domingo, 11 de julho de 2010

Zmar - turismo sustentável no Alentejo

Em Zambujeira do Mar, no Parque Natural do Sudoeste Alentejano, o Eco-camping Zmar demonstra como o turismo pode ser sustentável, e como se pode até aproveitar umas férias para adquirir conhecimentos e hábitos mais ecológicos. Trata-se de um "resort" de campismo 5 estrelas. A construção é sustentável, em madeira, com painéis solares e aproveitamento de água; as ruas não são pavimentadas; o comércio aposta nos produtos locais.
Veja a reportagem da RTP no vídeoa abaixo incorporado para ficar a conhecer melhor o conceito e o empreendimento.
"Classificado como parque de campismo, o Zmar veio, no entanto, alterar o conceito de acampar em Portugal. O Eco Camping para além da possibilidade de desfrutar de momentos naturalmente ecológicos, oferece ainda diversos serviços dignos de um resort. O alojamento é composto por uma zona com 33 chalets, 48 alojamentos de hotelmóvel, 3 Zvillas e um parque com capacidade para 288 caravanas. Os chalets e as Zvillas têm capacidade para seis pessoas e são construídos em madeira. Já os hoteismóveis têm uma capacidade máxima de dois adultos e uma criança." (Fonte: escape by Expresso - Boa Cama)

O Zmar Eco Campo Resort & SPA tem um site na internet onde pode fazer as reservas, uma página no Facebook, onde pode dialogar com  eles e onde fui buscar as fotos que aqui estão.

33 comentários:

  1. Este post destoa um bocado do restante do conteúdo do blogue uma vez que o melhor que posso dizer do Zmar é que tem bastante menos impacto que os outros mega-resorts e aldeamentos turísticos.

    Fora isso são também relevantes para as credenciais ambientais deste empreendimento os seguintes factos:

    - Está inserido num Espaço Agro-Pastoril, cujo PDM de Odemira descreve como VEDADO á construção e com uma densidade de ocupação de 6 pessoas/ha ( o Zmar tem 49 pessoas por hectare...)

    -Está inserido na Rede Natura 2000, vedado a este tipo de turismo

    - Em virtude de tudo isto foi contemplado com o instrumento legislativo mais destrutivo para a delapidação do território e zonas protegidas portuguesas: é um projecto PIN. Isto foi feito para que pudesse impunemente passar por cima da legislação que protege a paisagem nacional...

    É tudo menos uma forma de turismo ambientalmente responsável, especialmente tendo em conta que um inquérito sobre Eco-Turismo de 2003 do norte da Europa afirma que o cliente-tipo privilegia o contacto directo com a natureza, avalia seriamente toda a pegada do empreendimento e dá valor á tranquilidade e exclusividade. Coisas dificilmente atingidas por um aldeamento isolado de moradias e caravanas.

    Peço desculpa se estou a ser demasiado crítico mas para dar um contributo mais construtivo deixo aqui um verdadeiro exemplo de eco-turismo verdadeiramente responsável e próximo da natureza:

    http://www.campinglesormes.com/english%20pages/index.html

    Cumprimentos

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  2. Nuno

    Não tem de pedir desculpa por exprimir a sua opinião de forma correcta e educada, por muito diferente que possa ser.

    Nunca fui ao Zmar, e desconhecia essa génese atribulada. No entanto, daquilo que me apercebi na reportagem e na pesquisa, não me pareceu nada um aldeamento de caravanas e moradias, quer pelas imagens, quer pela área de 81 hectares, quer pelo contacto com a natureza que me pareceu ser um dos objectivos principais do empreendimento.

    Quanto ao link que deixou, desse Camping Les Ormes, não consegui obter dados suficientes para o diferenciar, em termos de impacto no ambiente, do Zmar. Mas isso pode ser apenas falta de informação da minha parte, que posteriormente vou tentar corrigir com alguma pesquisa.

    Obrigada pela participação

    Cumprimentos

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  3. Agradeço a resposta Manuela

    Atenuando de algum modo a minha crítica posso dizer que se admitirmos os resorts como uma inevitabilidade então o Zmar é de longe o exemplo mais benévolo. Gosto bastante do sistema construtivo dos bungalows, apesar de discordar veementemente de questões relativas á paisagem e ao planeamento.

    O que será um bom local para passar férias é definitivamente algo subjectivo quando avaliamos apenas o apelo e é por isso que o Zmar me parece (opinião pessoal altamente discutível) ser dirigido a pessoas que procuram uma experiência um pouco mais convencional mas que têm algumas preocupações ambientais, até certo ponto. Isto em si só é perfeitamente aceitável e positivo, se a implantação fosse coerente com o discurso que surge no site do Zmar.

    Como bem aponta é impossível comparar a minha sugestão com o Zmar. Têm escalas completamente diferentes mas diferenças igualmente fundamentais na sua abordagem ao que é um "eco-resort".

    O Les Ormes (podia ter dito muitos outros) é tido como dos melhor alojamentos de eco-turismo da Europa porque está implantado em tendas de luxo (impacto próximo do zero), utiliza saneamento a seco, está inserido na natureza (em vez de num contexto de proximidade com uma bateria de alojamentos), comercializa produtos de agricultura biológica local, etc.

    Isto são coisas que só se podem providenciar em alojamentos de proximidade e de pequena escala, que é uma das características que muitos eco-turistas (maioria?) pretende no seu local de férias.

    Este comentário obviamente já não é uma crítica fundamentada ao Zmar mas só uma opinião pessoal do que poderia ser um eco-resort no nosso país.

    Cumprimentos!

    Nuno Oliveira

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  4. Nuno

    Penso que terrá razão naquilo que diz. Os Instrumentos de Gestão Territorial e as Condicionantes ambientais devem existir para ordenar o território e preservar a natureza, mas não o têm feito muito bem, embora seja muito melhor do que não existirem.

    Num empreendimento destes, nunca se sabe o que está por trás, se realmente os interesses de desenvolviemnto de uma localidade, ou outros, como o lucro de alguém. E alterar sistematicamente os IGT ou as reservas, significa uma de duas coisas: ou estavam mal feitos, ou interesses obscuros se levantam.

    De qualquer modo, parece-me que este empreendimento é feito com um estrago mínimo do ambiente, em compararação com a grande maioria.

    Obrigada e boa semana

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  5. Estou com preguiça... limito-me a transcrever:
    "O projecto da Multiparques a Céu Aberto enquadra -se no regime
    especial previsto no artigo 15.º do Regulamento anexo à Portaria
    n.º 1464/2007, de 15 de Novembro, alterada e republicada pela Portaria
    n.º 353 -C/2009, de 3 de Abril, demonstrando relevante interesse
    para a economia nacional pelo seu efeito estruturante para o desenvolvimento,
    diversificação e internacionalização da economia portuguesa,
    e ou de sectores de actividade, regiões, áreas consideradas estratégicas,
    de acordo com os critérios definidos no n.º 5 do artigo 19.º do referido
    Regulamento.
    Dado o seu impacto macroeconómico, considera -se, assim, que o
    projecto é de grande relevância para a economia nacional e reúne as
    condições necessárias à concessão de incentivos financeiros previstos
    para os grandes projectos de investimento, o que justificou a sua aprovação,
    naquele sistema de incentivos, através do despacho do Secretário
    de Estado Adjunto, da Indústria e do Desenvolvimento de 11 de Março
    de 2010."

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  6. Voz
    Só para quem lê e não está a par: a Multiparques A Céu Aberto – Campismo e Caravanismo em Parques, SA é a entidade promotora do Zmar.

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  7. É do conhecimento público que o Zmar foi classificado como PIN.

    A figura dos PINs foi criada com o intuito principal de criar uma "auto-estrada" legislativa sobre todo e qualquer mecanismo de protecção do território, efectivando um verdadeiro patrocínio oficial ao saque privado da paisagem que é de todos.

    Deveria ser uma das reformas legislativas prioritárias pela qual se devia bater o movimento ambientalista português.

    É possível investir no turismo e no país com responsabilidade...

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  8. Olá.

    Gostei bastante de ler os comentários, bastante interessantes.

    Embora só conheça o projecto Zmar pelas reportagens e pelo site deles, e acredito que haverá certamente muitos projectos deste género mais ecológicos, tal como Nuno nos deu a conhecer, é preciso ter em atenção que a maioria das pessoas não muda radicalmente de um dia para o outro. O que eu quero dizer com isto é que, por exemplo, muitas pessoas torciam o nariz ao saber que o saneamento do parque de campismo era a seco (aproveitando o exemplo do Nuno). Destinando-se esses parques de campismo totalmente ecológicos apenas a verdadeiros eco-turistas que aceitam pôr de parte certas "comodidades"..
    Creio que com a criação deste tipo de projectos mais ecológicos que os actuais, talvez seja possível fazer com que pessoas passem a fazer férias de forma mais ecológica, em comparação com as que normalmente fariam.

    E por isso, embora não sendo o projecto ideal, acho que mesmo assim é melhor do que nada e por isso vale a pena divulgar. (:

    De qualquer forma, o melhor é aparecerem mais projectos deste género, cada vez mais ecológicos, e sem ser necessário dar a volta às leis, através dos PIN e etc.. Para que sirvam de exemplo ao mau turismo praticado ali tão perto, no ALLgarve!


    Não sei se soube explicar muito bem o meu ponto de vista, espero que o percebam..

    Cumprimentos,
    Nelson

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  9. Nuno

    Globalmente, concordo consigo no que respeita aos projectos PIN. Mas não sei se a reforma legislativa ajudaria, se quem nos (des)governa altera a lei a seu bel prazer a qualquer hora...

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  10. Olá Nelson

    Acho que se explicou bem. Pelo menos eu entendi que tem uma opinião próxima da minha, que é mais ou menos isto: já que necessitam estragar (porque ainda não sabem fazê-lo de outro modo), estraguem o menos possível e de modo a que se possa fazer uma transição gradual também de mentalidades.

    Obrigada pela visita e cumprimentos

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  11. Julgo estarmos todos de acordo de que o Zmar é uma clara evolução positiva face à norma no que diz respeito ao turismo de massas.

    Possivelmente estou a ser muito rígido mas dadas as circunstâncias da implantação do empreendimento infelizmente não posso achar que o discurso ambientalmente responsável seja coerente de todo (para não ir mais longe).

    Existem muitos empreendimentos turísticos bastante frugais e hard-core para ambientalistas que levam mais longe o impacto das férias.
    Pessoalmente não me enquadro muito neste retrato e convido desde já o Nelson a experimentar estas tendas de luxo que nada têm de desconfortável e em que o conforto térmico, casas-de-banho e serviço estão ao nível dos melhores hotéis em que estive.

    Isto por alguém que foi "arrastado" para o Les Ormes (que vimos uma reportagem numa revista portuguesa) a recear a excentricidade do espaço, apesar de ter acampado em novo- isto não tem nada a ver com essas experiência anteriores.
    Fiquei convertido! :)

    ps. A gerência do local só tinha algo mais "extremo"- a possibilidade dos hóspedes plantarem árvores no local para mitigarem a pegada ecológica da viagem

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  12. Não resisti... o problema em Portugal é que as Leis não são para cumprir, principalmente por quem as redigi e aprova... a imagem deste link é coisa da minha cabeça maluca mas demonstra para que serve a Rede Natura 2000 e os tais PIN (os pin's amarelos na imagem... enfim desde resourts de luxo com campos de golfe, hotéis 5 estrela, spa's, utilização das albufeiras como charcos para passear iates e fazer outras actividades... enfim um País fabuloso para os aldrabões... mas vamos lá se os PIN servem para tudo porque não para isto!

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  13. Amiga Manuela!

    Peço desculpa pelo facto de não a visitar com a frequência habitual.

    Já há muito tempo que não o tenho feito, e hoje estou aqui só para lhe retribuir o gesto de simpatia ao ter-me visitado no Rau.
    A verdade é que me foram entregues pelo amigo João Soares mais Blogues, e o tempo não dá para tudo.

    O Rau cresceu muitíssimo. Vai fazer um ano a 21 do corrente e absorve-me muito tempo.
    Só para responder a todos os visitantes levo horas.
    Agora, por sistema só visito quem me visita. Não tenho outra alternativa.
    O Facebook já tentei eliminá-lo, vou tentar de novo, aquilo já não é meu.
    Não me interessa nada daquilo, só presentes e Famville, eu tenho lá pachorra para tal!!!!

    Estou muito bem, o José e o Pedro também, felizmente.
    Espero que consigo esteja tudo bem.

    Gosto do novo visual, mais leve e airoso.
    Voltarei sempre que me for possível.

    Continue a lutar pelas causas nobres, eu nã estou tão activa mas estou a par de tudo. Tento sempre estar e fazer algo.
    Por falar em Nobre,vamos lá eleger o mais Nobre candidato a Prsidente.

    Beijinhos

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  14. Minha Querida Amiga Manuela Araújo,
    Quando vim para lhe agradecer as suas amáveis palavras fiquei muito feliz ao ver a minha "terra adoptiva" bem representada no seu Blogue através deste post. Pessoalmente conheço bem a zona e o empreendimento em causa não me chocou com a sua implantação! Li com atenção os comentários feitos e parece-me que alguns deles sofrem de uma mentalidade catastrófica que depois no decorrer dos mesmos se sublimaram um pouco. Claro que a proliferação de "turismos rurais" que se têm propagado pelo País fora e em particular nesta região não favorece o meio ambiental em que estão inseridos. Mas neste caso não vejo que tal aconteça, sinceramente, pois a distribuição dos diversos elementos que constituem o Zmar está de tal maneira bem idealizada e os pressupostos que o mantêm são de molde a que tal não venha a acontecer! Parece-me pois que houve um certo alarmismo nalguns dos comentários. Porque gostei e entender que defende a minha região
    adoptiva vou postá-lo na Tulha.
    Um beijinho muito amigo e mais uma vez o meu agradecimento pelas palavras que lá deixou.

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  15. Caro Luís, estou totalmente de acordo com a sua apreciação deste blogue embora não com a sua avaliação do tom deste debate.

    Acho natural que se possa conversar livremente entre pessoas que guardam entre si respeito mútuo, como estou certo que é o nosso caso. Seguramente uma das melhores características dos blogues é que permitem facilmente a partilha de pontos de vista diferentes e de informação, como é o caso.

    Dito isto, chamo a tenção que a classificação do Zmar, não é de Turismo Rural, mas de Resort. Num turismo rural é obrigatória a recuperação de um edifício que se integre na arquitectura tradicional da região em que se insere e tem um número máximo de 25 camas, algo com um impacto diametralmente oposto ao caso em discussão.

    Quanto à defesa da uma região aqui colocada em oposição à "mentalidade catastrófica" e ao "alarmismo" não posso estar de acordo. O mecanismo pelo qual o Zmar foi aprovado significa desprezo pela mais importante regulamentação de carácter ambiental que existe, do âmbito territorial. Pura e simplesmente, noutros países isto seria facilmente qualificado como corrupção- alguém sabe realmente como é um projecto turístico de repente se transforma num PIN?

    Não sei como ilustrar bem a situação presente mas isto permite que um dia se possa construir livremente em 80ha da Mata da Albergaria, nas Sete Cidades ou na Costa Vicentina. Pode ser exagero (?) mas com os PIN, é totalmente possível.

    Já existem processos destes em marcha na Comporta, na Lagoa de Óbidos e no Douro e não sei como objectivamente os classificar de outro modo se não como uma catástrofe que mina precisamente aquilo que se supostamente se vai visitar! Se tiver oportunidade de visitar estas regiões de certeza que não achará que exagero.

    Por outras palavras: eu acharia o ZMar verdadeiramente exemplar no turismo sustentável se estivesse num local em que fosse permitido a sua implantação, em Odemira, assegurando os mesmos empregos e no mesmo contexto, etc.

    Feito desta forma é também troçar com pessoas que seguem as regras todas e estão anos à espera de apoios no âmbito do Proder, como conheço alguns casos na costa alentejana, inclusivamente no espectacular concelho de Odemira.

    Alguns exemplos na mesma região:
    http://www.casasbrancas.pt/

    Cumprimentos a todos

    Nuno Oliveira

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  16. Voz

    De facto, visto assim, parece mesmo evidente que os PIN's são para desproteger as áreas protegidas.

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  17. Olá amiga Fernanda

    Não tem que pedir desculpa, já fico contente por me retribuir a visita, que eu bem sei como o tempo é curto.
    Ainda bem que a família está óptima, comigo felizmente está tudo bem, tanto mais que as férias estão à porta.
    Continuarei enquanto puder com as causas mais ou menos nobres e Nobres também :)

    Beijinhos

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  18. Olá amigo Luís
    Não tem de agradecer as minhas palavras no seu blogue, pois
    é com todo o gosto que vou visitar a sua Tulha.
    Quanto aos comentários, acho que não se trata de alarmismo de mais, mas de discordâncias profundas com as políticas de ordenamento de território, e da forma como certos poderes podem desproteger a natureza protegida. Por isso, o Nuno Oliveira, que conhece o assunto particular da génese deste empreendimento bem melhor que eu, tem muita razão.

    Porque visto sem conhecer a história, este até me parece um empreendimento muito interessante, mas a história dos PIN's também me deixa a mim de pé muito atrás...

    Mas o Nuno já lhe explicou melhor.

    Muito obrigada pela visita e comentário.

    Um abraço

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  19. Nuno

    Muito obrigada pela participação que teve comentando este "post", esclarecendo assuntos em que seguramente está bem melhor documentado e informado. As divergências de opiniões são saudáveis, e este debate por aqui foi muito interessante: da discussão sai a luz.

    Quando falo em empreendimento sustentável, e sobretudo neste país, falo em algo que é muito mais sustentável do que a prática comum, porque para ser sustentável verdadeiramente, teria de não estragar a natureza, ou pelo menos beneficiá-la mais do que o que estraga. E para isso, ainda estamos muito atrasados.

    E tem muita razão quando fala das injustiças daqueles que esperam por que têm de cumprir a lei. Eu sei bem do que fala, não deste caso em particular, mas de muitos no geral!

    Obrigada e cumprimentos

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  20. Obrigado Manuela, todos temos conhecimentos e capacidades diferentes que nos permitem fazer uma frente unida e abranger todos estes temas que são impossíveis de dominarmos sozinhos. Também já aprendi aqui no blogue coisas de outras áreas.

    Cumprimentos

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  21. Amigo Nuno e Amiga Manuela Araújo,
    Reconheço que nessa zona(Sudoeste Alentejano)tem havido casos propostos que não foram aceites e depois mais tarde acabam por serem aceites a outras pessoas, porquê não sei e é à primeira vista incompreensível. Não sei como é essa mecânica de PIN's mas se é para "ultrapassarem pela esquerda" as regras ambientais estabelecidas também não a aceito! Como tenho uma caseta perto dessa zona e conheço o parque desde a sua fundação não me pareceu que estivesse transgredindo as normas ambientais pois não o vejo a colidir com o resto em sua volta. Estarei, no entanto enganado, aceito e peço desculpa por tal facto. Ao falar no alarmismo foi porque me pareceu que, depois, no decorrer dos comentários se tinha chegado a uma posição de maior aceitação à situação criada. Mas parece que afinal estarei enganado! Quanto a dizer que os "Turismos rurais" passam por aproveitarem edificios antigos para o efeito tenho a dizer-lhe que nessa zona existem alguns feitos de raíz e foram autorizados. Infelizmente até nisto há corrupção.
    Obrigado pelas explicações pois fiquei um pouco mais esclarecido quanto ao assunto em causa.E como é uso dizer-se "da discussão nasce a Luz", que foi o caso!
    Amiga gostava de poder postar o video sobre o ZMAR mas não consigo faze-lo, se não lhe der muito trabalho agradecia que me indicasse o modo de o fazer.
    Saudações amigas aos dois pelas vossas simpáticas palavras.

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  22. Hoy pasé a visitarte y leer un poco de entradas de éste blog tan comprometido con ls causa ecológica. Generar intercambio de ideas es óptimo. Felicitaciones, como siempre, besos.

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  23. Amigo Nuno e Amiga Manuela Araújo,
    Como tenho casa na Zona assisti desde o inicio à construção deste Parque eco-turistico e sinceramente não me pareceu que o mesmo venha a chocar com o meio ambiente onde está inserido. Desconhecia era os meandros em que foi autorizado e por isso a minha reacção. Quanto ao alarmismo evocado por mim foi por ter julgado que no decorrer dos comentários se teria acabado por aceitar o facto e que o mesmo não estaria a afectar nem a colidir com o meio ambiente. Parece que me enganei, peço desculpa por esse lapso. Pelos vistos foi arranjado um "esquema" chamado PIN que permite "ultrapassar pela esquerda" determinadas leis ligadas à preservação do meio ambiente! Foi este o caso aqui tratado, não é verdade? Quanto aos Turismo Rurais terem obrigatóriamente que aproveitarem edificios já existentes parece que aqui também há casos que foram autorizados serem feitos de raíz...
    Refere ainda que há quem fique tempos infindos aguardando autorizações para aceitação de seus projectos e isso infelizmente acontece e depois já tem acontecido serem reprovados e dados a outros que se apresentaram muito mais tarde. Porquê? Não sei!
    Agradeço os vossos comentários que me esclareceram alguns pontos que desconhecia e como é uso dizer-se "da discussão nasce a Luz", que foi o caso! Espero, no entano, que com o decorrer do tempo este Parque não venha a desvirtuar o meio ambiente pois isso seria muito desagradável para quem cá vive e para a Reserva Natural do Sudoeste Alentejano!
    Saudações amigas.

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  24. Amiga Manuela,
    Considero este blogue sempre de consulta, embora nem tenha feito há uns tempos comentários, a razão prende-se com a minha pouca bagagem, para escrever sobre assunto tão importante e que deve ser abordado com toda a seriedade. Depois, se ainda se lembra ao meu grande cepticismo, relativamente a resultados, não à defesa da sua causa.
    Por aqui tenho complementado opiniões sobre o que vou lendo.
    Ás vezes são referidos projectos, que nunca chegam a acontecer, outros são classificados de bombásticos e nem são tanto assim, mas muitos, embora pequenos passos têm sido dados, para que ambientalmente a situação melhore.
    Boas férias.
    Beijinhos,
    Manuela

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  25. Sabe que ainda há muitas pessoas neste País que acreditam piamente que quem faz as Leis em Portugal as faz por um bem superior... Não sei, sinceramente, para que servem tantas Leis da treta de protecção disto e daquilo se depois por interesses meramente económicos se escreve e aprova uma Lei pela qual se pode construir infraestruturas de raiz nos tais sítios que eram suposto ser protegidos dessas mesmas construções... e afirmar que não têm impacto é simplesmente andar cego... Bem sei que a maioria só pensa em dinheiro e no que ele lhes pode trazer... é apenas deixar o barco seguir o rumo que uma dia há-de encalhar...
    Coloquei no FB há uns tempos um cartoon que mostrava o mundo forrado, não a estofos, mas a alcatrão e apenas com uma tira de terreno natural... deve ser assim realmente que a maioria gostaria de viver...

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  26. Luís
    Penso que todos vamos aprendendo uns com os outros.
    Muito obrigada pelo seu contributo,
    Um abraço

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  27. Cris
    Muito obrigada pelas suas palavras e pela visita,
    Um abraço até à Argentina.

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  28. Olá Manuela
    Cepticismo sobre os resultados de campanhas ou divulgação de um maior respeito e cuidado com o ambiente, é totalmente inevitável.
    Mesmo uma optimista, como tento ser, mas com os pés assentes na terra, não consegue deixar o cepticismo de lado, pois o "mundo humano" está a acordar lentamente demais, e o resto do mundo não tem tempo para esperar.
    Mas vamos fazendo o melhor que podemos, com um realismo positivo, porque o pessimismo é que não ajuda mesmo.
    Obrigada e boas férias para si também.
    Um beijinho

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  29. Voz
    Ao menos quando o barco encalhar, não vai estar desprevenido.
    Há muita coisa mal, é preciso saber e mudar, mas é preciso alguma fé na humanidade... eu sei, não é o seu caso... que dá a humanidade por louca.
    Já parou para pensar que afinal, nós humanos também somos animais com instintos de sobrevivência, aos quais não é fácil sobrepor valores? A espécie humana ainda tem de evoluir muito...

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  30. Os nossos instintos de sobrevivência estão completamente contaminados e desajustados do que é realmente sobreviver... a destruirmos os nossos suportes básicos de vida, como temos vindo a destruir, e não tendo a grande maioria a consciência de que isso está a acontecer, não serão os tais instintos que nos livraram da miséria que por aí vem... por que quando ela começar a atingir em cheio e com força, como já tem acontecido... bem vemos que não há instintos que resultem!

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  31. Olá a todos,

    Sei que estamos em total sintonia na defesa do litoral alentejano e algarvio, na qual está o espectacular Parque da Costa Vicentina, agora na mira de mega-projectos PIN por ser das últimas zonas relativamente intocadas com praias e habitats excepcionais no nosso país.

    Vamos estar atentos a esta zona e manter a disposição de unir esforços por um turismo responsável.

    Bom fim-de-semana

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  32. Voz

    Para nos livrarmos da miséria que por aí vem, não são de facto os instintos que nos vão ajudar. Esses apenas ajudam os mais fortes. Seria, antes a racionalidade e a consciência...

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  33. Nuno

    Estamos de acordo. Muito obrigada e bom fim de semana para si também.

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