quarta-feira, 2 de setembro de 2009

BedZED


Beddington Zero Energy Development, mais conhecido por BedZED, é a maior comunidade sustentável de uso misto no Reino Unido.
Foi projectada para criar uma comunidade próspera em que pessoas comuns pudessem desfrutar de elevada qualidade de vida ao mesmo tempo que utilizam a sua justa quota parte de recursos do planeta. BedZED foi iniciada pela BioRegional e pela BDa ZEDfactory e desenvolvida pela Peabody Trust, ficou pronta e foi ocupada em 2002.

Estes são os factos:
  • Energia: redução de 81% na energia de aquecimento e 45% de redução na electricidade (comparado à média local)
  • Transportes: redução de 64% na quilometragem dos automóveis (comparado com a média nacional).
  • Água: redução de 58% no consumo de água por pessoa e por dia (comparado à média local).
  • Lixo: 60% dos desperdícios são reciclados.
  • Alimentação: 86% dos residentes compram alimentos biológicos.
  • Comunidade: em média, os residentes conhecem pelo menos 20 vizinhos pelo nome
Mais do que apenas um conjunto de edifícios construídos de modo sustentável, a BedZED é também uma experiência em modos de vida sustentável.



Um exemplo a seguir, senhores políticos, promotores, arquitectos, engenheiros, urbanistas, sociólogos etc.!

23 comentários:

  1. Querida amiga,

    Já li e vi uma reportagen sobre uma cidade inteira num país nórdico cujo nome, de momento, não me ocorre.

    Mas é isto...é por aqui...estes são os exemplos a seguir.

    Parabéns,
    Beijos

    ResponderEliminar
  2. Fantástico !
    Para quando mais projectos destes ?
    E em Portugal ?
    Olhe ! uma boa forma de se divulgar este tipo de soluções por cá, seria através de aldeamentos de turismo ecológico montados sob esta forma.
    As pessoas acabavam por tomar contacto com estas soluções de uma forma descomprometida, durante o seu período de férias e sentir-se-iam depois tentadas a apostar neste tipo de soluções para a sua habitação permanente.

    ResponderEliminar
  3. Fernanda
    Será que se refere à cidade de Malmo, na Suécia? Essa é um bom exemplo de cidade que tem caminhado na via da sustentabilidade. Mas felizmente há mais cidades no mundo que já têm essa preocupação, de crescimento e funcionamento sustentável. E há as eco-vilas, as eco-aldeias. Felizmente vão aparecendo cada vez mais casos que vão dando o exemplo.


    Eduardo Miguel Pereira
    Essa é uma boa ideia, porque não basta projectar os edifícios e espaços exteriores com critérios de economia de recursos, é preciso também actuar sobre comportamentos. Tal como sugere, é interessante essa abordagem para a tomada de consciência dpara hábitos mais sustentáveis e também salutares.

    ResponderEliminar
  4. É algo que realmente me intriga... enquanto cá em Portugal, a consciencialização está tão longe, como o Homem de pisar Marte, em certos Países do norte já alcançaram Júpiter.. por comparação, relativa...

    ResponderEliminar
  5. Amigas Manuela e Fada do Bosque,

    É isso tudo, sem mais nem menos.

    Porquê não se copiam os bons exemplos??? Porquê não se segue pelo caminho certo???

    Vamos pelo menos vendo que outros o fazem e tendo alguma esperança, mesmo que muito vã.

    Beijos

    ResponderEliminar
  6. Eu gostava de ter uma casa assim, no futuro!!

    ResponderEliminar
  7. A questão, minha cara, é que em Portugal o paradigma da mudança já só pode passar pelas novas gerações. Contudo, com o quadro educativo de constantes rupturas que temos vivido ao longo dos últimos anos, penso que mesmo aí é de temer o pior quanto à formação cívica e de cidadania das novas gerações.

    Quando é lançado o repto aos urbanistas, engenheiros, arquitectos e afins penso, por exemplo, na estapafúrdia opção de empedrar toda uma praça no Porto ou esta nova moda de qualquer passeio nas urbes levar asfalto e depois ser pintado. Onde se pedia soluções de descontinuidade, de estética alternativa e até de utilização de materiais que não provocassem tanto calor na cidade, faz-se precisamente o contrário.
    Em nome de quê? Num lado em nome de Siza Vieira que está arvorado à categoria de vaca sagrada e qualquer risco que faça é impossível de ser criticado sob pena sermos uns hereges, estúpidos e calhaus; no outro, possivelmente pela ânsia de fazer muita obra para inglês e eleitor verem ...

    De qualquer modo, e como dizia, o paradigma só pode passar pelo futuro e exigirá um longo caminho.

    Porque nós convivemos bem com o lixo no que é público; porque nós convivemos bem com as soluções técnicas mais aberrantes em matéria de obras públicas; porque nós convvemos bem com o oportunismo do mercado imobiliário que, numa coisa destas, exigiria no mínimo uma parceria público-privada para depois praticar preços ao nível sueco, embora quisesse vender acabamentos ao nível do padrão mínimo!

    E, para já, I rest my case.

    ResponderEliminar
  8. É o desenrascanço! leva à criatividade inigualável do Chico Esperto!... Quinn

    ResponderEliminar
  9. Amiga Manuela e todos os colaboradores deste excelente Blogue.

    O Sempre Jovens decidiu distinguir o vosso Blogue com o Bloge de Ouro, porque ele é mesmo de OURO.

    Está lá, é vosso.

    Beijo
    Fernanda

    ResponderEliminar
  10. Manuela,
    este é mais um blogue especial, de uma pessoal especial, preocupada não só consigo, como com todas as pessoas deste planeta, que é a nossa casa comum. Deveríamos ser todos "especiais", só assim, conseguiríamos melhorar formas de vidas mais sustentadas.
    O que acho que as pessoas não percebem, é que elas contribuem diariamente, para outras passarem fome, para as catástrofes que vão acontecendo e que os países menos desenvolvidos é que são os maiores afectados. É triste esta conclusão, mas não se pode mesmo adormecer sobre este assunto. Temos que fazer maior pressão junto dos políticos e empresas maiores, todos nós, os que já têm esta realidade bem presente. Temos que sair e informar as pessoas. Ainda não sei como será a melhor abordagem, pois muitas acham que somos fundamentalistas. Enfim, um desabafo! Obrigada Manuela!

    ResponderEliminar
  11. Um excelente exemplo a seguir. Claro que é mais fácil implementar este tipo de iniciativas em pequena escala e para pessoas já sensibilizadas para o caso. E é também preciso fazer notar que este tipo de equipamentos, enquanto não ganham economias de escala, são substancialmente mais caros que as opções "insustentáveis". Mas são o primeiro passo de uma revolução maior que por aí virá. Espero que neste campo, como noutros relacionados, Portugal dê o passo em frente.

    ResponderEliminar
  12. Olá Manuela.
    Este exemplo é de facto muito interessante e a Suécia já tem algumas cidades semelhantes a esta.
    Portugal deveria seguir este exemplo,claro,mas eu penso que existem ainda muitos obstáculos por ultrapassar.
    A mentalidade então será o maior...
    Penso que sem sustentabilidade não há desenvolvimento.... Parece-me evidente.
    Claro que os nossos governantes sabem disso,só não existe coragem política para enfrentar certos lobbies.
    Também por parte dos portugueses ainda não existe a cultura da partilha,pois poderia ser interessante implementar bairros sustentáveis em que existissem lavandarias comunitárias, por exemplo. O sentimento de comunidade poderia incentivar a união de esforços para limpar e manter o seu bairro "verde".

    ResponderEliminar
  13. Cara Fernanda

    Muito obrigada pelo prémio "Blog Dorado", aceitamos mesmo sem saber se merecemos. E é uma honra recebê-lo do "Sempre Jovens"
    A Fernanda estraga-nos com mimos.

    Um Beijinho

    ResponderEliminar
  14. Fada do Bosque
    Tem esperança, que este país ainda vai sair da cepa torta, e se calhar antes de termos netos...
    Aguardo um "post" desses teus textos contestatários. Não te esqueças.

    Miss S.
    E eu sobretudo gostaria de viver numa comunidade assim.

    Ferreira Pinto
    Concordo que temos de ter esperança na juventude, apesar desse mau sistema de ensino que temos em Portugal, que vem piorando há décadas.
    E mais essa ideia que têm de facto muitos arquitectos que tudo empedrado é que é bom. Mas também espero que as novas gerações de arquitectos já tenham mais sensibilidade para a necessidade de espaços verdes e HORTAS URBANAS.
    Mas a nossa geração não se pode sentar à espera que os meninos façam tudo. Ainda estamos muito a tempo de ajudar e contribuir. Bora lá!

    Ana Teresa Simões
    As suas palavras comoveram-me. Obrigada pelo elogio ao blogue, também é especial o seu cantinho na defesa pelos animais, parte essencial deste nosso planeta e que tanto são desrespeitados na sua dignidade.
    É uma verdade que a maior parte das pessoas não se apercebe: o seu exagerado consumo de recursos irá afectar muitas outras pessoas.
    E também é verdade que nos chamam fundamentalistas. Eu não me considero tal (e de facto não o sou), mas já há muitas pessoas que conheço que assim me apelidam: ainda não sei se brincam ou se estão a sério. Eu estou a sério quando lhes digo que deviam mudar atitudes.

    Rui Herbon
    Este é um óptimo exemplo, de facto, e ganha muito em sustentabilidade pela escala do projecto, como diz. Por cá, não se está parado, já se projectam e fazem edifícios sustentáveis (quase), penso que já estão lançados alguns projectos de eco-aldeias, e penso que Óbidos tem vindo a dar o exemplo no caminho da sustentabilidade de comunidades. Mas ainda está de facto insipiente. Vou tentando divulgar estes bons exemplos também para que saiba que é por aí que temos de ir. Mas como sempre, ou as leis dão um empurrão (como na certificação energética), ou a coisa vai muito devagar.

    Ana
    Infelizmente o que tem havido mais é desenvolvimento insustentável. Só o que os EUA já gastaram de recursos no passado, e o que as economias emergentes estão a gastar no presente, chega para a insustentabilidade geral do planeta.
    E claro que os lobbies são fortíssimos. Não conseguem pensar num outro tipo de economia mais virada para as pessoas, para aquilo que as faz "crescer", como a cultura, como produção industrial não poluente, como educação de qualidade (e não de estatística), como agricultura biológica... não, só pensam no lucro, rápido e fácil, seja a custo do que for.
    Mas ainda bem que vai havendo "fundamentalistas" e outros nem tanto que vão chateando e alertando para a necessidade de uma MUDANÇA DE PARADIGMA - pôr as PESSOAS em primeiro, não o LUCRO!

    Muito obrigada a todos por participarem. O vosso "feedback" faz com que valha a pena manter este espaço, e dormir umas horitas a menos :)

    ResponderEliminar
  15. Ó rapariga, estás-me a entalar em público? Olha que a "veia" só aparece muito raramente... mas vou focar-me nisso.
    Também tenho de ter tempo...para o fim de semana...
    Beijinho.

    ResponderEliminar
  16. Cara Manuela,

    (se me permite o comentário)

    Nós por cá podíamos começar por seguir as regras mais básicas que, de vez em quando, aparecem nos jornais. Tudo somado, e quase sem custos, seria...
    Seria até interessante (para mim) se tivesse alguns indicadores sobre o nosso comportamento nestes domínios.

    (por ora, apenas posso dizer que são mais de 20 os vizinhos que conheço pelo nome.)

    ResponderEliminar
  17. Porque é que os governos não tomam rédeas nesta área? Será em projecto muito dispendioso. É também uma filosofia de vida, não? Fiquei curiosa. Um abraço Graça

    ResponderEliminar
  18. Paulo Lobato
    Claro que tem razão, todos nós podemos enveredar pelo caminho da sustentabilidade só com pequenos actos (ou omissões) do dia a dia.
    Mas também é preciso que haja acção em escala pelos detentores do poder económico e político.
    E divulgar os bons exemplos torna mais apetecível segui-los (esta frase ficou um bocado nonsense, mas deixe lá).
    Volte sempre.

    Graça Pereira
    É difícil os governos tomarem a rédea. Podem agir na construção e habitação social ou pública, mas de resto, vivemos num mercado livre.
    Mas que podiam dar o exemplo, ah, isso bem podiam.
    Obrigada pela visita.

    ResponderEliminar
  19. Desde que vi outro dia, uma família chegar numa caravana a uma estação de serviço na A1, atirar meia dúzia de sacos com lixo para a floresta, do lado de lá da vedação, com caixotes do lixo espalhados por toda a estação de serviço, que penso que este País é um País de energúmenos! Isto só pode ser de alguém que não compreende nada de nada!

    ResponderEliminar
  20. Fada, bem sabemos que há muita ignorância, mas não podemos deixar de ter esperança nas novas gerações, como diz o Ferreira-Pinto.
    E mesmo a nossa geração, em parte, tem alguma esperança.

    ResponderEliminar
  21. Ferreira Pinto

    Vieste de férias inspirado, e algo pessimista também.

    Nós não convivemos bem com o lixo nem com as soluções técnicas aberrantes. Nós também não convivemos bem com a corrupção, nem com a falta de profissionalismo, nem com uma política podre que favorece os amigos e esquece os competentes. Nós não gostamos de uma justiça lenta e injusta porque é bicéfala - a dos ricos, que é benévola, e a dos pobres que é rigorosa e cega. Nós não gostamos de uma educação que tem como objectivo as estatísticas e se esquece que é preciso qualidade no ensino.

    Nós, portugueses, não somos ovelhas de um rebanho, não somos todos de brandos costumes. Nós portugueses, temos força para dizer BASTA, é preciso mudar o sistema.

    Temos é de mudar mentalidades, para que compreendam que está nas mãos de nós, portugueses, mudar Portugal. E não, não estou a falar de política, estou mesmo a falar de MENTALIDADES.

    Mudem as cabeças conformadas dos portugueses e Portugal mudará.

    ResponderEliminar
  22. Estou preparando um estudo em SUSTENTABLIDADE voltado para uma construção sustentável e certificação “LEED selo verde” o Bed Zed do Reino Unido, por ser um empreendimento que tem tudo para ter uma certificação do LEED, porem só encontrei informação do seu funcionamento e nenhuma certificação.
    Alguém sabe me dizer porque?

    ResponderEliminar

Obrigada por visitar o blogue "Sustentabilidade é Acção"!

Agradeço o seu comentário, mesmo que não venha a ter disponibilidade para responder. Comentários que considere de teor insultuoso ou que nada tenham a ver com o tema do post ou com os temas do blogue, não serão publicados ou serão apagados.