quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Em nome da terra

No passado dia 5 de Junho, a RTP2 emitiu o documentário "Em Nome da Terra", com autoria e realização da jornalista Rita Saldanha e produção de Miguel Ferraz, " baseado em testemunhos próprio e de outros a visão do ambiente e do ordenamento do território na óptica de Gonçalo Ribeiro Telles.

Há muito que o Arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles vem avisando e alertando para os perigos do mau ordenamento do território, do desrespeito da construção pelo ambiente, da excessiva impermeabilização, da falta de espaços verdes nas cidades. Será que já está na hora de começar a ser ouvido? É tarde, mas como diz o ditado, mais vale tarde que nunca.

O documentário completo pode ser visto nesta página da RTP2. Por aqui ficam os minutos finais, e uma das frases de Gonçalo Ribeiro Telles no documentário: "O homem do futuro, que está a nascer por todo o lado, é um homem que vai juntar a cidade e o campo"


[Esta mensagem foi originalmente aqui publicada em 6 de Agosto de 2010. Na sequência da participação na "Conversa sobre Ambiente" em Serralves, dia 13/01/2011, onde se falou em Ordenamento do Território (Professor Paulo Pinho, da FEUP), em Impermeabilização do Solo (Dr. Carlos Lage, Presidente da CCDR-N) e em Agricultura Urbana (Eng. Miguel Malta, da GRAU/ESAC), onde o nome do Arq. Gonçalo  Ribeiro Telles surgiu naturalmente, decidi republicá-la]

6 comentários:

  1. Olá Manuela,
    Voltando aqui para ler e ver.
    Relativamente aos incêndios, com certeza te devem preocupar, não consideras matéria para abordagem?
    Gostaria de ter a tua opinião por aqui.
    Beijinhos,
    Manuela

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  2. Olá Manuela

    Os incêndios são um assunto que me preocupa, que me entristece e que muito me intriga.
    Aliás, ainda anteontem estive no Gerês, e doía o coração de ver tantos focos a arder, e as proporções que tomaram os incêndios. Os helicópteros que iam encher os contentores à albufeira pareciam uma pulga face à dimensão do incêndio...
    Hoje à tarde um incêndio numa floresta bem perto da cidade de Famalicão, esteve pertíssimo das casas...
    O que se está a passar na Rússia... é alarmante!
    Mas, sinceramente, ainda não me dispus a falar sobre eles, porque nem sei porque ponta pegar... mas vou pensar no seu repto!

    Beijinhos

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  3. Tanto para deixar aqui um pequeno comentário a um assunto que mereceria um outro muito mais extenso, sôbre a frase de Ribeiro Teles, que refere, eu gostaria de dizer o seguinte, Manuela:
    Com o desenvolvimento industrial (e outros), a que assistimos, malogradamente viciado em projetos funestos à boa preservação do ambiente, cada vez mais é necessário um planeamento correto, visando (por exemplo) aumentar espaços verdes suficientes, capazes de neutralizar os graves efeitos que esses mesmos projetos ocasionam. É que as pessoas teem a mente tão ocupada (e preocupada) com os seus afazeres diários, qual peça humana a triturar-se, dia após dia, num programa de vida completamente errado, que nem teem tempo para pensar que estão a ser vítimas diretas de tudo o que de mau vão permitindo à sua volta. As pessoas querem é ver chegada a hora de repousarem. Mesmo que conscientes de que está tudo errado, elas não 'desgrudam' dessa caótica máquina que as tritura, implacavelmente.

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  4. Nem mais, Maria Letra,
    é preocupante a consciência do "deixa andar", "a culpa não é minha", "não adianta eu fazer alguma coisa, porque os outros não o fazem", etc, etc. É um tal de "tapar o sol com a peneira" em nome de uma certa tranquilidade irreal.
    E esta máquina de tritura, vai começar a chegar mais forte, a cada vez mais gente. Será que só assim acordarão?

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  5. Maria Letra e Ana Teresa

    Antes de mais, obrigada pela vossa participação, como sempre, muito acertadas.

    Estou convencida que o planeamento que se faz agora é melhor que o de há umas décadas. No entanto ainda tem muito a melhorar, sobretudo nos aspectos de que fala o Arq. Gonçalo Ribeiro Telles: os espaços verdes das cidades como parte principal e fundamental da cidade, quer para a vivência, para a ecoomia e abastecimento alimentar, como também para a própria saúde da cidade. Mas ainda se pensa muito em espaços verdes como "o que sobra" da urbanização, infelizmente.

    Mas agora o planeamento não chega:

    Talvez há algumas 4 a 5 décadas não fosse previsível a alteração do clima que já ocorre há uns anos, e que cada vez será pior.
    Agora é preciso, é urgente que as autoridades tomem medidas sérias para prevenir mais desastres, ou pelo menos, minimizar. É preciso que tomem consciência, só que passar à acção implicará, em várias partes do mundo, não só parar a construção, como deslocar populações de zonas de risco. E todos sabemos que isso não é nada fácil, porque são as próprias pessoas que não querem mudar.

    Quanto à máquina triturante que não querem ver, de acordo - só muito devagar as pessoas se vão apercebendo que fazem parte involuntária de uma máquina que as meteu num esquema de consumo que dá cabo do planeta, e assim, de todos, apenas para proveito de algumas mega-corporações. Mesmo as que já desconfiam, olham para o lado, porque "ver" implica agir contra, e isso não é confortável.


    Um beijinho e bom Domingo

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  6. Uma análise corretíssima Manuela!
    Nada mais haverá a acrescentar. É pena que o que está mal nem sempre seja visto pelo prisma justo.

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