Kofi Annan, antigo secretário geral da ONU, e fundador da GHF, disse à CNN no passado dia 29: "Pela primeira vez estamos a tentar chamar a atenção do mundo para o facto de que as alterações climáticas não são qualquer coisa que se espera, mas que já tem o seu impacto em muitas pessoas em todo o mundo".
A grande maioria das mortes referidas, cerca de 99%, ocorre em países em desenvolvimento, que se estima contribuírem com menos de 1% para o total das emissões de carbono.
Os países considerados mais vulneráveis são os da zona seca semi-árida e sua cintura, desde o Sahara/Sahel até ao médio oriente e Ásia central, África subsahariana, sul e sudeste da Ásia, América Latina, parte dos Estados Unidos, pequenos estados ilha e a região do Ártico. Dos países desenvolvidos, a Austrália é apontada como o mais vulnerável aos impactos das alterações climáticas.
O mesmo relatório aponta 325 milhões de pessoas seriamente afectadas, perdas na economia de 125 mil milhões de dólares, 4 mil milhões de pessoas vulneráveis e 500 milhões de pessoas em risco extremo. Estes números representam valores médios baseados em tendências projectadas ao longo de vários anos, e têm uma margem de erro significativa: os números reais podem ser superiores ou inferiores.
O relatório diz também que as alterações climáticas ameaçam o desenvolvimento sustentável e todos os oito objectivos de desenvolvimento do milénio, estabelecidos em 2000 para reduzir a pobreza extrema até 2015. Estes objectivos incluem erradicação da fome, redução da mortalidade infantil e parar a disseminação de doenças como a SIDA e a malária.
Fontes: GHF, CNN, Timesonline