quinta-feira, 30 de abril de 2009

Inacreditável - vergonha para Portugal

De acordo com as notícia da TSF e do Público - ecosfera, que devem ler, o Governo prepara-se para dar um largo passo atrás na luta contra a poluição e o aquecimento global.

Não é que aprovou em Conselho de Ministros uma proposta de lei para reduzir as coimas pelas infracções ambientais? E ainda prevê criar um regime de arrependimento?

Por causa da crise, supostamente! Em vez de aproveitar a crise para promover o repensar duma economia mais justa e na defesa do ambiente, faz o contrário, dando sinais de: poluam à vontade, que nada vos acontecerá - se a multa ainda assim for pesada, arrependam-se.

Eu não queria enveredar por questões políticas, mas esta é demais. É preciso divulgar este atentado e protestar.

Não podia concordar mais com Francisco Ferreira, vice-presidente da Quercus, quando diz que "isto é uma vergonha".

(Fontes: Ecosfera - Público, TSF)

domingo, 26 de abril de 2009

2050 - O Clima do Futuro

Vi esta noite, na RTP2, o documentário "2050 - O Clima do Futuro". Baseado no relatório do Pentágono de 2004 e no 3º relatório do IPCC das Nações Unidas, de 2007, e com testemunhos de muitos especialistas em alterações climáticas, o documentário mostra bem o carácter de urgência com que temos de enfrentar as alterações climáticas.



Para quem não viu, fica aqui o documentário integral, no seu original "2050 - How Soon Is Now?". Não, não é alarmista, é realista, e evidencia de uma forma clara como as alterações climáticas estão a acontecer e vão piorar, e como poderemos minorar o seu impacto: apenas consciencializando as populações conseguiremos chegar aos seus governos, de forma a que estes possam agir concertadamente.

O documentário também aborda temas polémicos como a emigração, o terrorismo e o uso da energia nuclear. E, no fim, Ragendra Pachauri conclui:

"Estão a ocorrer alterações climáticas provocadas pelo ser humano. É uma ameaça para a humanidade. É uma ameaça para todas as formas de vida."

Bugas, B-cycles, ... - o "byke-sharing"


As "BUGAs", Bicicicletas de Utilização Gratuita de Aveiro, começaram a circular nesta cidade já no ano 2000.

Para pequenas distâncias, as vantagens são inúmeras: o custo é nulo, evitam-se engarrafamentos de trânsito, não se polui o ambiente, não se espera pelo transporte público colectivo, pois ele está ali mesmo, faz-se exercício físico, etc..

É claro que tem alguns contras, como ser pouco apetecível em dias de chuva, não dar para transportar grandes compras, ...

Mas em cidades relativamente planas ou de pouco declive, as bicicletas de utilização pública são um óptimo meio de transporte, que ajuda a desengarrafar o trânsito, a tornar o ar mais limpo e a manter a linha.
No entanto, é preciso criar condições para a sua circulação: ciclovias ou circuitos apropriados, de modo a que não haja conflito ou perigo entre quem circula a pé, em bicicleta ou em automóvel.

Tendo sido Amesterdão a cidade pioneira, o sistema de "byke-sharing", bicicletas públicas ou de utilização gratuita está cada vez mais a ser adoptado por diversas cidades de todo o mundo, permitindo uma redução da pegada de carbono.
Nos Estados Unido, uma empresa comercializa a B-cycle, e está a tentar implementá-la em várias cidades. Mas muitas cidades americanas já aderiram a sistemas próprios.

Espreitem os blogues: "Pedalar.org - BUGA Aveiro", "The Byke-sharing Blog".

sábado, 25 de abril de 2009

Mankind Is No Island

O nosso planeta depara-se hoje com uma forte crise, estando em causa a sustentabilidade da nossa sociedade, da espécie humana e da vida na Terra. Uma forte crise em três vertentes:
  1. A crise económica e financeira - aquela de que se fala, e que afecta hoje milhões de pessoas de países desenvolvidos e em desenvolvimento, e que antes tinham níveis de vida bem mais aceitáveis.
  2. A crise ambiental, derivada das alterações climáticas e do consumo excessivo dos recursos naturais, que afecta já também milhões de pessoas de vários pontos do globo, onde a desertificação, a falta de água ou as chuvas diluvianas lhes tiram a vida ou a põe em risco.
  3. A crise de valores, disseminada por toda a espécie humana, que afecta tanta e tanta gente em tantos lugares do mundo, e que permite a alguns terem tanto à custa de tantos nada terem.
É esta crise de valores o tema deste filme de 3 minutos e meio, de Jason van Genderen, "Mankind Is No Island", filmado com um telemóvel e com um orçamento de 57 dólares, e que ganhou o prémio de curtas metragens Tropfest NY 2008.

Neste dia em que se comemoram em Portugal 35 anos da Revolução de 25 de Abril, deixo-vos com este fantástico, inspirado e imperdível filme, e com a minha frase preferida, de Gandhi:
  • "No mundo há riqueza suficiente para satisfazer as necessidades de todos, mas não para alimentar a ganância de cada um”.




    sexta-feira, 24 de abril de 2009

    Condomínio da Terra - vamos organizar a vizinhança global

    Já aqui falámos do Condomínio da Terra (E se pensássemos a Terra como um imenso condomínio?), com a apresentação do vídeo completo e alguns dos princípios básicos.
    Fica agora aqui um vídeo resumido em português, com Sílvia Alberto.




    Veja também a reportagem da RTP . Registe-se em Earth Condominium e vá divulgando esta ideia.




    É uma ideia ambiciosa? É!
    Embora a ambição, quando egoísta e mal canalizada, seja má, sem ela talvez ainda estivéssemos na idade da pedra. Mas se nos serviu para chegarmos até aqui, aumentando o nosso bem estar mas prejudicando o nosso planeta, também com certeza servirá para andarmos para a frente e cuidarmos dele.

    quarta-feira, 22 de abril de 2009

    Compostagem doméstica: experimente!

    Descobri recentemente que, em minha casa, onde antes o lixo doméstico necessitava de um saco de 10 ou 20 litros, passei a usar um dos vulgares sacos de supermercado.
    E tudo isso graças à aquisição de um compostor.

    Custou quase 39,00€ mas, sem que saiba ainda quais os resultados que dali sairão, valeu a pena pela diminuição dos resíduos enviados para a Estação de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (ETRSU).
    Lá por casa agora é assim: tudo o que seja resíduo orgânico é separado e vai para o compostor.

    Como já há muito mandamos o vidro para o vidrão, o papel para o papelão e o plástico para o … hum … “plasticão”, reciclagem não é palavra vã.
    Se quiser saber quase tudo sobre compostagem doméstica, não me pergunte … vá antes AQUI

    terça-feira, 21 de abril de 2009

    22 de Abril, Dia da Terra

    Ficam aqui dois vídeos do National Geographic, para que se lembrem da Terra:

    1- Uma perspectiva individual: se todos e cada um, substituíssem uma lâmpada incandescente por uma lâmpada de baixo consumo...



    2 - Uma perspectiva colectiva: é também necessário o acordo dos governos...

    segunda-feira, 20 de abril de 2009

    A energia eléctrica vinda do sol - painéis fotovoltaicos

    A tecnologia solar foto-voltaica é uma forma de produzir electricidade a partir da energia solar, e quer em grande escala - centrais, quer em pequena escala - nos edifícios.

    Instalados na cobertura, ou mesmo fazendo parte integrante das fachadas, como o exemplo da foto (edifício SOLAR XXI do INET, Lisboa) os painéis foto-voltaicos são uma excelente alternativa para uma energia limpa dos edifícios, indo de encontro aos requisitos da certificação energética, e diminuindo a factura a pagar à EDP. Exigem, no entanto, um investimento elevado, e têm tempos de retorno relativamente longos.
    A electricidade produzida em excesso pode ser vendida à rede - para o que é preciso obter uma licença, ou pode ser armazenada - neste caso, é necessário também investir num acumulador.

    A maior central solar de painéis foto-voltaicos do mundo, situada na Amareleja, Alentejo, está em funcionamento há quase 4 meses. Irá produzir 93 GWh por ano (1 GWh = 1 milhão de KWh), energia suficiente para abastecer 35 mil habitações.
    Segundo o Exame - Expresso, onde pode ver a notícia completa e o filme da reportagem, esta quantidade de energia daria para poupar cerca de 90 mil toneladas de emissões de gases de estufa (CO2). [foto: Amarelejando]

    Mas para isso, era preciso fechar uma central térmica de potência equivalente.

    E a central termoeléctrica de Sines, a carvão, e altamente poluente, não encerra? Alguém me sabe sabe dar novidades do assunto?

    domingo, 19 de abril de 2009

    Os cépticos do aquecimento global

    Não se pode ter um blogue sobre sustentabilidade, onde um dos temas é a luta contra o aquecimento global, sem se falar nos respectivos cépticos.

    Os cépticos do aquecimento global e das alterações climáticas, são aqueles que ou não acreditam que existe de facto um aquecimento global do planeta, ou então acreditam que há aquecimento global, mas que o mesmo ou é natural ou será benéfico.

    Baseados em estudos científicos menos abrangentes, ou encomendados pelos lobbies das indústrias do petróleo e do consumo, os cépticos estão bem activos, inclusive na blogosfera. Vejam como exemplo os blogues "ecotretas" ou "mitos climáticos", para ficarem com uma ideia de como pensam e como estão activos. E destes podem ver links para vários outros.

    Muito procurei blogues portugueses de particulares sobre sustentabilidade ou preocupados com o aquecimento global e alterações climáticas, mas não consegui encontrar. Apenas encontrei os institucionais, ou ligados a partidos políticos de esquerda. Agradeço que quem souber os indique, para aqui deixar o link. No entanto, encontrei muitos brasileiros.

    No site brasileiro "ComoTudoFunciona" encontrei um artigo chamado "Os céticos quanto ao clima estão certos?" de Joshua Clark, traduzido por HowStuffWorks Brasil. Lendo, ficará com uma ideia dos argumentos mais utilizados pelos cépticos nestas questões.

    Penso que os cépticos do aquecimento global, juntamente com os lobbies das indústrias do petróleo e do consumismo, muito têm contribuído negativamente para o atraso a que a está votada a luta contra o aquecimento global. São poucos, mas mexem-se bem.

    Gostei da resposta que Rajandra Pachauri deu ao Expresso, relativamente às teorias dos cépticos: "Acredito que a verdade triunfará no final. Historicamente, quando emergem novos conhecimentos, há sempre pessoas que os contestam, mas isso não significa que as suas opiniões estejam certas".

    Eu sei que há o direito do contraditório, e que não existem verdades absolutas, por isso aqui deixei o link dos tais blogues, onde podem obter muita informação sob as opiniões contrárias.



    Mas, por causa dessas vozes vamos deixar agravar um dos maiores problemas do nosso planeta até ser tarde demais? Mesmo para quem não sabe ou não entende de que lado está a verdade, valerá o risco? Não são já muitas as evidências? As chuvas desenfreadas, as secas ampliadas, as vagas de calor, os gelos polares derretidos, as espécies dizimadas?

    Talvez os cépticos não se importem, porque quando as catástrofes chegam, são quase sempre os países e os povos mais pobres que sofrem primeiro. Os poderosos, os 6% detentores de 60% da riqueza do planeta, que são também os controladores dos lobbies mais fortes, arranjam quase sempre maneira de se safarem.

    sábado, 18 de abril de 2009

    Rajendra Pachauri em Lisboa

    Rajendra Pachauri (economista indiano, presidente do IPCC - Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, que recebeu o Prémio Nobel da Paz em 2007 em conjunto com Al Gore) esteve esta semana em Lisboa, tendo falado numa conferência sobre "Alterações Climáticas e o Desafio do Desenvolvimento Sustentável".

    Na sua entrevista ao semanário Expresso, Pachauri respondeu de forma directa a perguntas típicas dos cépticos das alterações climáticas e do aquecimento global. Falou também nas expectativas para Copenhaga, e do papel dos EUA, que considera fulcral, e do qual espera liderança para o estabelecer de novas metas.

    Transcrevo aqui uma das perguntas/resposta da entrevista ao Expresso, que me parece importante divulgar :
    "E se Copenhaga falhar, ou se o novo protocolo aí acordado não for ratificado pelos parlamentos nacionais até 2012, o IPCC tem um Plano B?
    Não. O IPCC tem apenas como objectivo tornar disponível a ciência sobre as alterações climáticas, ou seja, nós fornecemos a base para a acção. Mas o IPCC não diz que esta ou aquela medida devem ou não ser tomadas. Agora o que dizemos claramente é que o mundo tem uma janela de oportunidade muito pequena. E se não passarmos à acção rapidamente e limitarmos o aumento das temperaturas aos dois graus - e temos de o fazer até 2050, porque a partir desta data as emissões globais têm de começar a baixar, as implicações serão muito sérias. Será trágico se o mundo, de uma forma irresponsável, não ratificar o acordo que for firmado em Copenhaga em Dezembro."

    Quanto a Portugal, diz que é um país que tem vento, biomassa, energia solar, energia das ondas, que são oportunidades para o futuro.

    Em relação ao estilo de vida, mais uma vez apelou a que se coma menos carne.

    (Fonte: Expresso)

    sexta-feira, 17 de abril de 2009

    Alterações Climáticas - Rough Guide

    Estou presentemente a ler o livro de Robert Henson "Alterações Climáticas - Rough Guide", edição portuguesa de Março de 2009, Civilização Editora.

    Ainda não acabei, mas estou a gostar imenso do livro, pois trata o tema das alterações climáticas e do aquecimento global de uma maneira muito clara, simples e fácil de entender. Com uma escrita concisa e uma grande lucidez, explica o fenómeno do aquecimento global, a sua história e situação actual, as previsões para o futuro.

    Explica as polémicas, o papel dos políticos, dos activistas e dos lobbies nesta questão, sem, contudo, tomar partidos ou facções, mas analisando racionalmente as situações.

    Desde já, recomendo a sua leitura. Pois o empenhamento na resolução do problema do aquecimento global (como qualquer outro), passa sobretudo pela compreensão do mesmo.

    quinta-feira, 16 de abril de 2009

    Uma perspectiva do aquecimento global

    Este vídeo disponível no youtube mostra um perspectiva do efeito do aquecimento global, que já está a acontecer.




    Já é tarde para acordarmos, mas mais vale tarde que nunca, ou que tarde demais.

    quarta-feira, 15 de abril de 2009

    22 de Abril - Dia da Terra - A Geração Verde

    O Dia da Terra começou a ser celebrado a 22 de Abril em 1970, nos Estados Unidos, por iniciativa de Gaylord Nelson, na época senador do Wisconsin, para trazer à agenda política as questões ambientais.
    Em 1990, este evento tornou-se mundial, a pedido de vários líderes ambientais e organizado por Denis Hayes, tendo sido mobilizados 141 países e cerca de 200 milhões de pessoas.



    O Dia da da Terra 2009 marcará o início da campanha "The Green Generation", focalizada no 40º aniversário do Dia da Terra em 2010.

    Com as negociações a decorrer para um novo acordo sobre o clima global, que terminarão em Dezembro em Copenhaga, o Dia da Terra 2009 será um dia de acção e participação cívica, para defender os princípios fundamentais da "The Green Generation":
    • Um futuro baseado em energias renováveis que acabem com a nossa dependência comum em combustíveis fósseis, incluindo carvão.
    • Um compromisso individual para um consumo responsável e sustentável.
    • Criação de uma nova economia "verde" que tire as pessoas da pobreza através da criação de milhões de postos de trabalho sustentáveis, e transformação do sistema global de ensino.
    (Fonte: Earth Day Network, Bloggers Unite)

    segunda-feira, 13 de abril de 2009

    E se pensássemos a Terra como um imenso Condomínio?

    Deixo aqui este tema no ar a que voltarei mais tarde. Fica aqui o vídeo do Youtube em inglês, mas não deixe de consultar o site "Condomínio da Terra", onde o vídeo tem legendas em português, e onde se pode informar mais sobre este assunto.



    Deixo também aqui duas das ideias chave desta iniciativa:
    • O Planeta Terra é indivisível, limitado e vivo. Entre o espaço físico da crosta terrestre, a atmosfera, o mar e os seres vivos existem complexas interacções que sustentam a vida. A Terra Viva, explicada pela Teoria de Gaia de James Lovelock, comporta-se como um sistema auto-regulado, constituído por componentes físicas, químicas, biológicas e humanas.
    • Todo e qualquer cidadão do planeta tem direito a uma quota equitativa de uso da Atmosfera, da Hidrosfera e da Biodiversidade. Este é um direito fundamental de cada pessoa, inerente à própria condição humana. A quota individual varia em função do número de cidadãos que em cada momento habitam o planeta.
    Concorda? Eu concordo. Está na hora de mudarmos a nossa visão do planeta e a nossa relação com ele. Daqui até Julho, vou falando deste assunto.


    sábado, 11 de abril de 2009

    Imagine que a Terra era uma aldeia com 100 pessoas

    Imagem obtida aqui (adicionada posteriormente)
    Encontrei este vídeo num blogue brasileiro, chamado "energia eficiente" onde foi colocado em Março de 2008 por Flávio Vieira.

    Os dados que lhe serviram de base, e que já muito circularam por correio electrónico, são originários do texto de 1990 "State of the village report", de Donella Meadows (1941-2001), uma das autoras do famoso livro de 1972 "Limits to Growth".

    Vale a pena relembrar o texto, bem como ver e ouvir o filme.

    sexta-feira, 10 de abril de 2009

    Panela solar ganha prémio FT Climate Change Challenge

    Organizado pelo "Forum for the Future" e patrocinado pela HP, o concurso de ideias "FT Climate Change Challenge" destina-se a viabilizar projectos que contribuam para a redução de emissões e para a sustentabilidade, premiando o vencedor com um prémio que lhe permite desenvolver o projecto passando-o para a prática.
    O prémio de 75.000 dólares foi para uma panela solar (ou forno solar) designado "Caixa de Quioto", dispositivo de baixo custo (5 dólares) que permite cozinhar usando a energia solar, e que se destina principalmente a permitir ferver água nos países onde a mesma está bacteriologicamente imprópria para consumo, substituindo a necessidade de carvão ou madeira, e permitindo reduzir o n.º de doenças e mortes causada pela água inquinada nos países mais carentes de água potável.

    A panela solar consiste numa caixa de cartão dentro de outra, com tampa em acrílico, em que a caixa de dentro é pintada em preto e a de fora em tinta metálica, de modo que os raios solares entram pela tampa e são "apanhados" e concentrados no seu interior, permitindo levar 10 litros de água à ebulição em 2 horas.

    O empresário Jon Bøhmer, sediado no Quénia, que já desenvolveu um protótotipo mais durável e robusto em plástico corrugado, pretende usar o dinheiro do prémio para fazer experiências de aplicação em massa de 10.000 exemplares em 10 países, incluindo Índia, Indonésia, Quénia, Uganda, África do Sul, Tanzânia, Libéria e Moçambique.

    (Fontes: Forum for the Future, Público)



    As panelas ou fornos solares não são, em si, uma novidade, pois já são usadas por alguns particulares e promovidas por organizações humanitárias para ajudar a prevenir a desflorestação e desertificação, bem como para pasteurização da água tornando-a potável em locais onde não há redes de água tratada.
    Para saber mais sobre panelas solares ou fornos solares pode consultar: National Geographic, Wikipedia, The Solar Cooking Archive

    quinta-feira, 9 de abril de 2009

    Pegada de Água e Água Virtual

    À semelhança da Pegada Ecológica, existe também o conceito de Pegada de Água, que representa a quantidade de água potável necessária para produzir todos os bens e serviços necessários para uma determinada população ou indivíduo.

    A pegada de água de um país inclui duas partes - a interna, oriunda do próprio país, e a externa, oriunda de outros países, portanto, relacionada com as importações.

    A pegada de água média global é de 1243 m3 por habitante por ano, e varia muito de país para país. Portugal tem uma pegada de água muito elevada, de 2264 m3/hab/ano, sendo que 54 % da mesma é externa.

    Para que se vejam as diferenças, a seguir estão indicadas as pegadas de água médias de alguns países, em m3 por habitante por ano, e entre parentesis, a percentagem da mesma que é externa:
    • Portugal - 2264 (54%)
    • Espanha - 2325 (36%)
    • França - 1875 (37%)
    • Reino Unido - 1245 (70%)
    • Brasil - 1381 ( 8%)
    • Estados Unidos - 2483 (19%)
    • China - 702 ( 7%)
    • Angola - 1004 (12%)
    • Média global - 1243

    A Água Virtual de um produto ou serviço é a quantidade de água necessária para produzir esse produto, e inclui a soma de toda a água usada em toda a cadeia de produtiva.

    O quadro apresentado ao lado mostra a água virtual de vários produtos alimentares e outros não alimentares.

    (Fontes: Water Footprint Network, Quercus)

    quarta-feira, 8 de abril de 2009

    Empire State Building vai reduzir consumo energético em 38%

    Especialistas apresentaram programa para aumento de eficiência energética num dos edifícios mais emblemáticos dos Estados Unidos - o Empire State Building, que desde 1931 se ergue no skyline de Nova Iorque.

    O projecto, com um orçamento de 20 milhões de dólares, prevê a poupança anual de 4,4 milhões de dólares em gastos energéticos, e a redução nas emissões em 105.000 toneladas de CO2 nos próximos 15 anos.




    A redução do consumo energético faz parte de um projecto de modernização mais amplo (com um orçamento global de cerca de 500 milhões de dólares) que visa a actualização do edifício, e que pretende obter a certificação ambiental pelo sistema LEED (Leadership in Energy and Environment Design - patente da U.S Building Council), sistema voluntário de certificação da sustentabilidade de edifícios nos Estados Unidos.

    Para além dos aspectos energéticos, o LEED avalia muitos outros aspectos relacionados com a sustentabilidade da construção, como o local, a eficiência no uso da água, dos materiais e outros recursos, o impacto na atmosfera, e a qualidade do ar interior.

    (fontes: ESBsustainability, Yahoo Brasil Notícias)

    terça-feira, 7 de abril de 2009

    Poupe água e verifique as suas perdas

    Poupar água passa pelos actos conscientes de gastar menos, como evitar lavar passeios, regar relvados em excesso, fechar torneiras quando não está a ser preciso, encher máquinas de lavar, bem como evitar lavar desnecessariamente roupa que não precisa.

    Mas passa também por alterar alguns equipamentos, especialmente se os existentes já precisam de substituição: torneiras com redutor de caudal ou com sensores, autoclismos com descarga controlada, sistemas e tanques de aproveitamento de águas da chuva.

    Há também uma questão muito importante: as canalizações estão em boas condições? desconfie sempre que a sua conta de água é mais elevada do que o normal, e verifique se não há fugas ou perdas de água. Ficamos todos a ganhar se resolver o problema das fugas ou perdas de água. Até pode acontecer como aos donos do gatinho deste filme: estava difícil de perceber a conta da água...

    segunda-feira, 6 de abril de 2009

    ÁGUA - Um bem escasso

    Há uma ideia muito errada por esse mundo fora de que a água não é um bem escasso. De facto, há muita água no mar, nas nuvens, e ainda vai havendo nos rios, sob a forma de gelo, e ainda a água subterrânea. O ciclo da água prevê a sua constante transformação e movimentação, mas a quantidade total de água na terra tem-se mantido mais ou menos constante.

    Então como é a água um bem escasso? Quando falamos da água como um bem escasso, estamos a falar da água que nos é directamente mais útil - a água potável.

    Mais de 92% da água existente na terra é salgada (oceanos e mares), e apenas cerca de 4% da água é potável. Mas este valor tende a diminuir à medida que aumenta a poluição e a população, e está distribuído de forma muito desequilibrada pelos países de vários continentes, sendo a falta de água potável a principal responsável pela extrema pobreza de vários países de África.

    No mundo, morrem cerca de 4.200 crianças com menos de cinco anos por dia devido a doenças provocadas pela falta de água potável.

    Entre 16 e 22 de Março ocorreu o 5º Fórum Mundial da Água, em Istambul, onde foi apresentado o 3º Relatório das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Mundial dos Recursos Hídricos.

    O relatório, que estudou a situação da água em 25 países, aponta para uma crise muito séria se os hábitos de consumo não se alterarem (ver: Público).

    Na minha opinião, e face ao referido nos parágrafos atrás, acho que a crise séria já está mais que instalada. Ainda não chegou foi à Europa...

    Vejam este filme da WWF e meditem nos vossos hábitos de consumo de água! E tenham em atenção as dicas do colega Ferreira-Pinto em "Uma coisa líquida chamada água"

    domingo, 5 de abril de 2009

    Planet Earth Forever

    Não posso deixar de colocar aqui este lindo e inspirador filme disponível no Youtube, que a "Fada do Bosque" me mandou, e com o qual "O Segredo" nos presenteou.



    Os nossos amigos de outras espécies já fazem tudo o que podem para proteger a terra, nossa casa.
    Nós humanos é que temos de fazer muito, mas muito mais. Por eles e pela nossa espécie.