quarta-feira, 5 de maio de 2010

Se não optarmos pela Transição, estamos a optar pelo Colapso!

Recomendo a leitura interessantíssima do texto de Luís Queirós, presidente do Grupo Marktest, no seu blogue Transição, do qual transcrevo o primeiro e último parágrafos. Mas leiam o texto completo no original, pois merece a nossa séria reflexão.

(imagem da net - Guernica de Picasso)

"Colapso ou Transição

Aos que já perceberam a insustentabilidade do actual modelo económico, baseado na exigência do crescimento continuado do PIB mundial, coloca-se uma questão angustiante: podemos evoluir (ou transitar) para uma nova ordem económica (ou um novo modelo de sociedade) de forma gradual , ou está o actual sistema condenado a colapsar de forma brusca e inesperada?

(...)

O mundo actual assemelha-se a um porco gordo. Se continuar a comer corre o risco de ficar paralisado e sucumbir. Para sobreviver, ele terá forçosamente de passar a comer menos. Mas se lhe derem comida ele nunca deixará de comer. "

Luís Queirós

16 comentários:

  1. Manuela,
    Escrevi ontem um post que intitulei "O Preço das Marés Negras" em que, de certa forma, aludia ao problema... é fundamental que a visibilidade das causas seja sustentada e reforçada até se tornar incontornável para a opinião pública de tal modo que o poder político seja capaz de tomar a sua defesa como prioritária e a comunidade científica também.
    Aquele Abraço :)

    ResponderEliminar
  2. Manuela
    Obrigado por ter partilhado o meu texto.
    o número de visitantes aumentou consideravelmente
    Luis

    ResponderEliminar
  3. Ana Paula
    Concordo plenamente com o seu texto, e repito aqui o seu último parágrafo:

    "A mudança é imperativa! A lógica industrial que subjaz à lógica financeira dos mercados contemporâneos é obsoleta e diverge, inequivocamente, do que o conhecimento e a consciência social e socio-política reconhecem como adequado ao planeta que ainda temos nesta primeira década do século XXI."

    Subscrevo totalmente!

    Bejinhos

    ResponderEliminar
  4. Luís Queirós

    Eu é que lhe agradeço ter-me permitido divulgar o seu excelente texto, pois a ideia é abrir os olhos a quem nos lê, e nisso, penso que o seu texto é bem claro e explícito.

    Obrigada e um abraço :)

    ResponderEliminar
  5. Olá Manuela!
    Este não é certamente tema que convenha ter na mesinha de cabeceira, tal como fazemos com outros escritos, com o propósito de nos ajudar a dormecer. E o mais "assutador" de tudo isto, é que cada vez mais parece que o nosso modo de vida e a sustentabilidade do planeta - como agora o conhecemos - terão muito pouco de combatíveis, sendo que nós somos o lado mais fraco ...
    Estão muito bem desenvolvidas e claras as ideias aqui expressas - para mal dos nosso pecados, digo eu!
    Um abraço.
    Vitor

    ResponderEliminar
  6. Hoje não me apetece bater muito no "ceguinho"!!! apenas deixo isto:

    "A manterem-se as previsões de crescimento do número de indivíduos da população humana, esta será sem dúvida a última década de "abundância" para os cerca de vinte por cento da população, que devora os recursos naturais produzidos em todo o Planeta. Algo simplesmente insustentável.
    "

    ResponderEliminar
  7. o blog Uma Verdade Inconveniente Para o Mundo mudou de nome e de endereço, agora é http://verdadeverdenopreto.blogspot.com/
    no blog explico as razoes da mudança, espero que goste da mudança e comente.
    Beijos
    Liliana Cristina

    ResponderEliminar
  8. Olá Vítor

    Suponho que tenha lido o texto original, onde estas ideias parcialmente transcritas aqui (só a introdução e a conclusão) estão muito bem explanadas mesmo, com as diversas fases do colapso.

    Era fácil combater esta inevitabilidade se houvesse vontade geral e política. Mas sem essas vontades, vai ser difícil.

    Aquelas cidades e comunidades que estão a desenvolver a Transição estarão bem melhor preparadas para enfrentar o colapso. Oxalá a ideia se propague! Por cá parece que vai começar na cidade de Pombal, penso que será formalizado no sábado!

    Um abraço

    ResponderEliminar
  9. Voz a 0 db

    Frase certeira. Está entre aspas, pelo que pergunto: é de quem?

    ResponderEliminar
  10. É minha...
    Por isso disse que não me apetecia bater muito no "ceguinho"...

    ResponderEliminar
  11. Voz, eu desconfiava... mas as aspas baralharam-me :)

    ResponderEliminar
  12. Pois... a falar em excesso populacional só podia ser meu! Foi numa mensagem em Jan10 lá no Tempo...

    ResponderEliminar
  13. Apenas gostaria de dar os parabéns à Manuela, ao Luís e a todos os que de alguma forma persistem na manutenção de lucidez, coerência e racionalidade nas suas vidas e acções.

    Não há uma forma harmónica e equilibrada de dizer a um predador que tem de deixar de agir. Ele age sempre na compulsão da sua "natureza".

    Somos genericamente "nós" (predadores) os que consomem acima dos níveis de sustentabi

    Nesta "quinta" em que vivemos, os governantes e políticos são porcos engordados pelos nossos votos e estimulados pela nossa passividade.
    Deles não podemos esperar mudanças.

    Dos formuladores de teorias económicas apenas podemos esperar mais do mesmo: Modelos em que ou se está a crescer ou se está em crise. Como se o crescimento exponencial de tudo o que é mau não fosse a única e verdadeira crise...

    Dos especuladores suicidários esperamos milagres ou "clemência"?

    Não sejamos mais ingénuos.
    Para mudar precisamos de começar a consumir menos. Necessitamos de produzir mais desperdiçando menos.

    Temos que aprender a olhar para o planeta como um SISTEMA FECHADO... e depois... temos que explicar aos economistas, políticos e especuladores que num sistema fechado, quase todos os "crescimentos" significam morte a "termo certo".

    ResponderEliminar
  14. Voz, eu também desconfiava, por isso, e decerto porque já a tinha lido no "Tempo"

    ResponderEliminar
  15. Blogger Wanderer
    Está é na hora do crescimento da ética e responsabilidade social e ambiental. Obrigada pelo comentário.

    ResponderEliminar

Obrigada por visitar o blogue "Sustentabilidade é Acção"!

Agradeço o seu comentário, mesmo que não venha a ter disponibilidade para responder. Comentários que considere de teor insultuoso ou que nada tenham a ver com o tema do post ou com os temas do blogue, não serão publicados ou serão apagados.