causa para lutar, e está a permitir-me envelhecer a olhar em frente e a aprender, em vez de mergulhar no revivalismo estéril das memórias do passado."
...
(continua aqui)

6 comentários:

  1. muito bom post
    SUSTENTABILIDADE E O QUE A
    SEGUE MEU BLOG AE ABRAÇO

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  2. E há pessoas que se acham tão civilizadas e cultas, ts, ts...
    Ignorantes é o que elas são.
    E como acham o seu mundinho tão cheio de "coisas" tão moderno, tão "fashion", não vêem o mesmo que este senhor.
    O que faltará para estas pessoas verem melhor? Será que só vão perceber quando não tiverem muito o que ver?
    Tenho tanta pena...
    Não acho que tenham o direito de destruir e não pensarem sequer no assunto.

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  3. Ana Teresa,
    Enquanto a "moda" da simplicidade não pegar, a "Moda" está cá para ajudar a aumentar o consumo de recursos.
    Na realidade, as pessoas parece terem o direito de ignorar e destruir, e é urgente consciencializar, mas mudar consciências, Ana Teresa, é um processo difícil e muito lento (já o diz António Damásio). Por isso, não se pode retardar mais o início da Transição, é urgente começar esse lento processo.
    E segundo o que é transmitido pela Transição, há que alertar as pessoas, dando-lhe a conhecer a dura realidade, por um lado, e um sentimento positivo de que podem mudar e ajudar à mudança. Se esta segunda parte não estiver ligada à primeira, as pessoas reajem com medo que as tolhe e impede de passar à acção, ou enfiam a cabeça na areia.
    Também tenho pena que tantos fujam do problema, e que o processo tenha de ser lento. Mas a demasiada lentidão terá um preço muito alto...

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  4. Olá, eu de novo.
    Claro que sim, claro que só poderia ser assim passada a informação do estado das coisas (pior do que a maioria se dá conta, porque não interligam as suas acções, com este estado), porque é exactamente através da acção das pessoas que este rumo poderá ser diferente, porque acredito nisto, jamais poderá ser diferente.
    Abraço
    E que bem que se trabalha nestes blogs em que sou mais assídua.

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  5. Ana Teresa

    Obrigada :) pelo comentário e pelo diálogo.
    Beijinhos

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