terça-feira, 13 de julho de 2010

Coberturas ajardinadas

As coberturas ajardinadas, que já apareceram em projectos de vanguarda de edifícios há uns bons anos, finalmente começam a surgir em quantidade e com qualidade, e não só em coberturas planas, de modo a implicarem uma redução significativa no impacto ambiental das construções. Como exemplo, espreitem o caso de Copenhaga no blogue parceiro da Ana "Um blog pelo ambiente", ou o exemplo do vídeo abaixo, no Bronx, Nova Iorque.

Através da revista digital Projectarcasa, onde tem um artigo sobre coberturas ajardinadas, do qual transcrevo abaixo uma parte, descobri uma empresa na zona do Grande Porto dedicada a este tipo de coberturas, a Neoturf, que oferece 10 anos de garantia. Em breve passarei por lá, pois para que  as coberturas ajardinadas  funcionem, devem ser projectadas e aplicadas por especialistas, não  é tarefa que se aconselhe a amadores. E depois dos jardins, virão as hortas nos telhados, ainda mais sustentáveis.

"As coberturas ajardinadas têm vindo a assumir um importante papel no desenvolvimento de estratégias de sustentabilidade nas cidades modernas, devido aos inúmeros benefícios que promovem. Deveremos destacar alguns desses benefícios:
  • Capacidade de isolamento térmico: diminuição de 8% do consumo de energia eléctrica destinada ao ar condicionado dos edifícios;
  • Diminuição do impacto negativo das estruturas construídas em meio urbano;
  • Aumento da atividade fotossintética que implica:aumento na produção de oxigénio, maior reciclagem de dióxido de carbono e redução no efeito de estufa das cidades;
  • importante papel na integridade e sustentabilidade dos sistemas de drenagem urbanos;
  • Capacidade de retenção de água reduzindo os riscos de inundações;
  • Aumento de biodiversidade e dos nichos ecológicos;
  • Redução do efeito "ilha de calor"
  • Absorção/ Redução da poluição sonora;
  • Absorção/ Filtragem de gases poluentes e de partículas em suspensão na atmosfera.
(Fontes:  Projectarcasa, Neoturf)

7 comentários:

  1. Que ideia absolutamente excelente, Manuela! Fiquei fascinada com a visão futura de cidades muito mais bonitas.

    Muito obrigada pela divulgação. Acho que vou chamar a atenção para estas notícias, de algum modo, lá no meu pequeno espaço.

    Beijinhos :)

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  2. Olá Ana Paula

    Espero bem que esta moda pegue!

    Vejo alguns projectos novos a aparecer, mas é preciso também começar a adaptar as coberturas existentes. Por isso, quem conhecer empresas que trabalhem bem na área, espero que façam o favor de indicar aqui. Pois como disse, é preciso saber.

    Obrigada, Ana Paula e um beijinho :)

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  3. Aqui vejo muitos telhados assim, muitos mesmo. Por exemplo os topos dos edificios da faculdade onde trabalho têm todos coberturas ajardinadas, mas também vejo o mesmo em edificios de habitacao. Uma excelente ideia :-)

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  4. E são tão fáceis de realizar!

    Já as fiz numa obra, que envolvia coberturas de 12 edifícios de garagem, onde realmente a impermeabilização é a estaca fundamental, deste tipo de coberturas.

    O desenho apresentado no blog está correcto, mas nas minhas obras existe cortiça e não o vulgar wallmate.

    Posso avançar que, as chapas de aglomerado de cortiça, que neste momento estão a ser produzidas de uma maneira fabulosa e conseguem ter características superiores ao revestimento térmico convencional, onde inclusivamente a espessura necessária é inferior.

    Uma chapa de aglomerado de cortiça poderá ainda ter um componente mara uma melhor conforto Acústico, que se trata de uma chapa mista de cortiça com fibra de coco, o melhor revestimento acústico, nomeadamente entre laje de piso, ou entre pisos e garagens.

    Um exemplo que posso dar foi de um apartamento isolado com chapa de cortiça nas paredes e fibra de coco, colocada entre o nível das tubagens e cablagens na laje e a betomilha de assentamento.

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  5. Existe algo que realmente importante, estas coberturas, bem realizadas funcionam, são muito agradáveis, mas temos de ver qual o local a projectar estes conceitos.

    O calor, pede água, por isso deveremos pensar sempre em captar as águas da chuva para reserva de rega.

    No Norte de Portugal, possivelmente se poderá pensar mais neste tipo de cobertura ajardinada, embora no Alentejo ou Algarve, os gastos com a água serão muito elevados.

    Aconselho sempre a que seja consultado um Arquitecto Paisagista, de forma a projectar esta cobertura , na mancha verde, pois terá a solução das melhores espécies de verde, para a poupança de água gasta em rega e as melhores espécies no que diz respeito ao impacto do clima.

    Fica a dica.

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  6. Ecila

    Por aqui ainda não se vêem. Espero que comece a "pegar" por cá em breve :)

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  7. GREEN PERSON

    Muito obrigada pelo seu contributo, completando este breve post sobre "telhados verdes".
    É bom saber que há já quem tenha experiência no assunto, porque, como diz, a impermeabilização correcta é fundamental, bem com a escolha das espécies, não esquecendo as restantes questões técnicas.

    É pena que a instalação de painéis fotovoltaicos seja ainda tão complicada (dificuldade das licenças e falta de retorno do investimento em tempo útil), porque o interessante seria aproveitar e tratar das duas coisas em simultâneo para os edifícios existentes.

    E de preferência com o isolamento em cortiça, material natural e nosso, por isso, muito mais sustentável.

    Muito obrigada e bom fim de semana.

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